segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ataques de abelhas levam seis por dia ao hospital em SP

De janeiro a julho deste ano foram registrados 1.291 acidentes com este tipo de inseto, dos quais quatro evoluíram à óbito

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que a cada dia, em média, seis paulistas são atendidos em hospitais vítimas de ataques de enxames de abelhas. De janeiro a julho deste ano foram 1.291 registros em todo o Estado, segundo dados informados pelos municípios ao Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da pasta. Houve quatro mortes.

Entre as regiões com o maior número de pessoas acidentadas estão Campinas e Piracicaba, ambas com 218 notificações, seguidas de Botucatu, com 118 casos e Araraquara, com 114 notificações. Em 2011, o número de notificações no Estado chegou a 2.080 de janeiro a dezembro, com três mortes.

Assim como escorpiões, aranhas e serpentes, as abelhas também são consideradas animais peçonhentos, em razão do veneno contido nos ferrões. Mas no caso das abelhas a notificação só é compulsória em caso de vítimas de enxames.

“O efeito do veneno varia de organismo para organismo. Dependendo do número de ferroadas, da quantidade de veneno injetado e da demora em busca de auxílio médico, os ataques podem levar uma pessoa a morte caso ela seja alérgica, por exemplo”, afirma Joseley Casemiro Campos, técnica da zoonoses do CVE.

Segundo ela, os acidentes normalmente estão relacionados ao ambiente de trabalho, como lavouras. Por isso, algumas medidas de prevenção são fundamentais para evitar os ataques. Entre elas, recomenda-se o uso de roupas adequadas e claras, preferencialmente brancas, em caso de manipulação das colmeias, já que o uso de cores fortes pode desencadear um comportamento agressivo das abelhas.

Além disso, é recomendável o uso de chapéus e roupas de manga em locais propícios ao aparecimento de enxames. Em caso de acidente, a dica é retirar os ferrões com pinças e procurar o serviço de saúde mais próximo.

“Não se deve, de forma alguma, espremer o ferrão para que ele saia, porque isso pode fazer com que ele libere mais veneno”, explica Joseley.

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