segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Emílio Ribas recruta voluntários para testar novo remédio contra o HIV

Estudo vai auxiliar pessoas que vivem com o vírus HIV e que não estão obtendo resultados com o tratamento convencional

O hospital estadual Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde referência em infectologia na capital paulista, abriu recrutamento de pacientes com HIV para avaliar uma nova droga que poderá ajudar aqueles que não estão reagindo ao tratamento atual.

O processo de seleção dos voluntários para participar desta pesquisa se estenderá até o mês de janeiro de 2012.

Poderão participar do estudo pacientes com HIV, maiores de 18 anos, e que apresentam multiplicação do vírus HIV, mesmo com o uso correto dos medicamentos convencionais. Ou seja, que apresentam resistência do vírus HIV aos atuais antirretrovirais, e que ainda não usaram medicamentos inibidores da integrase, como o Raltegravir.

As vagas são limitadas. Os pacientes interessados devem levar exames recentes e procurar a equipe do hospital-dia do Emílio Ribas, no 2º andar da unidade, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Mais informações pode ser obtidas pelos telefones (11) 3896-1285, (11) 3896-1213, (11) 3085-7059.

O hospital estadual Emílio Ribas fica na avenida Dr. Arnaldo, 165, Cerqueira César, zona oeste da capital paulista.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

1 em cada 10 jovens brasileiras atendidas no SUS tem doença transmitida pelo sexo

Estudo nacional sobre prevalência de clamídia foi realizado por centro estadual de referência em SP

Estudo nacional realizado pelo Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids, unidade da Secretaria de Estado da Saúde na capital paulista, indica alta prevalência de infecção por clamídia entre jovens brasileiras atendidas nos serviços públicos de saúde.

Ao todo 2.071 jovens, entre 15 e 24 anos, atendidas nas unidades do SUS (Sistema Único de Saúde), nas cinco macrorregiões (norte, nordeste, sudeste, sul, centro-oeste), participaram do estudo. A prevalência de clamídia entre as jovens avaliadas foi de 9,8%, sendo que 4% delas também tiveram resultado positivo para infecção por gonorreia.

A clamídia é a doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Chlamydia trachomatis, que pode infectar homens e mulheres e ser transmitida da mãe para o bebê na passagem pelo canal do parto.

A infecção atinge especialmente a uretra e órgãos genitais, mas também pode atingir a região anal, a faringe e ser responsável por doenças pulmonares. Se não tratada, é uma das causas da infertilidade masculina e feminina, e pode aumentar de três a seis vezes o risco da infecção pelo HIV.

"A mulher infectada pela Chlamyda trachomatis durante a gestação está mais sujeita a partos prematuros e a abortos. Nos casos de transmissão vertical, na hora do parto, o recém-nascido corre o risco de desenvolver um tipo de conjuntivite e pneumonia", afirma o médico Valdir Monteiro Pinto, coordenador do estudo no CRT/DST-Aids.

Ele alerta que a infecção pode ser assintomática em até 80% das mulheres e em 50% dos homens. Quando os sintomas aparecem, podem ser parecidos nos dois sexos: dor ou ardor ao urinar, aumento do número de micções, presença de secreção fluida. As mulheres podem apresentar, ainda, perda de sangue nos intervalos do período menstrual, dor às relações sexuais, dor no baixo ventre e doença inflamatória pélvica.

Não existe vacina contra a clamídia. A única forma de prevenir a transmissão da bactéria é o sexo seguro com o uso de preservativos. Uma vez instalada a infecção, o tratamento deve ser realizado com o uso de antibióticos específicos e deve incluir o tratamento do parceiro ou parceira para garantir a cura e evitar a reinfecção.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Inédito no SUS, equipamento trata câncer sem cortes

Técnica de radiocirurgia corpórea, implantada no Instituto do Câncer de SP, permite realizar terapias mais curtas e eficazes para casos em que, por condições clínicas, pacientes não podem ser submetidos à cirurgia convencional

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, é o primeiro hospital público do país a adotar a técnica de radiocirurgia. Trata-se de uma terapia simples e rápida para tratar pacientes oncológicos que, por motivos clínicos, não poderiam se submeter aos riscos de uma cirurgia comum.

O tratamento é indicado para tumores primários ou metástases localizadas no pulmão e na coluna vertebral, desde que isolados e com até cinco centímetros de diâmetro.

Essa tecnologia de ponta visa concentrar uma grande dose de radiação em focos bastante específicos, provocando a morte das células cancerígenas por meio da quebra de seu DNA e chance mínima de danos aos tecidos sadios.

Além disso, o equipamento possibilita que, mesmo havendo uma pequena movimentação do tumor, provocada pela respiração, somente a área programada seja tratada. Isso porque o aparelho ajusta os disparos quando o tecido saudável fica à frente do dispositivo emissor da radiação. O procedimento dura, em média, cerca de uma hora e libera o paciente para voltar à sua rotina normal imediatamente.

Antes de dar início ao tratamento, uma imagem do tumor gerada pelo próprio equipamento de radioterapia é realizada para que a equipe de médicos e físicos possa posicionar o alvo que será submetido à radiocirurgia.

Justamente por essa precisão, a técnica promove maior proteção dos tecidos vizinhos contra a radiação quando comparada ao tratamento de radioterapia convencional. Por esta razão, embora recebam uma dose elevada de radiação, os pacientes apresentam uma tolerância muito maior à nova técnica.

Além disso, o período de tratamento é mais curto. São necessárias de uma a cinco aplicações, número que pode subir para cerca de 30, quando empregada a radioterapia comum.

“Mesmo sendo indicada para um perfil específico de pacientes, a técnica tem revolucionado a vida de muitas pessoas, que passaram a ter acesso, pelo SUS, a um tratamento de ponta e com mais qualidade de vida”, avalia o diretor Geral do Icesp, Paulo Hoff.

Emílio Ribas realiza Simpósio para discutir procedimentos endoscópicos

Evento será aberto para profissionais da saúde e as inscrições são gratuitas

No próximo dia 4 de novembro, a equipe de Gatroentereologia do hospital estadual Emílio Ribas realiza o 4º Simpósio da Abordagem Atual da Hipertensão Portal e Hemorragia Digestiva Alta. O evento ocorrerá das 8h30 às 13h, no auditório da unidade, e contará com palestras de profissionais médicos do hospital, além de convidados do Hospital das Clínicas da FMUSP e da Santa Casa de Misericórdia de Vitória do Espírito Santo. Os profissionais convidados irão discutir e analisar o panorama atual dos procedimentos endoscópicos no Brasil e no mundo.

Todos os profissionais da saúde estão convidados a prestigiar o evento. As inscrições são gratuitas e as vagas, limitadas. Para se inscrever basta entrar em contato por telefone (11) 3896-1215 ou por e-mail: simposiohda@hotmail.com, e informar nome, RG, e-mail, função e Instituição de origem. O evento também contará com a presença especial do ator João Signorelli, que fará uma apresentação cultural especial para os participantes.

Confira a programação:

Abertura - 08h30 às 08h40 - Prof. Dr. David Ewerson Uip - Diretor Técnico de Departamento do IIER

Técnicas e Recursos do Tratamento Endoscópico das Varizes Esôfago-gástricas na Fase Aguda. 08h40 às 09h00 - Dr. Richard Calanca - Chefe da Seção de Endoscopia do IIER.

Fluxograma: tratamento da Hemorragia Digestiva Alta Varicosa no Pronto Socorro. 09h10 às 09h30 - Dr. Wellington Andraus - Cirurgião do Serviço de Transplante de Fígado - HCFMUSPO Uso Atual das Medicações.

Medicina em Evidência: O Uso Atual das Medicações Endovenosas na Fase Aguda Varicosa. 09h40 às 10h00 - Dr. Marco Túlio Meniconi - Assistente doutor da 3° Clínica Cirúrgica – HCFMUSP

Compreendendo a Hipertensão Porta l. 10h10 às 10h30 - Prof. Dr. Alberto Farias - Coordenador Clínico do Programa Transplante de Fígado – HCFMUSP.

INTERVENÇÃO CULTURAL
10h40 às 11h00 - Ator João Signorelli – Gandhi.

A Indicação Cirúrgica na Hipertensão Porta l. 11h20 às 11h40 - Prof. Dr. Vincenzo Pugliese - Coordenador Cirúrgico do Programa Transplante de Fígado - HCFMUSP do Grupo de Fígado do IIER Frente a Conduta do Grupo de Fígado do IIER

Profilaxia 1ª de Varizes de Médio e Grosso Calibre. 11h50 às 12H10 - Prof. Dr. Roberto Focaccia - Coordenador do Grupo de Hepatites do IIER

Profilaxia Primária SEGUNDO OS CONSENSOS DE BAVENO E BRASILEIRO 12h20 às 12h40 - Prof.ª Dra. Luciana Lofego - Prof.ª Adjunta da Santa Casa de Misericórdia de Vitória - ES

Encerramento 12h50 às 13h00 - Dr. Richard Calanca - Chefe da Seção de Endoscopia do IIER.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Urologia do HC ganha salas cirúrgicas inteligentes inéditas no SUS

Nova ala terá bisturi acionado por comando de voz, microscópios cirúrgicos e aparelhos de radiofreqüência para a destruição de tumores

A Urologia do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, ganha no próximo dia 25 de outubro, terça-feira, duas salas cirúrgicas inteligentes, consideradas as mais avançadas na rede pública de saúde do Brasil, e uma nova unidade humanizada de internação hospitalar.

Os investimentos, de R$ 8 milhões, irão permitir ampliar em 40% o número de cirurgias urológicas, que passarão de 400 para 560 por mês, para os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde). O governo do Estado de São Paulo custeia a Urologia do HC com R$ 11 milhões por ano. O novo setor irá se chamar Ala Assistencial “Aloysio Faria”, em homenagem ao doador dos recursos para a obra.

As salas cirúrgicas estão equipadas com mesas acopladas a aparelhos de raio-x, microscópios cirúrgicos, aparelhos de radiofrequência para a destruição de tumores, crioterapia, laser para tratamento de cálculos, focos em Led, monitores, transmissão de imagens para anfiteatro e web, entre outros avanços.

Instrumentais, como o bisturi, serão acionados por comando de voz. A iluminação, composta de fita Led RGB, com controle remoto e sete tonalidades, objetiva maior conforto aos cirurgiões. O Sistema de ar-condicionado conta com filtragem absoluta independente.

Uma das salas, já preparada para receber a robótica, apresenta parede em vidro blindado e anfiteatro anexo para que os alunos possam acompanhar a movimentação do lado externo. O local ganhou uma bancada com quatro monitores e sistema de som. Câmeras especiais possibilitarão a transmissão do procedimento para os monitores, o que facilitará a visualização do campo cirúrgico pelos alunos.

Segundo o professor titular da Urologia, Miguel Srougi, a bancada do cirurgião é o centro cirúrgico e não o laboratório de pesquisa. “O pioneirismo irá permitir que a clínica exerça o ensino, a pesquisa e a assistência numa maior dimensão e com equipamentos da mais alta tecnologia”.

A unidade de recuperação pós-anestésica terá com dois leitos e posto de enfermagem. Área de recepção de paciente, expurgo, depósito de material de limpeza, área de escovação, vestiário, com dois boxes, sanitários e portas automáticas completam a modernização.

A Divisão de Urologia atende 5.400 pacientes ambulatoriais, encaminhados pelos Ambulatórios de Especialidades da Secretaria de Estado da Saúde, de acordo com o Sistema de Hierarquização e Regionalização do SUS, em média mensal.

Internação

A unidade de internação também foi reformada para receber a inovação. Foram construídos cinco quartos que irão abrigar 15 leitos, no total. Com armários embutidos, os quartos têm iluminação individual, cortinas que separam os leitos, aparelhos de TV LED e portas decoradas com mosaico em marchetaria e vidro lateral, para humanizar o ambiente. No corredor, painel acompanha a decoração.

O Setor de Urodinâmica tem duas salas para realização de exames, área para laudos e banheiro e posto de enfermagem conta com local próprio para guarda dos prontuários, área específica para a prescrição médica e sala de preparo de medicação.