terça-feira, 21 de agosto de 2012

Casos de dengue caem 77% em SP

Levantamento aponta 19.929 casos autóctones registrados de janeiro a julho deste ano, contra 88.916 no mesmo período de 2011

Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que o número de casos de dengue até julho de 2012 foi 77,5% inferior ao registrado no mesmo período de 2011.

Os municípios paulistas informaram à Secretaria, por intermédio do Sinan (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), 19.929 casos autóctones de dengue (com transmissão dentro do Estado) nos sete primeiros meses deste ano. No mesmo período do ano passado foram registrados 88.916 casos da doença.

Do total de casos de dengue em todo o Estado, 31,6% estão concentrados na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, que notificou pelo Sinan 6.299 ocorrências. Outras seis regiões do Estado registraram mais de 1.000 casos: Piracicaba (3.344), Grande São Paulo (2.097), Araçatuba (1.321), Campinas (1.161), Ribeirão Preto (1.122) e Araraquara (1.030).

 O Estado de São Paulo trabalha, prioritariamente, com confirmação laboratorial de casos de dengue, por intermédio de exames de sorologia realizados na rede de laboratórios do Instituto Adolfo Lutz.

Dos 645 municípios do Estado de São Paulo, 352, ou seja, mais da metade, não notificaram nenhum caso autóctone de dengue nos sete primeiros meses de 2012.

Ainda segundo balanço da Secretaria, foram notificadas 11 mortes por dengue autóctone entre janeiro e julho deste ano, nos municípios de Araçatuba, Caraguatatuba, Guaratinguetá, Ibirá, Novais, Pontal, Praia Grande, Santa Rosa de Viterbo e São José do Rio Preto, além da capital paulista, com dois óbitos registrados. As mortes representaram 0,06% do total de casos.

A Secretaria de Estado da Saúde investe R$ 40 milhões anualmente no combate à dengue. No segundo semestre do ano passado a pasta lançou o Plano de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Dengue mobilizando prefeitos e gestores de saúde de 283 municípios paulistas considerados prioritários, definidos com base na série histórica de dengue, índices de infestação predial e densidade populacional. Dentre as medidas previstas, estavam o apoio aos municípios para as visitas casa a casa e treinamentos Express para equipes de saúde.

Cerca de 80% dos criadouros do Aedes aegypti estão no interior das residências, em recipientes com água parada como pneus, garrafas, vasos de plantas, além de caixas d’água destampadas e calhas. Por isso a participação popular no controle da transmissibilidade da doença é considerada fundamental.

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