Endometrose atinge boa parte dos animais, causando infertilidade; pesquisa apresentou resultados expressivos nos testes iniciais
Uma pesquisa do Instituto Butantan, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo na capital paulista, traz nova esperança quanto ao tratamento da endometrose em éguas. A doença, que atinge cerca de 60% dos animais, causa a degeneração do endométrio, provocando a infertilidade.
O estudo consiste na infusão de células-tronco retiradas do tecido adiposo (gordura) de cavalos, em éguas portadoras da enfermidade. As primeiras análises dessa descoberta apresentaram resultados considerados positivos.
Durante dois meses, seis animais que passaram pelo processo foram estudados. As primeiras biópsias apresentaram conformação estrutural semelhante à de um útero sadio, o que comprova a eficácia do estudo. A próxima etapa da pesquisa será a de validação clínica, na qual o objetivo será o de tentar emprenhar (engravidar) as éguas.
A endometrose é uma doença grave, que afeta boa parte da população de éguas. Ela provoca a inativação das glândulas uterinas, prejudicando o funcionamento do tecido, o que pode ocasionar a perda de função do órgão e, consequentemente, o aborto do feto. Essa é a principal causa de infertilidade desses animais.
“Os resultados iniciais dessa pesquisa foram animadores. Nosso objetivo é possibilitar uma melhoria na qualidade de vida do animal e também na criação para o produtor”, relata Lisley Inata Mambelli, bióloga do Instituto Butantan.
Os próximos testes serão feitos a partir do início de 2012.
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