quinta-feira, 26 de maio de 2011

Saúde faz alerta contra o oxi no centro de São Paulo

Profissionais do Cratod irão distribuir 1.000 panfletos e orientar população sobre os riscos da droga, em feira de saúde na estação Brás da CPTM

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo promove nesta sexta-feira, 27 de maio, um alerta contra o oxi, nova droga que chegou a São Paulo. Das 12h às 17h, profissionais do Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas), órgão da pasta, irão distribuir cerca de 1.000 panfletos sobre o tema e orientar a população sobre os riscos do entorpecente, durante feira de saúde na estação Brás da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

Um primeiro levantamento promovido pelo Cratod com 92 pacientes em tratamento de dependência química na unidade apontou que 12% relataram já ter tido contato com a droga. Mas a maioria dos entrevistados, 65%, nunca ouviu falar da droga, o que pode indicar que já usaram oxi sem saber.

Marta Jezierski, diretora do centro de referência, afirma que um dos maiores problemas relacionados ao entorpecente é justamente o fato dele ser relativamente desconhecido.

“Após notarem que os usuários encontram-se sob o efeito de drogas, os traficantes começam a vender oxi como se fosse crack, já que ele é mais barato. O que notamos é que a maioria das pessoas não busca o consumo deste entorpecente, mas acaba o fazendo sem saber”.

No levantamento, quando consultados sobre sua opinião a respeito do oxi, nenhum deles manifestou interesse pela droga. Do total de entrevistados, 22% disseram achar que oxi é pior do que crack e outros 22% classificaram a droga como “devastadora”.

O oxi é considerado uma variação do crack. Além do efeito ainda mais devastador à saúde, uma das principais diferenças entre os dois é que, para se obter o crack, durante o preparo são utilizados amoníaco e bicarbonato de sódio. No oxi são usados querosene e cal virgem, substâncias extremamente tóxicas e que podem levar à morte rapidamente, mas que barateiam o custo da droga.

“A conscientização da população sobre este problema é extremamente importante já que a droga pode acabar com a vida de uma pessoa em um curto período de tempo”, diz a diretora do Cratod.

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