terça-feira, 24 de maio de 2011

SP cria ‘cardápio’ para controlar sintomas da quimio e radioterapia

Boca seca, diarréia, náuseas, vômito e intestino preso são alguns dos efeitos colaterais que podem surgir no tratamento do câncer; dicas estão disponíveis no portal da instituição

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, acaba disponibilizar gratuitamente em seu portal na internet um cardápio especial, que inclui preparações salgadas, doces e bebidas, voltado a pacientes em tratamento de quimioterapia.

O objetivo do cardápio é controlar ou minimizar os efeitos colaterais do tratamento do câncer e incentivar a alimentação dos pacientes, evitando perda de peso.

Alterações provocadas pelos tratamentos quimioterápicos, radioterápicos e de radioiodoterapia provocam variadas sensações desagradáveis, mas a alimentação pode ajudar no alívio destes sintomas. Por isso, a nova página traz instruções para preparar iguarias específicas para cada sintoma, indicando a melhor escolha para o paciente que, por exemplo, sente-se incomodado pela boca seca, náuseas ou dor para engolir.

Além das receitas, há dicas para controlar os efeitos colaterais. Náuseas e vômitos, diarréia, constipação, boca seca ou com feridas, dor para engolir, ausência ou alteração de paladar podem ser amenizados com informações simples e pequenas mudanças nos hábitos alimentares.

“O acompanhamento do médico e, em alguns casos, a prescrição de medicamentos para possíveis reações temporárias negativas é fundamental, mas, em conjunto com isso, o auxílio pode vir da cozinha de casa”, comenta Suzana Camacho, gerente do Serviço de Nutrição e Dietética do Icesp.

As receitas e dicas foram cuidadosamente elaboradas pela equipe do setor, que também comanda o projeto Cozinha Experimental. Uma vez por mês, acompanhantes têm aulas práticas com os profissionais e aprendem a estimular o apetite e levar bem-estar ao paciente por meio do sabor e dos benefícios da comida.

Além de nutricionistas, as oficina incluem a participação de uma psicóloga, para que os acompanhantes sejam auxiliados a compreender o comportamento do paciente nesta fase do tratamento e desenvolver recursos de enfrentamento ao lidar com estes sintomas, e de uma gastrônoma, que promove o contato com o universo da gastronomia, mostrando como ela pode facilmente ser inserida em nosso dia-a-dia.

O cardápio que ajuda a controlar os sintomas está disponível aqui.

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