sexta-feira, 29 de julho de 2011

SP reforça vacinação contra o sarampo na volta às aulas

Crianças de 1 a 6 anos devem ser vacinadas em todo o Estado; menores coberturas são registradas na faixa etária de 5 e 6 anos

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo realiza, a partir desta segunda-feira, 01/08, uma mobilização no período de volta às aulas para incentivar os pais de crianças entre 1 e 6 anos, que ainda não tomaram a vacina contra o sarampo, a levarem seus filhos aos postos de vacinação.

A mobilização, que será realizada até a próxima sexta-feira, 05/08, é feita em parceria com a Secretaria Estadual de Educação, secretarias municipais de saúde e educação, além de sindicatos representantes de instituições de ensino particulares. Até o momento, 3.114.700 crianças já foram imunizadas, chegando a 93,28% da estimativa de público-alvo. A meta é de 95%.

Desde o início da campanha de vacinação, em 18/06, as menores coberturas foram registradas nas faixas etárias de 1 ano, 5 e 6 anos. O menor índice de vacinados é verificado entre crianças de 6 anos, com 72,87%. As faixas etárias de 1 e 5 anos também merecem atenção, apresentando, respectivamente, taxas de 91,53% e 83,83% de imunizados. Dentre as crianças de 2 a 4 anos, a meta de 95% já foi atingida, porém, quem ainda não recebeu a vacina pode ir às salas de vacinação.

“Contando com o apoio das instituições de ensino, queremos aproveitar o período de volta às aulas para conscientizar pais e mães da importância da vacinação contra o sarampo. A vacina tríplice viral, além do sarampo, protege as crianças também contra a rubéola e caxumba”, afirma Maristela Rossi, técnica da divisão de imunização da Secretaria de Estado da Saúde.

Os postos de saúde abrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Na capital a sala de vacinação do Instituto Pasteur, na avenida Paulista, 393, funciona inclusive aos sábados e domingos, das 8h às 20h.

Sintomas

A Secretaria orienta a população para que esteja atenta aos sintomas do sarampo. Os principais são febre e exantema (manchas avermelhadas no corpo), acompanhados ou não de tosse, coriza e conjuntivite. Nesses casos a recomendação é para que a pessoa procure imediatamente um posto de saúde e evite contato desnecessário com outras pessoas até que receba avaliação médica.

Pioneiro no SUS, grávidas contam com ambulatório especial para tratamento de câncer

Serviço, disponível no Icesp, oferece atendimento personalizado para essas pacientes; tumores de mama são os mais comuns durante a gestação

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, ligado à Secretaria da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, oferece um tratamento especial para as gestantes com câncer. Apesar de ser raro, a doença também se manifesta nesse grupo, principalmente nas mamas. Para que essas pacientes recebam o cuidado necessário diante desses casos, o Icesp criou o Ambulatório Clínico de Câncer de Mama na Gestação. A unidade, que funciona no próprio Instituto, recebe, em média, uma paciente por mês, número alto se considerarmos a raridade do problema.

Uma das principais causas para o desenvolvimento da doença nesse período é a gravidez tardia. A maior parte dos atendimentos do ambulatório são em pacientes na faixa dos 35 anos. Além disso, os fatores genéticos, obesidade e tabagismo, entre outros aceleram o surgimento da doença nessa fase.

Para tratar essas gestantes, a unidade oferece um acompanhamento minucioso, com exames rotineiros e um atendimento especial para as mulheres. Para que o bebê não tenha nenhum tipo de seqüela, o tratamento também é diferenciado. A quimioterapia, utilizada para tratar os tumores, só pode ser aplicada após a 12º semana de gestação e deve ser interrompida cerca de três semanas antes da data prevista do parto. Nesse período, o acompanhamento deve ser intenso, tanto para a saúde da mãe e do bebê quanto para o controle do tumor.

Alguns tipos de procedimentos, comuns em pacientes com câncer, são contra-indicados em grávidas. A radioterapia, por exemplo, é evitada devido a disseminação da radiação, que pode causar danos ao feto, assim como o tratamento hormonal, que é utilizado em 70% dos casos de tumor mamário. Logo após o nascimento do bebê, estes tratamentos podem ser aplicados. O único efeito resultante deste processo será a cessação da amamentação.

“É possível ter uma gestação saudável mesmo com o câncer, porém uma série de cuidados devem estar presentes durante toda a gravidez. O mais importante é que as mulheres se atentem aos fatores de riscos para o câncer de mama. Só assim é possível evitar problemas futuros com a mãe e com o bebê”, explica o responsável pelo Ambulatório Clínico de Câncer de Mama na Gestação do Icesp, Max Mano.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Imprescindíveis, voluntários de pesquisa para vacina contra a Aids não correm risco de infecção

Estudo realizado por órgão da Secretaria de Estado da Saúde precisa de mais 20 pessoas para seguir em frente

A Secretaria de Estado da Saúde, por intermédio do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids e em parceira com a Faculdade de Medicina da USP, está recrutando mais 20 voluntários para dar continuidade ao estudo de duas vacinas preventivas contra o HIV. Até o momento, cinco pessoas já foram recrutadas.

Este estudo, que vem sendo realizado desde janeiro de 2011 pelo CRT, busca verificar a melhor forma de apresentar partes do vírus HIV ao organismo. As opções que serão testadas comparam dois produtos que apresentam cópias de HIV em quantidades diferentes. “É importante ressaltar que as partes do vírus utilizadas durante os experimentos com os voluntários são sintéticas e inativas. Por isso, não há chances de contaminação. Até hoje, nenhum dos voluntários já convocados em estudos anteriores foi infectado por conta dos testes”, diz Arthur Kalichman, coordenador-adjunto do CRT DST/Aids e responsável pela Unidade de Pesquisa de Vacinas.

Os interessados em colaborar com o estudo deverão responder a questionários sobre práticas de exposição ao HIV e também terão que passar por avaliação médica, que inclui a coleta de amostras de sangue e urina. Durante a pesquisa, os recrutados terão a disposição uma equipe de especialistas do CRT para suporte médico e psicológico.

Tanto homens como mulheres, independente da orientação sexual, podem participar da pesquisa. Entre os critérios necessários estão ter entre 18 e 50 anos de idade, ser saudável e não infectado pelo HIV, residir na cidade de São Paulo ou na região metropolitana e, no caso dos homens, ser circuncidado. Mulheres grávidas ou amamentando não podem participar.

“Na primeira vez em que recebi a vacina, em 2004, fiquei muito ansiosa, pensando no que poderia acontecer comigo. Após a primeira dose, não senti nada e tudo ficou mais tranqüilo. Sei que quando implantarem a vacina, poderei falar que participei, que estive lá quando precisaram de voluntários para as pesquisas. Tenho minha consciência tranqüila porque sei que fiz a minha parte e não fiquei de braços cruzados” , diz Helena Costa de Lima, 44, voluntária da Unidade de Pesquisa de Vacinas Anti-HIV do CRT.

A pesquisa é conduzida pela Unidade de Pesquisa de Vacinas Anti-HIV do CRT para a rede internacional de pesquisa de vacinas “HIV Vaccine Trials Network” (HVTN), sediada nos EUA e composta por instituições líderes em pesquisa em 27 cidades de quatro continentes.

Quem desejar se inscrever, deve entrar em contato com a Unidade de Pesquisa de Vacinas Anti-HIV, pelo número (11) 5087-9915, pelo e-mail vacinas@crt.saude.sp.gov.br ou pessoalmente no Centro de Referência em DST/Aids, localizado na Rua Santa Cruz, 81, Vila Mariana, zona sul da capital.

Mais informações:

Twitter: http://twitter.com/#!/vacinashiv

Facebook: https://www.facebook.com/vacinashiv

Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=mp&uid=8192725362186277237

Aplicativo "Causes":
http://www.causes.com/causes/597178-seja-volunt-rio-a-de-um-estudo-de-vacina-e-ajude-a-acabar-com-a-aids/about

Visitas a recém-nascidos requerem etiqueta especial

Cuidados simples como higiene e telefonar antes da visita podem evitar situações constrangedoras e riscos à saúde da criança

O nascimento de um bebê é sinônimo de vida nova e confraternização, porém, esse momento especial requer atenção de parentes e amigos em relação às primeiras visitas. A pediatra Vera Lúcia Jornada Krebs, do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, deixa claro que o recém-nascido não é uma atração turística, precisa ficar em um ambiente tranquilo e indica os cuidados para que a visita não seja deselegante e prejudicial.

Muitas pessoas exageram no ‘carinho’ e acabam dando pequenos apertões na bochecha, beijos e toques não muito delicados nas mãozinhas. O que eles não sabem é que essas atitudes são inadequadas, pois podem trazer problemas ao recém-nascido.

A pediatra indica que a primeira visita na maternidade seja limitada a parentes próximos, como o pai, avós e irmãos, pois é um momento de recuperação da mãe e maior atenção à vida do bebê.

“As primeiras 24 horas do recém-nascido são bastante delicadas, pois é um período de estabilização, portanto um descuido em uma visita pode acarretar grandes problemas à saúde do bebê”, afirma.

Segundo a pediatra, os primeiros cuidados ao visitar a criança na maternidade devem ser com a higiene das mãos. “No berçário do HC, é feito um controle de higiene em quem fará a visita. É checado se a pessoa está com algum resfriado, ou outro tipo de infecção”, explica, acrescentando que também é dado um auxílio sobre a maneira correta de lavar as mãos.

A médica também alerta para que os celulares sejam desligados no momento da visita, pois o barulho pode incomodar. As câmeras fotográficas e filmadoras também são incômodas, pois a luz do flash pode causar desconforto para a criança ou despertá-la, caso esteja dormindo.

Dependendo do espaço físico do quarto em que a mãe estiver, o ambiente pode ficar pequeno para visitas. “As visitas devem ser organizadas para que não forme uma aglomeração em volta do bebê. Esse tipo de ocasião favorece contágios e excesso de barulho, e isso pode causar um estresse ao recém-nascido”, explica.

A nicotina é uma substância extremamente prejudicial à vida do recém-nascido. De acordo com o pneumologista Joaquim Rodrigues, do Instituto da Criança, o contato do bebê com a fumaça do cigarro o expõe a uma probabilidade dez vezes maior de adquirir uma pneumonia aguda, e ao aparecimento de um fenômeno chamado de hiperresponsividade brônquica – uma resposta exagerada do pulmão a um agravo externo, que acontece quando a criança tem uma maior sensibilidade à infecções respiratórias – como bronquite, renite e otite.

“Quando a criança aspira os produtos da fumaça do cigarro, automaticamente os mecanismos de defesa do pulmão são afetados. O sistema respiratório sofre maior dificuldade em expulsar substâncias prejudiciais, provocando o estreitamento dos brônquios, por onde passa o ar”, explica o especialista, acrescentando que essas deficiências respiratórias se estendem para a vida adulta.

O pneumologista destaca que as substâncias do cigarro ficam impregnadas em roupas e mãos dos fumantes, e os resíduos que permanecem são tão prejudiciais quanto a própria fumaça. “O ideal é que o fumante não faça o uso do cigarro no dia da visita”, alerta. Joaquim esclarece que as pneumonias mais graves acontecem no primeiro ano de vida e o risco de morte por pneumonia em um bebê com semanas de vida é ainda maior. “Em 25% dos casos em que bebês apresentam dificuldades respiratórias, em crises de asmas e bronquites, são ocasionadas por reflexos da exposição a fumaça do cigarro”.

Na maternidade ou em casa, a pediatra Vera Krebs alerta que o tempo de visita deve ser curto, pois tanto a mãe quanto o recém-nascido precisam de descanso e de um ambiente silencioso e calmo. Caso a mãe ofereça algum agrado à visita, como um simples café ou uma xícara de chá, é adequado não aceitar, pois ela não deve ter nenhum tipo de trabalho além de cuidar do bebê.

Assim que a mãe recebe alta, Vera sinaliza que os cuidados na maternidade devem ser mantidos em casa. Ela deve ser orientada sobre os cuidados com o filho, tendo oportunidade de tirar todas as dúvidas junto ao pediatra e equipe multiprofissional, a respeito dos cuidados com o recém-nascido. As recomendações também devem ser dadas por escrito.

Na lista, a pediatra sugere: “o recém-nascido é extremamente frágil, por isso ele não pode ser apertado, ou pular de colo em colo. Beijar o bebê, além de deselegante, é prejudicial”, observa, acrescentando que a criança em idade escolar é grande transmissora de bactérias e vírus, por isso é aconselhável que o contato da criança com o bebê seja reduzido.

Além do recém-nascido, a mamãe também precisa de cuidados e tranquilidade, pois, neste período ela está frágil e com o sono em desordem. “É inconveniente aparecer à noite e sem ligar antes para avisar. Interromper o descanso da mãe e seu bebê pode sobrecarregá-la”, afirma.

A pediatra acredita que tomados estes cuidados, a visita pode se tornar um momento especial para a mãe e seu filho.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

50% dos transplantes de fígado são decorrentes de hepatites

Vírus do tipo C é o maior responsável pelas cirurgias; amanhã, quinta-feira, é o Dia Mundial de Combate à Hepatite

Levantamento elaborado pelo Hospital de Transplantes Euryclides de Jesus Zerbini, órgão ligado a Secretaria de Estado da Saúde, aponta que dos 1,1 mil transplantes de fígado realizados pela equipe médica da unidade, cerca de 50% ocorreram em pacientes portadores de vírus da hepatite B ou C.

A pesquisa mostra que 430 transplantados portavam hepatite C, o que corresponde a, aproximadamente, 40% do número geral de transplantes. Pelo menos metade destes pacientes afirma não saber como contraiu a doença. Já os infectados pelo tipo B chegaram a 8%, ou seja, 90 transplantados. Dos pacientes da unidade que estão inscritos na fila para transplante de órgãos, cerca de 50% convivem, ainda, com hepatite B ou C.

Em todo Brasil, a hepatite C é a maior responsável pela cirrose hepática e, por consequência, pelos transplantes de fígado. Por ser uma doença silenciosa – o período de incubação varia entre 10 e 30 anos - as pessoas demoram a tomar conhecimento da presença do vírus em seu organismo, que em 80% dos casos evolui para uma infecção crônica. Estima-se que no mundo uma a cada 12 pessoas seja portadora do vírus da hepatite C.

Os danos causados pela doença são irreversíveis e comprometem a produção de proteínas do sangue e a refinação dos alimentos absorvidos pelo intestino, funções vitais do fígado. “A possibilidade do aparecimento de câncer no órgão também aumenta muito nas pessoas com cirrose. Quadros como estes é que levam o paciente a necessitar de um transplante”, diz o médico coordenador do transplante de fígado, Carlos Baía.

Além da vacina disponível gratuitamente na rede pública de saúde para combater a hepatite B, tomar alguns cuidados essenciais com a saúde podem evitar o contágio. Os médicos hepatologistas da unidade listaram algumas dicas:

- Tenha práticas sexuais seguras. Somente o uso do preservativo garante proteção.
- Não compartilhe objetos pessoais como alicates e lâminas de barbear. Na visita a manicure, leve seu próprio kit.
- Ao frequentar consultórios odontológicos, barbeiros e tatuadores, preste muita atenção na higiene com utensílios e produtos.
- Não aceite seringas e agulhas que não sejam descartáveis, em qualquer situação.


“Prevenir é sempre a melhor escolha, por isto é fundamental fazer o teste de hepatite através do exame de sangue. Para a hepatite B existe vacina. Com os medicamentos disponíveis as hepatites B e C são curáveis. E os medicamentos são gratuitos. Qualquer doença é mais fácil de ser combatida quando descoberta cedo”, destaca Carlos Baía.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Hospital das Clínicas inaugura novas instalações do Centro de Reprodução Humana

Também será aberto o novo Centro de Diagnóstico em Gastroenterologia, que permitirá que o serviço triplique os atendimentos chegando a 15 mil procedimentos por ano

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde, inaugura nesta terça-feira, 26 de julho, dois novos centros em suas dependências: Centro de Reprodução Humana e Centro de Diagnóstico em Gastroenterologia.

A Divisão de Clínica Ginecológica do HC abre as modernas instalações do Centro de Reprodução Humana “Governador Mario Covas”. O local foi totalmente reformado e conta com laboratórios de micromanipulação de Gametas, Sêmen e Criopreservação, e Laboratório de Pesquisa Genômica para investigar anomalias e dar aconselhamento genético aos casais.

Com as mudanças, o Centro de Reprodução Humana aumenta em 50% a sua capacidade de atendimento. Serão realizados 30 ciclos de fertilização “in vitro” por mês. A meta do Professor Edmund Baracat, Titular da Disciplina de Ginecologia do HC, é elevar este número para 80 ciclos até dezembro de 2011 e a 100 ciclos a partir de 2012. Para esses benefícios o Governo do Estado de São Paulo, via Secretaria de Estado da Saúde, investiu R$ 1,4 milhão.

Outra novidade é que o centro poderá ampliar a faixa etária e atender também mulheres com idade superior a 38 anos. O protocolo especial encontra-se em desenvolvimento para que essas pacientes possam ter perspectiva reprodutiva, adiantou o prof. Edmund Baracat.

O Centro de Reprodução Humana do HC oferece tratamento de baixa e de alta complexidade, como inseminação intra-uterina, fertilização in vitro, injeção intracitoplasmática de espermatozóides, além de procedimentos clínico-cirúrgicos para restabelecer a capacidade reprodutiva, como reversão de vasectomia e correção microcirúrgica de varicocele e reversão de laqueadura tubária. Todo o tratamento é gratuito.

Gastroenterologia

Já a inauguração do Centro de Diagnóstico em Gastroenterologia permitirá que o serviço triplique os atendimentos chegando a 15 mil procedimentos por ano. Os investimentos de R$5 milhões permitiram a ampliação do escopo de atuação, com a integração dos procedimentos de Endoscopia Digestiva Alta, Colonoscopia, Colangiografia Endoscópica, Ecoendoscopia, Retossigmoidoscopia, Enteroscopia, Ultrassonografia, Manometria Esofágica, Manometria Anorretal, pHmetria com um e dois sensores e Biofeedback, em uma área de 550 metros quadrados. Ao todo, são 35 tipos de exames oferecidos aos pacientes do Sistema Único de Saúde.

As novidades ficaram por conta da implantação de uma unidade especializada em detecção de câncer precoce de fígado, que realiza biópsias de nódulos hepáticos e alcoolização de carcinoma hepatocelular, e da área de atendimento de colonoscopia.
A Elastografia Hepática, inédita na rede pública de saúde do país, permite avaliar, em apenas 5 minutos, o grau de rigidez do fígado (fibrose hepática) e o estágio da doença. Não invasivo, o método tem substituído a biópsia do fígado nos casos de hepatite C em países da Europa, em especial na França.

A cromoendoscopia virtual, outra inovação, conta com imagens em alta definição e tecnologia óptica que, por meio de bandas estreitas de luz, permite ao médico um diagnóstico mais rápido e preciso das lesões malignas de boca, garganta e esôfago. O exame é indolor, de simples aplicação e sem efeitos colaterais se comparado aos métodos atuais.

Tomografia

Um tomógrafo de dupla energia, primeiro a ser utilizado na América Latina, também faz parte do pacote de novos serviços do HC. Com um investimento de aproximadamente R$ 4,3 milhões o Instituto de Radiologia, além de adquirir o aparelho, teve a sua área de tomografia reformada. O objetivo foi melhorar a precisão diagnóstica e o atendimento aos cerca de 3.500 pacientes/mês que realizam exame na unidade.

Outro diferencial é a rapidez na aquisição das imagens com esse tomógrafo, que permite redução da exposição do paciente à radiação (até 50% menor para exames de corpo inteiro e até 83% menor em procedimentos cardíacos) em comparação aos equipamentos já conhecidos - sem perda da qualidade das imagens, um benefício principalmente para crianças e adultos jovens, que passarão por vários exames ao longo da vida e podem sofrer efeito cumulativo da radiação.

Em 11 anos, gravidez entre adolescentes paulistas cai 37%

Em 2009 houve 92,8 mil jovens grávidas, contra 148 mil em 1998; queda vem sendo constante, aponta Secretaria

O número de adolescentes entre 10 e 19 anos grávidas no Estado de São Paulo caiu 37% em 11 anos no Estado de São Paulo. É o que aponta o mais recente balanço da Secretaria de Estado da Saúde produzido com base nos dados da Fundação Seade.
Em 1998, foram 148.018 casos de gravidez na adolescência no Estado. Em 2009, último dado consolidado, esse número caiu para 92.812 ocorrências.

Segundo os números, a queda vem sendo constante, ano a ano. Em 1999 houve 144.362 adolescentes grávidas. Em 2000 houve 136.042 ocorrências. Já em 2001 houve 123.714. Em 2002, 116.368. Em 2003 foram 109.082, em 2004, 106.737 e, em 2005, 104.984. Em 2006 o número foi de 100.632 casos. Em 2007, 96.554 e, em 2008, 94.461 adolescentes ficaram grávidas.

Albertina Duarte, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria de Estado da Saúde, afirma que a redução é resultado de uma ação integrada da pasta. “A capacitação de aproximadamente 10.000 profissionais de saúde foi fundamental para alcançarmos esses números. Além disso há distribuição de preservativos e contraceptivos em unidades de todo o Estado”.

Uma redução importante, de 37,8%, foi notada na faixa etária de 15 a 19 anos. Em 1998, foram 143.490 adolescentes nessa faixa etária grávidas no Estado. Em 2009 esse número caiu para 89.176 jovens. Na faixa etária de 10 a 14 anos, o indicador apresentou queda de 19,7%, com 4.528 casos de gravidez em 1998 e 3.636 em 2009.

Desde 1996 a Secretaria adotou um modelo de atendimento integral à adolescente, que contempla o aspecto físico, psicológico e social, e que começou a mostrar resultados dois anos depois – por isso a Secretaria usa 1998 como base de comparação.
Além de informação e orientação, o trabalho busca identificar as emoções, medos e dúvidas dos adolescentes sobre afetividade, relacionamentos e sexo seguro. Rotineiramente a Secretaria investe em capacitação, organizando palestras e cursos a profissionais médicos que cuidam de adolescentes por todo o Estado.

A Casa do Adolescente de Pinheiros, na capital, serviu como espécie de laboratório da nova política de saúde para jovens, oferecendo atendimento multidisciplinar, com médicos, dentistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e professores. Há oficinas, bate-papos e terapias em grupo para que os jovens exponham seus sentimentos, recebendo orientação especializada. Também são realizados cursos de inglês e espanhol, aulas de dança, cursos de culinária e artesanato, dentre outras atividades.

O sucesso do trabalho levou o Estado ampliar o projeto da Casa do Adolescente, em parceria com os municípios e a Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social. Hoje são 25 unidades na capital, Grande São Paulo e litoral do Estado. Uma delas, inclusive, instalada em Heliópolis, maior favela da cidade de São Paulo.
Para auxiliar na prevenção à gravidez indesejada, a Secretaria decidiu ampliar o acesso das mulheres, inclusive adolescentes, a métodos anticoncepcionais. Desde julho de 2007 estão disponíveis contraceptivos comuns e pílulas do dia seguinte em 20 unidades da Farmácia Dose Certa, na capital, situadas em estações de metrô, trem e centros de saúde.

Para o interior, litoral e Grande São Paulo a Secretaria também passou a enviar anticoncepcionais, pílulas do dia seguinte e DIUs, para distribuição em Unidades Básicas de Saúde, em complemento ao repasse do governo federal.

Disque-Adolescente

A Secretaria mantém um telefone para tirar dúvidas dos adolescentes sobre sexo seguro, anticoncepcionais e relacionamentos afetivos, entre outros assuntos. Uma equipe formada por médicos, psicólogos e assistentes sociais atende jovens que ligam em busca de algum tipo de orientação, por meio do telefone (11) 3819-2022. O horário de funcionamento é de segunda à sexta-feira, das 11h às 14h.

“A replicação do atendimento multiprofissional focado não apenas na prevenção mas nos aspectos emocionais e psicoafetivos dos adolescentes vem contribuindo não só para a diminuição dos índices de gravidez na adolescência, mas também na prevenção e tratamento de doenças”, diz o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

SP lança site sobre profilaxia pós-exposição ao HIV

Método de prevenção da infecção pelo vírus HIV utiliza os medicamentos que fazem parte do coquetel para tratamento da aids

A Coordenação Estadual DST/Aids-SP, ligada à Secretaria de Estado da Saúde, lançou no começo deste mês um site específico relacionado à profilaxia pós-exposição ao vírus HIV. Trata-se de uma forma de prevenção da infecção pelo vírus HIV utilizando-se os medicamentos que fazem parte do coquetel para tratamento da Aids.

"Este método é indicado para pessoas que possam ter entrado em contato com o vírus recentemente, por meio de relação sexual desprotegida, ou seja, sem camisinha", explica Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP.

Esses medicamentos precisam ser tomados por 28 dias, sem interrupção, pra impedir a infecção pelo vírus HIV, sob orientação médica. Essa forma de prevenção já é usada com sucesso em casos de violência sexual e de profissionais da área da saúde que se acidentam com agulhas e outros objetos cortantes contaminados.

O site fornece orientação geral para casos de exposição ao vírus. É importante procurar o quanto antes um serviço credenciado. O uso do medicamento deve ser iniciado o mais cedo possível. “O ideal é que a pessoa comece a tomar a medicação em até 2 horas após a exposição ao vírus, e no máximo em 72 horas. A eficácia diminui à medida que o tempo passa”, declara a infectologista Denize Lotufo, coordenadora da rede de quimioprofilaxia no Estado de São Paulo. É importante ressaltar que a existência desses métodos não reduz de forma alguma a importância do uso de preservativos em relações sexuais.

“A população de gays e outros homens que fazem sexo com homens e travestis tem preferência no acesso a esse atendimento de urgência, uma vez que a proporção de pessoas com HIV nesse segmento populacional é superior à população geral”, comenta a médica.

O site http://www3.crt.saude.sp.gov.br/profilaxia/hotsite/ contém endereços de mais de 300 serviços cadastrados onde a profilaxia encontra-se disponível e também as dúvidas mais frequentes. Você também pode informar-se por meio do Disque DST/Aids: 0800 16 25 50.

SP faz cirurgia de urgência inédita para reconstrução da uretra

Com apenas um “furinho”, procedimento minimamente invasivo, realizado no Hospital do Homem, reconstruiu a uretra de paciente acidentado

O Centro de Referência da Saúde do Homem, órgão ligado a Secretaria de Estado da Saúde, realizou com sucesso a primeira cirurgia de urgência utilizando procedimento pouco invasivo em São Paulo em reconstrução da uretra. Sem cortes e com apenas uma pequena incisão de, aproximadamente um centímetro, feita abaixo do umbigo do paciente, a equipe médica conseguiu reconstruir a uretra – canal condutor da urina – em cirurgia de quarenta minutos.

O paciente que passou pela cirurgia teve a uretra rompida após cair de uma escada. Com a ajuda de um equipamento único no SUS, o endoscópio flexível, os médicos conseguiram “navegar” por dentro da bexiga do doente até chegar ao canal rompido e realinhá-lo. Os especialistas acompanharam o procedimento por um monitor de vídeo.

Na cirurgia convencional, conhecida como “aberta”, o paciente recebe cortes no abdômen e permanece em repouso por, no mínimo, 30 dias. Além disso, é necessário o uso de sonda por três meses, o que faz crescer o risco de infecções. Já o método utilizado de modo pioneiro no Centro do Homem, diminui pela metade o desconforto pós-operatório e o tempo de utilização do dreno para urinar. E a pessoa operada também volta à vida profissional mais rapidamente.

“A presença da tecnologia - e de profissionais altamente competentes - nos permitiu tratar com precisão um paciente em estado grave. Vamos desenvolver a técnica para ampliá-la a um número cada vez maior de pacientes da rede pública de saúde”, destaca o coordenador do serviço de urologia, Cláudio Murta.

O Centro de Referência da Saúde do Homem está localizado na Avenida Brigadeiro Luís Antonio, 2.651, Jardim Paulista, e atende pacientes encaminhados por Unidades Básicas de Saúde e outros serviços da rede pública.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

HC faz pesquisa inédita sobre compulsão sexual

Instituto de Psiquiatria do HC recruta homens e mulheres com e sem impulso sexual excessivo, brasileiros, com 18 anos

O Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, inicia um estudo sobre compulsão sexual. O objetivo da pesquisa é levantar dados para a prevenção e para o tratamento da compulsão. Para isso, é preciso avaliar o perfil psicológico, a presença de comportamento sexual de risco, o perfil clínico e as alterações neuropsicológicas de pessoas com e sem comportamento sexual excessivo.

Para participar do estudo, o Instituto de Psiquiatria do HC recruta homens e mulheres com e sem impulso sexual excessivo, brasileiros, com 18 anos ou mais, alfabetizados, e com boa capacidade de compreensão das questões formuladas nos protocolos.

Segundo o psiquiatra e responsável pela pesquisa, Marco de Tubino Scanavino, o indivíduo considerado compulsivo deve apresentar um comportamento sexual (inclui masturbação), impulsos ou pensamentos sexuais muito freqüentes. “A prática compulsiva do sexo deixa de ser saudável e começa afetar a vida em vários aspectos”, afirma Scanavino que completa dizendo que o indivíduo precisa ter pelo menos mais três aspectos para ser considerado compulsivo. “Praticar sexo cada vez mais intensos e freqüentes para se obter a mesma satisfação que havia no início do quadro, sentir mal estar físico e/ou psicológico quando tentar diminuir ou evitar o sexo, ocupar o tempo com o sexo com outras pessoas ou masturbação, fracassar quando tentar controlar o comportamento sexual, gastar muito tempo e energia buscando o sexo; ocupar-se do sexo quando deveria trabalhar e continuar com o comportamento sexual mesmo percebendo que está sendo prejudicado são atitudes relevantes”.

O estudo inédito é realizado pelo Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) junto ao Programa Ambulatorial Integrado dos Transtornos do Impulso (ProAMITI), ambos no Instituto de Psiquiatria (IPq) do HC. Há duas etapas, na primeira serão avaliados aspectos clínicos e psicopatológicos. Na segunda, os voluntários serão convidados a duas abordagens terapêuticas diferentes, em grupo, conduzidas por psiquiatra ou psicólogo.

O psiquiatra explica que a compulsão, quando não tratada, traz muitos problemas. “Em sua maioria, os indivíduos sofrem o distanciamento familiar, prejuízos no desempenho profissional ou nos estudos, prejuízos financeiros e se expõem a doenças sexualmente transmissíveis”.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

HC recruta voluntários para pesquisa sobre depressão e estresse pós-traumático

Instituto de Psiquiatria abre 160 vagas para voluntários que sofrem de depressão, estresse pós-traumático entre outros males

O Instituto de Psiquiatria (IPQ) do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, está recrutando 160 voluntários para pesquisas com pessoas que sofram de: estresse pós-traumático; depressão; depressão na gestação; transtorno bipolar e transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Os voluntários devem procurar o IPQ, de acordo com as características descritas:

Estresse pós-traumático – Homens e mulheres acima de 18 anos que apresentem estresse pós-traumático (transtorno resultante da experiência de um ou mais eventos traumáticos para a pessoa). Os voluntários receberão tratamento baseado em terapia cognitivo-comportamental (TCC).
Inscrições: (11) 3069 6988 (somente às segundas e quartas-feiras das 9h30 às 12h) ou email: amban@amban.org.br .

Depressão – Homens e mulheres de 18 a 65 anos, com diagnóstico de episódio depressivo (pode ser recorrente), que não apresentem outro transtorno psiquiátrico além da depressão e sem doença clínica grave ou instável.
Inscrições: (11) 3069 6648.

Depressão na gestação – Mulheres gestantes de 18 a 39 anos (mulheres no primeiro trimestre da gravidez já podem realizar triagem), que se encontrem entre a 12ª e 30ª semana de gravidez e que apresentem sintomas de depressão, para estudo no qual será oferecido tratamento com estimulação magnética transcraniana (terapia segura e eficaz, que não oferece risco à mãe ou ao bebê).
Inscrições: (11) 3069 8159.

Transtorno bipolar e depressão - Homens e mulheres de 18 a 35 anos, que apresentem transtorno do humor bipolar ou depressão no máximo há 5 anos, podendo estar ou não em tratamento. Será oferecido acompanhamento mensal com psiquiatra e equipe de saúde mental.
Inscrições: pesquisabipolar@gmail.com

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) – Homens e mulheres de 18 a 65 anos, que tenham sintomas de TOC como queixa principal (pensamentos e comportamentos repetitivos desagradáveis, “manias”). Serão aceitos pacientes em tratamento medicamentoso para TOC, desde que estáveis nos últimos 3 meses.
Inscrições: (11) 3069 6972, deixar nome e telefone de contato na secretária eletrônica e aguardar retorno.

Problemas na coluna afetam mais da metade dos profissionais da beleza

Testes realizados pelo Instituto de Ortopedia do HC revelam que 59% dos cabeleireiros sentem dor na coluna vertebral

Seja por vaidade ou por necessidade, de tempos em tempos todo mundo vai a um salão de beleza. Mas enquanto profissionais dessa área cuidam de seus clientes, acabam descuidando da própria saúde. Estudo feito no Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, revela que 59% dos profissionais testados sofrem com dores na coluna, 47% nos membros superiores e 27% nos membros inferiores.

Horas de pé não sobrecarregam tanto as pernas quanto escovar os cabelos da clientela. Há uma maior incidência de dores na coluna e nos braços do que nos membros inferiores, e são as mulheres as que mais se queixam, “talvez por serem maioria na profissão”, diz a fisiatra Júlia Greve.

As dores nas costas e de membros superiores não têm relação com o peso e índice de massa corporal, mas estão relacionadas ao sedentarismo. Os profissionais que praticam alguma atividade física sentem menos dor, em comparação aos indivíduos que não fazem exercício.

O número de horas trabalhadas na semana também influencia nas dores músculo-esqueléticas sentidas por cabeleireiros e manicures. Os que trabalham mais que 50 horas semanais sofrem mais dores. A lombar e os ombros também sentem o peso dos anos de profissão, os profissionais que estão no mercado a mais de quatro anos se queixam mais que os iniciantes.

“A pesquisa feita com profissionais da área aponta para a ergonomia da atividade (tempo de trabalho e movimentos utilizados e repetitivos) como um fator importante na origem das dores músculo-esqueléticas referidas (coluna e membros superiores) e também a falta de um programa de exercícios adequados às necessidades específicas da profissão, visto que ainda que a atividade física diminua a queixa de dor, não previne completamente”, conclui Júlia.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Pesquisa revela que exame reduz risco de mortalidade neonatal

Levantamento inédito da Secretaria de Estado da Saúde mostra que Teste de Fibronectina Fetal reduz riscos de parto prematuro

Estudo inédito produzido pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, na maternidade estadual Interlagos, uma das maiores da capital paulista, aponta que o Teste Fibronectina Fetal, além de diminuir o número de internações em UTIs, também ajuda a evitar partos prematuros e, com isso, prevenir a mortalidade neonatal causada por complicações de saúde relacionadas à prematuridade.

O teste, que consiste em detectar a presença de uma substância chamada fibronectina fetal no conteúdo vaginal, deve ser aplicado somente entre a 22ª e a 34ª semanas de gestação. Se aplicado junto ao exame de ultrassom vaginal, o teste reduz, em caso de resultado negativo, para menos de 1% as chances de parto nas duas semanas seguintes a sua realização.

O estudo foi feito com 63 gestantes que, em comum, apresentavam alto risco de prematuridade por conta de fatores como partos prematuros anteriores, gemealidade ou malformações uterinas, queixa de cólicas abdominais e presença de contrações não acompanhadas de nítidas modificações cervicais e infecção urinária.

Após a realização do Teste Fibronectina Fetal, 86% das gestantes analisadas apresentaram resultado negativo, o que significa que, apesar de apresentarem sinais e sintomas, elas não estavam em trabalho de parto e, por isso, não precisavam ficar internadas. No caso dessas gestantes, o espaço entre a realização do exame para o parto foi, em média, de 20 dias, o que comprovou a eficiência do teste.
Já para as 14% das gestantes cujo resultado do teste foi positivo, indicando com isso a iminência de trabalho de parto, a internação foi indicada e o nascimentos dos bebês aconteceu, em média, 11 dias após a realização do exame.

“A principal utilidade desse teste é evitar que as gestantes sintomáticas passem por internações ou intervenções desnecessárias, já que, apesar dos sintomas, não correm o risco de darem à luz naquele momento. Outro benefício do teste é ajudar a diminuir o número de partos prematuros que, só no primeiro semestre de 2010, correspondeu a cerca de 10% do número total de partos realizados no Hospital e Maternidade Interlagos. Com isso, além de reduzir os custos com internações, conseguimos o mais importante que é reduzir os riscos de mortalidade neonatal provocado por prematuridade”, diz Sandra Sestokas, diretora do Hospital e Maternidade Interlagos.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Atropelamentos e acidentes com motos lideram principais causas de internação por trauma

As duas causas juntas correspondem a 40% das internações por trauma no pronto-socorro do HC

Estudo feito pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, mostra que atropelamentos e acidentes com motocicletas são as principais causas de internação por traumas no Serviço de Cirurgia de Emergência e Trauma do pronto-socorro do Instituto Central.

As vítimas de atropelamentos representaram 20,5% das internações por traumas, seguido por 19,5% de acidentados por motocicletas. Os dados são referentes aos atendimentos realizados no ano passado. Os homens são a maioria das vítimas, 62,9% em atropelamentos e 89,3% dos acidentados com motos.

Entre as vítimas com até 16 anos, 30% dos casos internados foram por atropelamento e 5% por acidentes de motos. De 17 a 30 anos, 39% das internações foram por acidentes de moto e 21% por atropelamento. De 31 a 45 anos, 21% se referem a atropelamento e 17% por acidente de moto. De 46 a 60 anos, 22% das internações foram por atropelamento e 5% por motos. Já entre os pacientes maiores de 60 anos, 23% dos acidentes foram por atropelamentos e apenas 1% de acidentados com motocicletas.
“O número elevado de internações por trauma, além de onerar todo o sistema de saúde, traz um comprometimento social e da esfera trabalhista”, explica Fernando P. Leitão, professor do Departamento de Cirurgia do HC-FMUSP.

No Serviço de Cirurgia de Emergência e Trauma, 43% dos pacientes atendidos possuíam algum tipo de trauma. Entre esses pacientes, 11% precisaram de internação.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

SP prorroga vacinação contra o sarampo

170 mil crianças, entre 1 e 6 anos de idade, ainda precisam receber a vacina contra a doença no Estado; Campanha segue até sexta-feira

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo decidiu indicar a prorrogação da campanha vacinação contra o sarampo para crianças de 1 a 6 anos de idade até sexta-feira, 22 de julho, em todo o Estado. Até o momento, 3 milhões de crianças já foram imunizadas, chegando a 89,91% do público-alvo. Ainda devem ser aplicadas 170 mil doses para atingir a meta de 95% de crianças vacinadas.

As menores coberturas continuam nas faixas etárias de 1, 5 e 6 anos, com, respectivamente, 87,61%, 79,61% e 67,42% dos grupos vacinados no período. Dentre as crianças de 2 a 4 anos, a meta de 95% já foi atingida, porém, quem ainda recebeu a vacina pode ir às salas de vacinação.

“Vale a pena lembrar que a vacina tríplice viral, além do sarampo, protege também contra a rubéola e caxumba. Os pais e responsáveis devem ficar atentos e levar as crianças entre 1 e 6 anos de idade para serem imunizadas”, afirma Helena Sato, diretora de Imunização da Secretaria.

Os postos de saúde abrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Na capital a sala de vacinação do Instituto Pasteur, na avenida Paulista, 393, funciona inclusive aos sábados e domingos, das 8h às 20h.

Sintomas

A Secretaria orienta a população para que esteja atenta aos sintomas do sarampo. Os principais são febre e exantema (manchas avermelhadas no corpo), acompanhados ou não de tosse, coriza e conjuntivite. Nesses casos a recomendação é para que a pessoa procure imediatamente um posto de saúde e evite contato desnecessário com outras pessoas até que receba avaliação médica.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Mitos prejudicam detecção precoce de câncer em homens

Desinformação compromete o diagnóstico dos tumores urológicos e dificulta o tratamento

De todos os tumores malignos que atingem o homem, 23% são urológicos, especialidade que inclui os cuidados com o rim, bexiga, próstata, uretra e pênis. E nos órgãos presentes tanto nos homens quanto nas mulheres, a população do sexo masculino apresenta uma incidência de duas a três vezes maior de câncer, quando comparado com o público feminino. E um dos principais fatores que contribui para este quadro é a desinformação.

Um levantamento realizado pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, apontou os principais questionamentos e mitos populares entre os homens sobre a incidência e o diagnóstico destas doenças. E o resultado apontou que a desinformação realmente existe entre a população masculina.

Perguntas como “segurar a urina dá câncer?”, “jovens não fazem parte do grupo de risco para câncer?”, “o ato de fumar não está relacionado ao desenvolvimento de câncer, com exceção do de pulmão”, são exemplos de questionamentos comuns entre os homens.

De acordo com o urologista do ICESP, Marcos Dall’Oglio, é fundamental desmistificar alguns desses questionamentos. “O paciente precisa saber quais são os fatores e os comportamentos de risco para o desenvolvimento de cânceres urológicos. Somente a boa informação ajudará a reduzir o número de pacientes que chegam tardiamente ao consultório em busca de tratamento”, alerta.

Veja abaixo alguns mitos populares quando o assunto é o câncer urológico:

- Masturbação pode causar câncer. Não há relação entre esta prática e o desenvolvimento de tumores urológicos.
- Segurar a urina dá câncer. Não há qualquer estudo científico que associe o fato de segurar a urina com o desenvolvimento de câncer ou com a instalação de qualquer outra doença.
- Toda cirurgia para tratamento de câncer de próstata provoca impotência. Não. Um dos tipos de cirurgias, que prevê a retirada total da próstata (prostatectomia radical) pode provocar a impotência. O risco de que isso aconteça é de 30% e depende muito de fatores como idade, função sexual pré-operatória e gravidade do tumor. Além disso, vale ressaltar que o crescimento benigno da próstata não provoca impotência.
- Não há relação entre o ato de fumar e o desenvolvimento de tumores urológicos. Há sim: 70% dos casos de câncer de bexiga ocorrem em pacientes fumantes
- Falta de higiene não está relacionada ao câncer. A maioria dos tumores no pênis surge em decorrência da falta de higiene no órgão genital.
¬ Homens jovens não estão sujeitos ao desenvolvimento de câncer. A maioria dos tumores é mais rara no público jovem, mas o câncer de testículo acomete principalmente os indivíduos que têm entre 15 e 35 anos.
- Só devo me preocupar depois que surgirem sintomas. A maioria dos tumores cresce de maneira silenciosa. Por isso, o cuidado rotineiro com a saúde é muito importante. Metade dos casos de câncer de rim em tratamento no ICESP foi detectada incidentalmente, durante a realização de exames de rotina e quando não apresentavam qualquer sintoma.

População deve ter atenção especial com o clima seco

Tempo seco e poluição favorecem infecções, principalmente em crianças idosos e doentes crônicos

Com o aviso realizado na quarta-feira (14/07) pela Defesa Civil, colocando São Paulo em alerta em razão do tempo seco, cresce a preocupação em relação aos problemas relacionados ao clima.

Com o tempo seco, mais partículas de diversos tipos ficam em suspensão no ar e são inaladas pelas pessoas, entre essas, os ácaros, o enxofre que sai do escapamento de veículos, poeira, restos de materiais queimados e outros. Além disso, o clima também pode favorecer a ocorrência de problemas respiratórios e infecções.

Alguns grupos específicos, como crianças, idosos e pessoas que já possuem algum tipo de problema respiratório, ficam mais vulneráveis neste período e precisam redobrar os cuidados.

“Com o ar mais seco, as vias aéreas são diretamente afetadas, facilitando a entrada de vírus e bactérias. Então, é preciso se prevenir e evitar fatores de risco”, esclarece Fábio Pereira Muchão, pneumologista do Ame (Ambulatório Médico de Especialidades) Heliópolis, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
O especialista listou algumas recomendações para ajudar a população a manter o bem estar mesmo neste período:

- Ingerir bastante líquido;
- Não faça exercícios físicos entre as 10h e 17h quando a umidade do ar estiver baixa;
- Deixe um recipiente com água ou um pano molhado no quarto antes de dormir;
- Não use o umidificador elétrico por muitas horas seguidas. O ambiente pode ficar muito úmido e causar mofo e bolor;
- Lave as narinas com soro fisiológico e/ou faça inalações com o mesmo produto;
- Mantenha os ambientes arejados e livres de tabaco e poeira;
- Evite frequentar lugares fechados em que haja grande concentração de pessoas, como shoppings-centers, supermercados e cinemas.

Crianças poderão ser cientistas por um dia durante as férias no Instituto Butantan

Além de conhecer como funciona um laboratório de pesquisa, visitantes poderão saber como é o dia a dia de um biólogo

O Instituto Butantan preparou uma programação especial que promete aquecer as férias da criançada. As crianças poderão conhecer na prática como funciona um laboratório de pesquisa e como é o dia-a-dia de um biólogo que trabalha com serpentes, aranhas e escorpiões.

Visando aproximar o público do mundo científico, o Museu de Microbiologia abrirá o laboratório entre os dias 19 a 29 de julho das 9h às 16h30. No local, os visitantes poderão saber na prática como funciona um laboratório científico e observar através de microscópios, células animais, vegetais, além de vermes em carnes mal cozidas e microrganismos em água não tratada.

Nos dias 20 e 23 de julho, às 14h, acontece o “Pesquisador por um dia”, voltado para crianças a partir de 10 anos. Os visitantes saberão como é o trabalho de campo de um biólogo através de uma visita no Horto Oswaldo Cruz do Instituto Butantan. Durante o passeio, o público será conduzido por uma trilha, conhecendo através de réplicas como é o habitat e o comportamento de diferentes espécies de aranhas e serpentes.

Quem quiser acompanhar sessões gratuitas de contação de estórias poderá visitar o Instituto entre os dias 19 e 24 de julho. A atividade acontece em dois horários: às 10h30 e às 11h30, em frente ao Museu de Rua.

Na atividade “Répteis e Anfíbios em jogo”, o público poderá participar de diversos jogos de cartas e tabuleiro. Dentre os jogos estão o “Bicho a Bicho”, uma adaptação do “Cara-a-Cara”. A atividade é voltada para crianças a partir de cinco anos e acontece nos dias 21 e 24 de julho, das 14h às 16h, em frente ao Museu de Rua.

Todas as quintas-feiras, das 14h30 às 15h30, na frente do serpentário, acontece projeto de educação ambiental “Mão na cobra só no Butantan”. Os visitantes poderão manipular espécies de serpentes não venenosos e conhecer mais sobre os hábitos dos animais. Além disso, o Museu Biológico, onde há um grande acervo de serpentes, aranhas, iguanas e escorpiões, o de Microbiologia e o Histórico ficarão abertos de terça a domingo das 9h às 16h30.

A entrada para os três museus custa R$ 6. Estudantes pagam R$ 2,50. Crianças até sete anos, idosos a partir de 60 anos e portadores de necessidades especiais não pagam. O Butantan fica na Avenida Vital Brasil, 1.500, zona oeste da capital.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

25% dos operados com câncer tem menos de 50 anos

Levantamento foi realizado com 12,8 mil pacientes da unidade, entre dezembro de 2008 e maio de 2011

Uma pesquisa realizada pelo Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, apontou que 25% dos pacientes oncológicos operados na unidade têm menos de 50 anos. O estudo mostra ainda que, do total de cirurgias oncológicas, a maioria são em mulheres, somando 51,5%. Na análise exclusiva dos que tem até 49 anos, o público feminino também é maioria, representando 64% dos casos.

De acordo com o levantamento, a principal especialidade cirúrgica utilizada é a urologia, responsável por 28% de todos os procedimentos realizados. Em seguida, estão as especialidades de cabeça e pescoço (11%), aparelho digestivo (8,5%), ginecologia (8,5%), mastologia (7%), toráxica (5%) e ortopédica (2%). Além disso, cirurgias plásticas reparadoras são responsáveis por 8% dos procedimentos cirúrgicos.

O estudo mostra ainda que 30% dos pacientes submetidos a uma cirurgia de câncer têm mais de 70 anos; 27% têm entre 60 e 69 anos; e 24% tem entre 50 e 59 anos. Considerados jovens, os pacientes com menos de 50 anos somam 25% de todos os operados. A maior parte deles está concentrada na faixa etária de 40 a 49 anos (14%), seguida por aqueles que têm entre 30 e 39 anos (6%). Pacientes com idade entre 20 e 29 anos correspondem a 4% dos que foram submetidos à cirurgia e os que têm até 19 anos representam 2% dos operados.

“Esse levantamento mostra claramente que a idéia de que o câncer afeta somente os pacientes mais velhos está errada. É um número expressivo e por isso é sempre muito importante que as pessoas, independente da idade, façam os exames de rotina regularmente e procurem o médico de sua confiança sempre que notarem alguma anormalidade com a saúde”, alerta o oncologista e diretor Geral do Icesp, Paulo Hoff.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Apenas um a cada quatro motociclistas acidentados aprendeu a dirigir em auto-escola

Segundo pesquisa do Hospital das Clínicas, maioria aprende a dirigir sozinho, com amigos ou parentes

Levantamento realizado pelo Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, com pacientes vítimas de acidente com motocicleta, mostra que apenas 25% dos usuários aprenderam a dirigir na auto-escola.

Os autodidatas são a maioria, 32,4% dos motociclistas acidentados. Quem aprendeu a dirigir com um parente, representou 19,1%, o mesmo índice de quem aprendeu com amigos.

“Quem não aprendeu a dirigir na auto-escola sabe como controlar a motocicleta, mas não aprendeu como fazer uma frenagem segura, ou manter a distância mínima necessária,” explica Julia Greve, médica fisiatra do IOT. “Os princípios de direção defensiva passam a ser ignorados”, completa.

Dos participantes da pesquisa, mais da metade (55%) já havia sofrido outro acidente de trânsito. Quanto à situação no momento do acidente, 80% não considerava que a imprudência tinha sido sua.

“É importante que o motociclista tenha consciência de que está no veículo mais inseguro e frágil. Deve dirigir de forma preventiva, evitando ser pego de surpresa, por exemplo, em uma fechada brusca”, conclui a médica.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Uma em cada três crianças ainda não recebeu a segunda dose da vacina contra gripe em SP

São necessárias duas doses para que elas fiquem protegidas; imunização vale para crianças entre 6 e 23 meses de idade

Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que 34,7% das crianças paulistas entre 6 e 23 meses de idade ainda não receberam a segunda dose da vacina contra o vírus Influenza, causador da gripe. Portanto, não estão protegidas contra a doença.

O número corresponde a 266 mil crianças que ainda precisam ser levadas aos postos de saúde para receber a segunda dose. Desde que a vacinação contra a gripe foi iniciada, em 25 de abril, 767 mil crianças nessa faixa etária receberam a primeira dose, e 501 mil retornaram aos postos para receber a segunda.

No Instituto de Infectologia Emílio Ribas, órgão ligado à Secretaria, 64% das crianças vacinadas não voltaram à sala de vacina da unidade para receber a segunda dose da imunização contra o vírus Influenza.

Este é o primeiro ano que as crianças participam da vacinação contra a gripe. Além delas, gestantes, idosos, profissionais de saúde e indígenas foram vacinados em todo o Estado. Para esses grupos, entretanto, diferentemente das crianças, apenas uma dose é necessária.

As doses da vacina também protegem contra a gripe A H1N1, tipo que se disseminou pelo mundo na pandemia de 2009. Pela primeira vez, parte das doses de vacina contra a gripe foi produzida integralmente no país, pelo Instituto Butantan, órgão da Secretaria.

“É muito importante que os pais e responsáveis levem as crianças para tomar a segunda dose da vacina. Apenas desta forma os menores de dois anos estarão totalmente protegidos contra as complicações provocadas pela gripe”, explica Helena Sato, diretora de Imunização da Secretaria.

Os postos de saúde abrem das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira. Na capital, as salas de vacina do Instituto Pasteur (avenida Paulista, 393) e dos terminais rodoviários do Tietê e da Barra Funda funcionam das 8h às 20h, incluindo finais de semana e feriados.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Com exame em ‘tempo real’, SP amplia identificação de meningite bacteriana

Método do Instituto Adolfo Lutz reduziu número de casos classificados como indeterminados

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo conseguiu ampliar, nos últimos quatro anos, a identificação dos tipos de bactérias causadoras de meningites na população paulista a partir de amostras encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, órgão da pasta.

Esta maior precisão no diagnóstico ocorreu em razão da adoção do método PCR em tempo real, que permite detectar a doença em até três horas, contra um mínimo de 48 horas pelo método tradicional.

Em 2007, um ano antes da implantação do método no Instituto Adolfo Lutz, 43% dos casos de meningite bacteriana notificados no Estado e avaliados pelo laboratório paulista foram classificados como de origem “não determinada”. Já em 2010 esse índice caiu para 23%, e no primeiro semestre deste ano, para 13,6%.

Em números absolutos, 1.246 de 3.309 casos de meningite bacteriana analisados pelo Lutz em 2007 foram classificados como “não determinada”. Em 2010 os casos não determinados foram 732 de um total de 3.129. E, no primeiro semestre deste ano, 126 de 923 casos.

No mesmo período houve crescimento de 22% no total de amostras que tiveram o tipo de bactéria determinada nas análises realizadas pelo Lutz.

“Pelo método tradicional era impossível o cultivo em laboratório para determinar o tipo de bactéria, porque muitas vezes elas já estavam mortas. Além disso a possibilidade de falsos negativos era bem maior”, explica Claudio Sacchi, pesquisador do Instituto Adolfo Lutz.

Sessão de cinema e oficinas sobre aranhas e escorpiões são atrações de férias no Instituto Butantan

Programação especial começa na próxima semana

O Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, preparou uma programação especial de férias para oferecer opções de entretenimento educativo à população. Haverá sessões de cinema, atividades recreativas e oficinas educativas.
Entre os dias 11 e 15 de julho acontecerá, sempre às 14h, a atividade “O Fim da Picada”, com oficinas gratuitas sobre aranhas e escorpiões. Por meio de atividades lúdicas, jogos de recreação e sessões de cinema, o público saberá melhor quem são esses animais, do que se alimentam, onde vivem, os cuidados e riscos que podem trazer ao homem.

A atividade é voltada para crianças de 6 a 10 anos e as inscrições poderão ser feitas no dia do evento, em frente à lanchonete do parque, das 11h às 14h.

“Queremos com essas atividades sensibilizar os visitantes sobre a importância desses animais para a saúde pública e o meio ambiente”, explica Luciana Martins, educadora do Núcleo de Difusão do Conhecimento do Instituto Butantan.

Durante as quintas-feiras, das 14h30 às 15h30, em frente ao serpentário, acontece projeto de educação ambiental “Mão na cobra só no Butantan”. Os visitantes poderão manipular espécies de serpentes não venenosos e conhecer mais sobre os hábitos dos animais. Além disso, os Museus Biológico, onde há um grande acervo de serpentes, aranhas, iguanas e escorpiões, o de Microbiologia e o Histórico ficarão abertos de terça a domingo das 9h às 16h30.

A entrada para os três museus custa R$ 6. Estudantes pagam R$ 2,50. Crianças até sete anos, idosos a partir de 60 anos e portadores de necessidades especiais não pagam. O Butantan fica na Avenida Vital Brasil, 1.500, zona oeste da capital.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

SP ganha 1ª central online de vagas de UTI pelo SUS do Brasil

Unidade totalmente informatizada, na capital paulista, irá agilizar a disponibilização de leitos de emergência e cirurgias para pacientes graves

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo entregou nesta quinta-feira, 7 de julho, a primeira central online de vagas de urgência e emergência pelo SUS (Sistema Único de Saúde) do Brasil. O objetivo é monitorar a disponibilidade e agilizar a transferência de pacientes com quadros graves e que precisam ser internados em leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ou realizar procedimentos complexos, como cirurgias cardíacas e neurológicas. O governador Geraldo Alckmin e o secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri, visitaram a central pela manhã.

Instalada em um andar inteiro do edifício Andraus, no centro da cidade de São Paulo, a Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), ligada à pasta, irá gerenciar todo o fluxo de urgência e emergência na Grande São Paulo, interior e litoral do Estado.

Em tempo real, a Cross será ponto de contato de todos os hospitais e serviços de saúde que atendem pelo SUS no Estado. Na capital paulista e em algumas cidades paulistas há centrais que regulam a transferência de pacientes entre hospitais do município, mas havendo necessidade de oferta de vagas inter-regional, a central da Secretaria é acionada.

A nova central da Secretaria é totalmente informatizada e conta com uma equipe de cerca 200 profissionais, dos quais 100 médicos e 50 técnicos auxiliares de regulação médica, além de técnicos em informática e atendentes.

Os médicos e técnicos de regulação se revezarão em turnos, 24 horas por dia, sete dias por semana, atendendo às solicitações de transferência de pacientes em serviços de saúde de todo o estado, incluindo pedidos de UTI adulto, neonatal e pediátrica, além de leitos para cirurgias de urgência.

As solicitações poderão ser feitas por telefone ou via portal na Internet, e classificadas segundo grau de risco, numa escala de um a quatro. As classificadas como grau 1 terão atendimento em até uma hora. As avaliadas como grau 2, em até três horas. As de grau 3, em até seis horas, e as de grau 4 (com baixo risco) são atendidas em até 12 horas. Caberá ao serviço de saúde de origem transportar o paciente até o novo local onde a vaga foi encontrada.

Os médicos da central são treinados e capacitados para lidar com as mais diferentes situações. Em muitos casos, inclusive, os profissionais conseguem, conversando com a equipe médica dos serviços de saúde solicitantes, passar instruções para manter os sinais vitais do paciente e até adotar medidas para melhorar sua condição clínica.
Com a centralização é possível à Secretaria manter uma equipe médica à disposição dos serviços de urgência e emergência e buscar vagas não somente em uma determinada região, mas sim no Estado todo. Dessa forma, caso haja indisponibilidade momentânea de leitos em determinada localidade, o paciente poderá ser transferido para um hospital de outra região, recebendo assistência adequada.

O processo de centralização da regulação de vagas de urgência e emergência vem sendo realizado gradativamente ao longo do último ano, e já mostra resultados. Levantamento da Secretaria aponta que nesse período houve redução de 40% na mortalidade de pacientes que necessitavam de leitos de UTI. De uma média de 2,5 óbitos mensais, o número caiu para 1,5. O objetivo é reduzir ainda mais este índice.

Antes a regulação era feita em escritórios regionais, mas havia dificuldade na contratação de médicos e precariedade na estrutura. Muitos pedidos eram feitos via fax, que precisavam ser retransmitidos em razão da dificuldade de leitura.

“Trata-se de um importante instrumento para garantir a rápida disponibilização de leitos de UTI e outras vagas de emergência no Estado, expandindo possibilidades e integrando os serviços de saúde com o objetivo de salvar vidas”, afirma Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde.

Marcação de consultas

Além de plantonistas 24 horas para a regulação das urgências e emergências, a Cross também contará com uma central de atendimento específica para as marcações de consultas ambulatoriais, gerenciando todo o fluxo de atendimento nas unidades de saúde municipais, ambulatórios e demais hospitais vinculados ao SUS.

As regionais de saúde – braços da Secretaria na capital, interior e litoral - distribuem, conforme a demanda, a oferta de vagas de serviços médicos, consultas e exames. A integração do sistema garante que todas as unidades tenham conhecimento sobre onde há vagas disponíveis e a possibilidade de marcação.

O sistema também é regionalizado: as unidades de um determinado município só tem acesso às informações de ofertas de consultas e exames em suas macrorregiões.
Caberá à central dar suporte técnico às unidades cadastradas, além de gerenciar o atendimento aos cancelamentos de consultas agendadas, além de, se necessário, reordenar as ofertas distribuídas nas unidades de saúde.

Para melhor organização, a Secretaria de Estado da Saúde envia, cinco dias antes da data da consulta/exame, um “torpedo” para lembrar o paciente da data e horário agendada, bem como um número gratuito para cancelamentos e/ou dúvidas referentes a marcação. A mensagem é encaminhada sempre que o número do telefone celular do paciente consta em sua ficha.

Vacinação infantil contra o sarampo termina nesta 6ª

Crianças entre 1 e 6 anos de idade devem ser levadas aos postos de saúde para se protegerem contra a doença

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo encerra amanhã, sexta-feira, 8 de julho, a vacinação de crianças de 1 a 6 anos de idade contra o sarampo.

Durante a campanha de vacinação, entre 18 de junho e 1º de julho, 2,8 milhões de crianças receberam a vacina contra o sarampo, o que corresponde a 83% de cobertura. Para atingir a meta de 95% de crianças vacinadas, restaram cerca de 400 mil.

A adesão foi menor nas faixas etárias de 1, 5 e 6 anos, atingindo, respectivamente, 81,3%, 72,9% e 58,66% do grupo a ser imunizado, durante o período. A vacinação de crianças de 2, 3 e 4 anos de idade atingiu a meta de 95%, mas, mesmo assim, quem ainda não foi imunizado pode ir às salas de vacinação.

“A vacina tríplice viral é a medida de prevenção mais eficaz contra o sarampo. É muito importante que todas as crianças entre 1 e 6 anos de idade se protejam contra a doença”, afirma Helena Sato, diretora de Imunização da Secretaria.

Na última sexta-feira, 1° de julho, também terminou a campanha de imunização contra paralisia infantil em todo o Estado de São Paulo. Com a meta de cobertura alcançada, foram vacinadas 2,67 milhões de crianças, entre 0 e 4 anos de idade.

“Vale lembrar aos pais que, se por algum motivo deixaram de imunizar seus filhos contra poliomielite, a vacina se encontra disponível em todos os postos de saúde da rede estadual”, diz Helena.

Os postos de saúde abrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Na capital a sala de vacinação do Instituto Pasteur, na avenida Paulista, 393, funciona inclusive aos sábados e domingos, das 8h às 20h.

Sintomas

A Secretaria orienta a população para que esteja atenta aos sintomas do sarampo. Os principais são febre e exantema (manchas avermelhadas no corpo), acompanhados ou não de tosse, coriza e conjuntivite. Nesses casos a recomendação é para que a pessoa procure imediatamente um posto de saúde e evite contato desnecessário com outras pessoas até que receba avaliação médica.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Crianças mais novas estão praticando menos atividades físicas

Estudo em 2,5 mil escolas paulistas mostra estudantes do ensino médio 20% mais ativos que alunos do ensino fundamental

Estudo das secretarias de Estado da Saúde e da Educação, realizado em parceria com o Celafiscs (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul) aponta, pela primeira vez, que os alunos do ensino médio estão, em média, 20% mais ativos que estudantes do ensino fundamental.

A tendência sempre foi o inverso. Quanto mais velha a pessoa fica, menos pratica exercício físico. Essa mudança de comportamento acende um alerta. Indica que, a cada geração, o problema da falta de atividade física se agrava.

“A hipótese principal é que as crianças têm exposição maior a computador, videogame e televisão. Hoje, as crianças são hábeis com a tecnologia. Porém o custo disto é que não se exercitam adequadamente,” explica Victor Matsudo, coordenador do Agita São Paulo, programa estadual voltado ao incentivo da prática de atividades físicas. “Uma das consequências é a obesidade infantil”, alerta.

O programa Agita São Paulo recomenda que as crianças se movimentem em pé por cinco minutos a cada meia hora de atividade sentada.

O levantamento foi feito com 2,5 mil escolares da 5º e 9ª anos do ensino fundamental (ciclo II) e do 3º ano do ensino médio, em uma amostra representativa para o estado de São Paulo. Os jovens responderam a um questionário onde apontavam quanto gastavam de tempo com cada atividade. A recomendação internacional mínima para realizar atividade física é de 300 minutos por semana para crianças e 150 minutos para adultos.

Quanto mais tempo a criança fica sentada, maior é o seu peso corporal e índice de massa corpórea e maior é o nível de colesterol ruim e triglicérides. Em contrapartida, menor é o nível de colesterol bom e menor é o nível de potência aeróbica (capacidade do organismo em transportar oxigênio).

Saúde abre inscrição para eleger o mais belo idoso de SP

Moradores da capital com 60 ou anos ou mais podem participar do concurso

A Secretaria de Estado da Saúde abriu inscrições para o concurso que irá eleger o mais belo idoso da cidade de São Paulo. Até 4 de agosto, homens com mais de 60 anos, que residem na capital paulista, podem se candidatar ao título. O evento será realizado em 11 de agosto no Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia (IPGG), unidade estadual, em comemoração ao Dia dos Pais.

Além do mais belo idoso, os participantes irão participar de outras cinco categorias: Mister Beleza, Mister Elegância, Mister Timidez, Mister Simpatia e Mister Sorriso.

“Nosso objetivo principal é promover a autoestima e valorizar a beleza na terceira idade”, afirma Nilton Guedes, diretor de convivência do IPGG.

Após o encerramento das inscrições, os concorrentes deverão comparecer ao IPGG no dia 8 de agosto, às 13h, para a seleção dos 25 finalistas. Além disso, em 12 de agosto, dia seguinte à premiação, haverá o Baile do Dia dos Pais, com a presença dos vencedores.

No ano passado, o vencedor do concurso de mais belo idoso da capital foi o aposentado e atleta amador Sebastião Pereira de Souza, hoje com 77 anos. “Ganhar a eleição foi uma sensação incrível. Foi difícil segurar as lágrimas depois do resultado”, diz Sebastião, que é pai de dois filhos e avô de seis netos.

As inscrições para o concurso que elegerá o mais belo idoso de São Paulo podem ser realizadas de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h, pelo telefone (11) 2030-4000, ou nos setores de convivência ou voluntariado do IPGG. O endereço é Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra (antiga Praça do Forró), 34, em São Miguel Paulista.

terça-feira, 5 de julho de 2011

SP convoca 400 mil crianças para se vacinarem contra o sarampo até 6ª

Campanha atingiu 83% de cobertura no Estado; doses permanecem nos postos de saúde

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está convocando 400 mil crianças paulistas de 1 a 6 anos de idade que ainda não tomaram a vacina contra o sarampo para comparecerem aos postos de saúde de todo o Estado até a próxima sexta-feira, 8 de julho, e se protegerem contra a doença.

Durante a campanha de vacinação, entre 18 de junho e 1º de julho, 2,8 milhões de crianças receberam a vacina contra o sarampo, o que corresponde a 83% de cobertura. Para atingir a meta de 95% de crianças vacinadas, restam cerca de 400 mil.

A adesão foi menor nas faixas etárias de 1, 5 e 6 anos, atingindo, respectivamente, 81,3%, 72,9% e 58,66% do grupo a ser imunizado. A vacinação de crianças de 2, 3 e 4 anos de idade atingiu a meta de 95%, mas, mesmo assim, quem ainda não foi imunizado pode ir às salas de vacinação.

“A vacina tríplice viral é a medida de prevenção mais eficaz contra o sarampo. É muito importante que todas as crianças entre 1 e 6 anos de idade se protejam contra a doença”, afirma Helena Sato, diretora de Imunização da Secretaria.

Na última sexta-feira, 1° de julho, também terminou a campanha de imunização contra paralisia infantil em todo o Estado de São Paulo. Com a meta de cobertura alcançada, foram vacinadas 2,67 milhões de crianças, entre 0 e 4 anos de idade.

“Vale lembrar aos pais que, se por algum motivo deixaram de imunizar seus filhos contra poliomielite, a vacina se encontra disponível em todos os postos de saúde da rede estadual”, diz Helena.

Os postos de saúde abrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Na capital a sala de vacinação do Instituto Pasteur, na avenida Paulista, 393, funciona inclusive aos sábados e domingos, das 8h às 20h.

Sintomas

A Secretaria orienta a população para que esteja atenta aos sintomas do sarampo. Os principais são febre e exantema (manchas avermelhadas no corpo), acompanhados ou não de tosse, coriza e conjuntivite. Nesses casos a recomendação é para que a pessoa procure imediatamente um posto de saúde e evite contato desnecessário com outras pessoas até que receba avaliação médica.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

‘Pronto-socorro’ das mamas quase triplica diagnóstico de pré-câncer em SP

No hospital estadual Pérola Byington, modelo de atendimento integral vem ajudando a salvar vidas

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo realizado no hospital estadual Pérola Byington, referência em saúde da mulher na capital paulista, aponta que o número de casos de lesões de mama identificados no estágio “pré-câncer” quase triplicou nos últimos seis anos. Ao mesmo tempo, a identificação da doença em estágios avançados diminuiu.

Foram avaliados 3,8 mil atendimentos realizados no hospital entre 2005 e os cinco primeiros meses de 2011. Há seis anos, a identificação do estágio conhecido por “pré câncer” era de apenas 7% do total de mulheres examinadas. Neste ano, subiu para 18%.
Houve aumento, ainda, de 18% para 22% no mesmo período, do total de casos de câncer identificados no estadiamento I, quando as chances de cura são de 80%.

Entre as razões para o aumento da detecção do estágio que antecede a doença está o fato de o hospital ter implantado, em 2006, um modelo de atendimento completo e integral às pacientes que procuram a unidade, que funciona como um “pronto-socorro” das mamas.

Após o resultado da mamografia, se houver alterações, as pacientes são encaminhadas no mesmo dia para outros exames complementares, como biópsia, para conclusão do diagnóstico. Casos de câncer identificados em estágio avançado seguem para cirurgia ou tratamento quimio ou radioterápico no mesmo mês em que foram diagnosticados.

O levantamento também apontou que a identificação do estadiamento III da doença, quando apenas 30% dos casos são considerados curáveis, diminuiu no período analisado. Em 2005, 25% dos casos eram descobertos já com a doença avançada. Neste ano o índice caiu para 16%.

“A identificação precoce de alterações de mama no estágio de pré-câncer vem ajudando a salvar vidas, uma vez que a cura é possível em 100% desses casos”, afirma Luiz Henrique Gebrin, diretor do Pérola Byington.

Os casos identificados no estadiamento zero (pré-cancer) são encaminhados para cirurgia, acompanhada de seguimento clínico a cada seis meses e de mamografia anual, independentemente da idade da paciente, além da recomendação para autoexame. Nos demais estágios pode haver necessidade de tratamentos complementares, como quimio e radioterapia.

Mamografias pelo SUS

Levantamento da Secretaria aponta também que o número de mamografias realizadas em todo o Estado têm aumentado. Em 2010 o total de exames realizados foi 30% superior em relação a 2008.

Somente no hospital estadual Pérola Byington são cerca de 3.000 mamografias mensais. Para agendar o exame é necessário um encaminhamento do médico especialista. A unidade está localizada na Avenida Brigadeiro Luís Antonio, 683 – Bela Vista.

Saúde mobiliza mães para doar leite no período das férias

Estoque nos bancos chega a cair até 50% nesta época do ano

A Secretaria de Estado da Saúde pede a mobilização de mulheres de todo o Estado de São Paulo que estejam amamentando, para que façam a doação de leite materno neste mês de julho.

As baixas temperaturas e, principalmente, o período de férias fazem com que haja queda de até 50% no volume de leite dos bancos, que é usado para alimentar os bebês prematuros ou doentes, que estão internados e necessitam ganhar peso.

Mulheres de qualquer idade, que tenham bebês sendo alimentados exclusivamente com leite materno e que, ainda assim, tenham sobra do alimento, podem ser voluntárias e ajudar outros bebês. As únicas exigências são de que as doadoras não estejam consumindo medicação, drogas ilícitas ou mais de dez cigarros por dia.

A secretaria destaca que, comprovadamente, as mulheres que amamentam e doam o leite evitam o empedramento das mamas e têm recuperação da forma física de forma mais rápida.

Na maternidade estadual Leonor Mendes de Barros da capital, por exemplo, haverá campanha interna junto às mães neste mês de julho para tentar suprir a necessidade de leite do berçário.

“Nossos bebês [internados na maternidade] são prematuros e precisam de leite para o ganho de peso e todos os nutrientes para o desenvolvimento futuro. O leite materno é completo, fornece todos os nutrientes necessários. Ele é apropriado ao bebê e funciona como uma espécie de vacina, por isso pode ser considerado insubstituível”, disse Corintio Mariani Neto, diretor da unidade.

As mulheres que puderem colaborar podem entrar em contato com os bancos de leite mais próximos de suas residências para pedir orientação sobre a forma correta de coleta e armazenamento. A lista completa está disponível no portal www.redeblh.fiocruz.br.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Yubá ‘desbanca’ Neymar e Fiuk em enquete para batizar jararaca do Instituto Butantan

Votação popular recebeu mais de 59 mil votos pela internet e em urnas localizada no Instituto

Após duas semanas de votação popular, foi definido o nome da jararaca-ilhoa do Instituto Butantan, órgão da Secretaria de Estado da Saúde. O animal que completa quatro meses nesta sexta-feira, 1º de julho, vai se chamar chamará Yubá, que significa amarelo em tupi guarani, remetendo a coloração do animal (veja resultado final abaixo).

O concurso recebeu mais de 59 mil votos, recebidos em uma urna localizada no Museu Biológico e pela internet. O público tinha outras cinco opções de nomes: Aureo, que significa dourado em latim, Homer, Neymar, Jack e Fiuk.

Yubá nasceu no último dia 1º de março e mede cerca de 15 cm. A serpente peçonhenta é uma espécie ameaçada de extinção e rara, originária da Ilha da Queimada Grande, litoral sul de São Paulo, porém o exemplar que ficará exposto no museu do Butantan é nascido em cativeiro, através de uma ação de conservação ambiental desenvolvida por pesquisadores do Instituto.

“A votação atraiu inúmeros visitantes ao Butantan. O público quase triplicou durante a enquente. Agora, com nome definido, acreditamos que o Yubá será uma das grandes atrações do Museu durante as férias de julho”, comemora Giuseppe Puorto, diretor do Museu Biológico do Instituto Butantan.

Os museus do Instituto Butantan ficam abertos de terça a domingo, das 9h às 16h30. A entrada custa R$ 6. Estudantes pagam R$ 2,50. Menores de sete anos, maiores de 60 e portadores de necessidades especiais não pagam. O Instituto Butantan fica na avenida Vital Brasil, 1.500, zona oeste da capital.

Resultado da votação

1- Yubá – 16.221 votos
2- Homer – 14.891 votos
3- Neymar – 11.075 votos
4- Jack – 7.816 votos
5- Aureo – 5.384 votos
6- Fiuk – 3.993 votos

Inverno é pior para pacientes com câncer

Efeitos colaterais de medicamentos podem acentuar sensibilidade às baixas temperaturas, alerta o Instituto do Câncer do Estado de SP

Alguns efeitos colaterais do tratamento oncológico já são popularmente conhecidos. À quimioterapia, por exemplo, estão associados os enjôos e vômitos. Porém, as temperaturas mais baixas de inverno também exigem do paciente maior atenção e alguns cuidados especiais.

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira, ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, preparou algumas dicas para ajudar a entender e evitar esses desconfortos para quem passa por tratamento oncológico.

Alguns tipos de quimioterápicos aumentam a sensibilidade ao frio, exigindo cuidado especial do paciente durante o inverno. Como consequência, pode-se sentir uma sensação de formigamento ou de choque, principalmente nas extremidades corporais (mãos e pés).

Adotar alguns cuidados simples pode ajudar a passar melhor pelo inverno, como agasalhar-se bem, usar luvas e meias para manter as mãos e pés aquecidos, usar tocas ou gorros de lã, principalmente se a quimioterapia provocou queda de cabelo, ampliar o consumo de bebidas quentes, como os chás, evitar a ingestão de líquidos gelados e reduzir o contato com objetos frios. Essas medidas ajudam a minimizar o desconforto.

“O mais importante é saber que essas alterações são comuns e reversíveis. Assim que o tratamento termina, os pacientes recuperam a sensibilidade”, diz Maria Pilar, coordenadora da Oncologia Clínica do Icesp.