Especialista faz alerta especial em relação a crianças, que utilizam o pavimento superior das casas para brincar e empinar pipas
Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que uma pessoa morre a cada três dias por queda de laje no Estado de São Paulo. Somente no ano de 2011, foram registradas 2.649 internações causadas por quedas acidentais de estruturas como lajes, balcões ou sacadas, muros, telhados e torres. Desse total, 136 pessoas morreram. No total as internações custaram R$ 3,2 milhões ao Sistema Único de Saúde (SUS) paulista.
Segundo a cirurgiã-geral Silvana Nigro, gerente do pronto-socorro do hospital estadual do Mandaqui e médica do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências da Secretaria (Grau), as quedas acidentais de laje ocorrem, principalmente, pela ausência de uma estrutura de proteção nesses pavimentos superiores.
“Muitas famílias constroem as lajes em suas residências para usarem como área de recreação e lazer ou mesmo como local para armazenarem mobílias e outros objetos, mas se esquecem de adicionarem um muro de tijolos ou mesmo uma grade como forma de proteção da área e evitar acidentes. Isso também propicia alto risco de choques elétricos, já que, dependendo da altura das lajes, os moradores podem ficar mais próximos aos fios de energia”, diz Silvana Nigro.
A médica também faz uma alerta para esse tipo de acidente com crianças, que utilizam as lajes para brincadeiras com bola ou pipas, especialmente em finais de semana e feriados.
“As quedas em laje podem provocar desde lesões mais leves, como escoriações e contusões, até fraturas de membros superiores e inferiores, lesões de coluna, traumatismos de tórax, abdômen e crânio”, ressalta Silvana.
Em casos de quedas em lajes, a cirurgiã dá as seguintes recomendações:
- A primeira medida é tentar manter a vítima calma e imobilizada segurando cuidadosamente sua cabeça para que ela não movimente a região do pescoço.
- Ligar para o serviço de resgate o mais rápido possível e informar com precisão o endereço no qual o acidentado se encontra, além de passar informações como a altura da queda e o estado da vítima, se há alguma fratura exposta ou sangramento e se ela está ou não consciente.
- Aguardar o socorro no local e evitar movimentar os membros da vítima, assim como manipular sangue ou outros tipos de secreções.
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