Em apenas 5 minutos, método não invasivo permite avaliar riscos do paciente desenvolver cirrose
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, adotou um novo exame para o diagnóstico e controle de doenças em pacientes com problemas hepáticos.
Trata-se da Elastografia Hepática. O método, não invasivo, indolor e sem efeitos colaterais, permite avaliar o grau de rigidez do fígado (fibrose hepática), o que determina os riscos do paciente desenvolver cirrose e o estádio da doença, em apenas 5 minutos.
Na Europa, em especial na França, o exame tem substituído a biópsia do fígado nos casos de hepatite C, adianta Flair Carrilho, professor Titular da Gastroenterologia Clínica do HC-FMUSP
No Brasil, a Gastroenterologia Clínica é pioneira na introdução da técnica na rede pública de saúde do país. Protocolos de pesquisa, em desenvolvimento pela clínica já atestam segurança e eficácia da tecnologia.
Até agora, a biópsia hepática é a única alternativa para os pacientes do SUS. O procedimento invasivo exige internação, uso de anestesia local e introdução de agulha para obtenção do fragmento de tecido hepático. Além disso, há risco raro de complicações hemorrágicas para o paciente.
O fígado encontra-se protegido pela caixa torácica, o que dificulta a sua observação. O estadiamento da doença pode orientar a conduta terapêutica.
As doenças que afetam o fígado são silenciosas. Os sintomas só aparecem quando o problema já está em estágio avançado, as chances de cura são menores e os tratamentos mais agressivos, como a Hepatite C.
A tecnologia é uma espécie de ultrassom, denominada Fibroscan. Equipada com um probe, que inclui um transdutor ultrassônico e um vibrador, emite ondas de baixa frequência ao medir a elasticidade do fígado. Quanto mais endurecido estiver o tecido, mais rapidamente as ondas são propagadas.
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