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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

HC registra 600 casos de intoxicação por medicamentos ao mês

Principais vítimas são crianças de um a quatro anos de idade; unidade presta os primeiros socorros por telefone

Levantamento do Centro de Assistência Toxicológica (Ceatox) do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, registrou, no primeiro semestre de 2012, cerca de 600 casos de intoxicação por medicamentos ao mês, sendo as crianças as principais vítimas.

Segundo o diretor médico e toxicologista do Centro, Anthony Wong, as crianças costumam ingerir medicamentos que ficam em fácil acesso. “Elas são atraídas, normalmente, pelas cores chamativas ou até mesmo pelo cheiro doce de alguns remédios”.

A faixa etária do um aos quatro anos de idade representa a maioria dos atendimentos no total, com 25%, e dos cincos aos nove anos, 8%. Wong afirma que há também uma quantidade razoável de adultos que ingerem medicamentos em excesso, o que resulta em 11% do atendimento para pessoas de 30 aos 39 anos de idade. Cerca de 60% de todas as idades são mulheres.

O diretor alerta para um grande erro que vale para todas as idades: a ingestão de água ou leite após perceber que tomou um medicamento que não deveria.

“Ao fazer isso os pais ou responsáveis podem espalhar mais o medicamento pelo organismo ou provocar alguma outra reação no caso do leite”, explica o toxicologista.

Provocar o vômito também não é aconselhável. O mais correto a se fazer é manter a calma e buscar orientação.

O atendimento no Ceatox é de primeiros socorros, feito pelo telefone. As informações são passadas conforme a descrição dos responsáveis e orientados de uma forma segura em como proceder nas situações. A equipe do Centro é formada por médicos, enfermeiros e farmacêuticos, que atende 24 horas, todos os dias da semana.

O Centro também faz parte da Organização Mundial de Saúde, sendo a única unidade não governamental há mais de 20 anos na área de farmacovigilância. O telefone do Ceatox é 0800-0148110.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Casos de pedra no rim crescem 30% no verão

Problema atinge duas vezes mais homens do que mulheres; cuidados com a alimentação ajudam a evitar a doença

Levantamento do Centro de Referência da Saúde do Homem, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, aponta que entre os meses de janeiro e março, o número de atendimentos aos pacientes com quadros de cálculos renais aumenta 30%.

O problema é mais comum no verão, pois as pessoas transpiram mais e acabam ingerindo menos líquido do que o necessário para hidratar o corpo.

Além disso, na época de férias, os cuidados com a alimentação costumam ser deixados de lado e a ingestão de alimentos industrializados e de petiscos como amendoim, castanha do Pará, calabresa e camarão facilitam a formação das pedras.

O urologista Fábio Vicentini, médico chefe do ambulatório de litíase (cálculo) renal, explica que estas refeições são ricas em sódio e cálcio e devem ser consumidas com moderação, principalmente por indivíduos propensos a doença, que atinge duas vezes mais os homens do que as mulheres.

Os frutos do mar ainda contêm altas doses de ácido úrico, um dos responsáveis pelo desenvolvimento dos cálculos renais.

A obesidade também está ligada ao problema, já que os pacientes com índice de massa corporal elevado podem apresentar mais cálcio e ácido úrico na urina.

A recomendação para combater a doença ao longo do ano todo, portanto, é ingerir bastante água – em torno de dois litros por dia –, e outros líquidos como os sucos naturais de melão, laranja e limão. Estas frutas contém citrato, substância que contribui para o bom funcionamento renal.

Além disso, é importante reforçar que o sal (cloreto de sódio) continua sendo o maior vilão dos rins. Use o mínimo possível do tempero no preparo dos alimentos e, sempre que possível, dê preferência as ervas naturais – salsinha, cebolinha, limão e orégano, por exemplo – que adicionam sabor e aroma as refeições. Os especialistas ainda alertam que o famoso chá de quebra-pedra não faz milagres.

“O que ajuda a dissolver e eliminar a pedra é a água do chá e não suas folhas. É importante tomar cuidado ao preparar estas bebidas, pois as ervas podem causar intoxicação se utilizadas em excesso”, ressalta o urologista Cláudio Murta, coordenador do hospital.

Em torno de 15% da população apresenta cálculos renais. Em 85% dos casos as pedras são pequenas e expelidas naturalmente, pela urina. O restante dos pacientes apresenta dores fortes e infecções e necessita de tratamento medicamentoso ou de intervenção cirúrgica. A chance de reincidência da doença também é grande – metade dos doentes volta a ter e alguns sofrem ainda pela terceira vez.

“Por isto é extremamente importante que os pacientes que tiveram cálculo renal procurem o médico para fazer o acompanhamento e evitar novas crises”, finaliza Vicentini.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Casos de conjuntivite despencam 92% em SP

Foram registrados 79.387 casos de janeiro a julho deste ano, contra 998.185 no mesmo período de 2011; incidência da conjuntivite é maior durante o inverno e nos dias mais quentes da primavera e verão

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta que o número de casos de conjuntivite no Estado de São Paulo, notificados entre os meses de janeiro e julho de 2012, diminuiu 92% em relação ao mesmo período de 2011.

Segundo dados Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria, os municípios paulistas notificaram 79.387 casos de conjuntivite nos sete primeiros meses de 2012, contra 998.185 no mesmo período do ano passado. A notificação de conjuntivite é considerada compulsória na ocorrência de surtos, ou seja, de dois ou mais casos no mesmo ambiente.

Segundo a oftalmologista Stefania Danca Pall, do Ambulatório de Especialidades Várzea do Carmo, na capital paulista, a conjuntivite não é considerada uma doença, mas uma inflamação da conjuntiva (membrana mucosa que forra a parte externa do globo ocular e a interna das pálpebras) e que pode ter alta incidência entre a população tanto no período do inverno quanto no período mais quente da primavera e do verão.

“A maior propagação de conjuntivite viral ou bacteriana ocorre nesse período porque a sua contaminação ocorre por meio das relações interpessoais. No inverno a maior parte da população passa longos períodos em ambientes fechados, mesmo com a grande aglomeração de pessoas”, afirma a oftalmologista.

Ela explica que nos dias de altas temperaturas, os agentes causadores da conjuntivite também encontram situação propícia, uma vez que há uma grande exposição ao sol, vento, água do mar e de piscinas.

“Essa exposição, por períodos mais longos, pode gerar uma irritação nos olhos. Ao coçarmos rosto e olhos com as mãos repetidamente, aumentamos as chances de uma contaminação na região dos olhos”, ressalta Stefania.

Entre os principais sintomas da conjuntivite estão sensação de “areia nos olhos”, vermelhidão do globo ocular, coceira ou ardência persistente, lacrimejo, inchaço e, em alguns casos, presença de secreção amarelada ou esverdeada.

“Procurar o serviço de saúde é a principal recomendação logo após o surgimento de um ou mais sintomas. Porém, é indicado que, mesmo antes do atendimento médico, o paciente lave bem as mãos e os olhos com água filtrada e limpa ou use algodão ou gaze encharcado com soro fisiológico para fazer a higienização da região dos olhos”, completa a oftalmologista.

Para a médica, frequentar ambientes frescos e arejados e manter a higienização correta das mãos com água limpa e sabão ou álcool em gel está entre as medidas que podem favorecer a queda no número de casos de conjuntivite.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Em 10 anos, novos casos de hanseníase caem 41% em SP


Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta 1.753 novos casos registrados no Estado em 2011, contra 3.000 no ano de 2001

O número de novos casos de hanseníase no Estado de São Paulo diminuiu 41,5% nos últimos 10 anos. É o que aponta o levantamento da Secretaria de Estado da Saúde com base na série histórica feita pela Divisão Técnica de Hanseníase do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado (CVE).

Segundo o levantamento, em 2001 foram detectados 3.000 novos casos da doença, enquanto que, em 2011,  foram diagnosticados 1.753 novos casos.

Outro índice que também apresentou queda foi a prevalência da hanseníase, ou seja, o número de pessoas que se encontram em tratamento da doença. Em 2001, 5.378 pessoas estavam em tratamento no Estado de São Paulo. Já em 2011, esse número caiu para 2.152 pacientes.

Segundo a diretora da Divisão de Hanseníase do CVE, Mary Lise Marzliak, a queda do número de novos casos da doença na última década se deve, principalmente, ao trabalho intenso das equipes médicas, cada vez mais capacitadas para a detecção precoce, e também ao tratamento integral do paciente com o medicamento PQT (poliquimioterapia), disponibilizado gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O período de tratamento varia entre seis meses e um ano.

“A hanseníase é uma doença que pode atingir homens e mulheres de todas as faixas etárias e de todas as classes sociais. Por isso, é muito importante que cada um esteja sempre atento ao seu corpo e procure imediatamente um médico caso suspeite de alguma anormalidade”, afirma Mary Lise.

A hanseníase é uma doença contagiosa, causada por um bacilo (Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen) que pode ser transmitida por uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra pessoa saudável, por meio de gotas eliminadas no ar pela fala, tosse ou espirro. O bacilo penetra por meio das vias respiratórias e se instala preferencialmente nos nervos periféricos e na pele.

Instalado no organismo, o bacilo de Hansen tem a sua produção lenta, uma vez que pode demorar de dois a cinco anos para que os primeiros sintomas se manifestem. Mesmo assim, a maioria das pessoas resiste ao bacilo e não adoece.

Além de ter cura, a hanseníase apresenta sinais e sintomas dermatológicos e neurológicos que facilitam o diagnóstico, como manchas ou caroços esbranquiçados ou avermelhados, e áreas da pele, mesmo sem manchas, com ausência de dor ou sem sensibilidade. Quando não tratada precocemente, a doença pode causar incapacidades ou deformidades no corpo.

“O que muitos pacientes precisam saber é que quanto mais cedo iniciado o tratamento, mais rápida será a cura, com a diminuição dos riscos do desenvolvimento de qualquer deformidade ou incapacidade”, diz Mary Lise.

Informações importantes sobre a hanseníase:

A hanseníase é transmitida pela respiração, por meio de gotas eliminadas no ar pela fala, tosse ou espirro, após contato direto e prolongado com a pessoa doente.

Somente a pessoa doente que ainda não iniciou o tratamento transmite a hanseníase.

Não se pega hanseníase bebendo no copo ou utilizando o mesmo talher da pessoa com a doença.

Fique atento aos sinais do corpo: verifique se existem manchas esbranquiçadas, caroços avermelhados ou castanhos. Caso haja, toque nelas e verifique se estão dormentes ou se a sensibilidade é diferente.

Verifique também áreas da pele, mesmo sem manchas que não coçam, mas formigam ou pinicam e vão ficando dormentes, com diminuição ou ausência de dor ou sensibilidade ao calor, frio e ao toque.

Os sinais podem se localizar em qualquer parte do corpo, porém, ocorrem com maior frequência na face, orelhas, costas, braços, nádegas e pernas.

A evolução da doença é lenta, mesmo assim, um médico deve ser consultado ao surgimento de qualquer indício de manchas ou dormência em qualquer área do corpo.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Casos de dengue caem 77% em SP

Levantamento aponta 19.929 casos autóctones registrados de janeiro a julho deste ano, contra 88.916 no mesmo período de 2011

Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que o número de casos de dengue até julho de 2012 foi 77,5% inferior ao registrado no mesmo período de 2011.

Os municípios paulistas informaram à Secretaria, por intermédio do Sinan (Sistema de Informações de Agravos de Notificação), 19.929 casos autóctones de dengue (com transmissão dentro do Estado) nos sete primeiros meses deste ano. No mesmo período do ano passado foram registrados 88.916 casos da doença.

Do total de casos de dengue em todo o Estado, 31,6% estão concentrados na região do Vale do Paraíba e Litoral Norte, que notificou pelo Sinan 6.299 ocorrências. Outras seis regiões do Estado registraram mais de 1.000 casos: Piracicaba (3.344), Grande São Paulo (2.097), Araçatuba (1.321), Campinas (1.161), Ribeirão Preto (1.122) e Araraquara (1.030).

 O Estado de São Paulo trabalha, prioritariamente, com confirmação laboratorial de casos de dengue, por intermédio de exames de sorologia realizados na rede de laboratórios do Instituto Adolfo Lutz.

Dos 645 municípios do Estado de São Paulo, 352, ou seja, mais da metade, não notificaram nenhum caso autóctone de dengue nos sete primeiros meses de 2012.

Ainda segundo balanço da Secretaria, foram notificadas 11 mortes por dengue autóctone entre janeiro e julho deste ano, nos municípios de Araçatuba, Caraguatatuba, Guaratinguetá, Ibirá, Novais, Pontal, Praia Grande, Santa Rosa de Viterbo e São José do Rio Preto, além da capital paulista, com dois óbitos registrados. As mortes representaram 0,06% do total de casos.

A Secretaria de Estado da Saúde investe R$ 40 milhões anualmente no combate à dengue. No segundo semestre do ano passado a pasta lançou o Plano de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Dengue mobilizando prefeitos e gestores de saúde de 283 municípios paulistas considerados prioritários, definidos com base na série histórica de dengue, índices de infestação predial e densidade populacional. Dentre as medidas previstas, estavam o apoio aos municípios para as visitas casa a casa e treinamentos Express para equipes de saúde.

Cerca de 80% dos criadouros do Aedes aegypti estão no interior das residências, em recipientes com água parada como pneus, garrafas, vasos de plantas, além de caixas d’água destampadas e calhas. Por isso a participação popular no controle da transmissibilidade da doença é considerada fundamental.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Dengue cai 82% nos primeiros cinco meses do ano em SP

Mais da metade dos municípios paulistas não notificou caso da doença neste ano, aponta balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo

Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que o número de casos confirmados de dengue caiu 82% no Estado de São Paulo nos cinco primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte do boletim do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), da Secretaria.

Entre janeiro e maio deste ano, os municípios paulistas confirmaram por meio do Sinan (Sistema de Informações de Agravos de Notificação) 15.348 casos autóctones (contraídos dentro do Estado), enquanto nos cinco meses iniciais de 2011 foram registrados 85.411.

São Paulo trabalha, prioritariamente, com confirmação laboratorial de casos de dengue, por intermédio de exames de sorologia realizados na rede de laboratórios do Instituto Adolfo Lutz.

Potim, no Vale do Paraíba, lidera os municípios com mais casos confirmados nos cinco primeiros meses deste ano: 1.673, seguido por Pontal, na região de Ribeirão Preto, com 689 casos, e Cruzeiro, também no Vale do Paraíba, com 565.

Dos 645 municípios do Estado de São Paulo, 348, ou seja, mais da metade, não notificaram nenhum caso de dengue nos cinco primeiros meses de 2012.

A Secretaria de Estado da Saúde investe R$ 40 milhões anualmente no combate à dengue. No segundo semestre do ano passado a pasta lançou o Plano de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Dengue mobilizando prefeitos e gestores de saúde de 283 municípios paulistas considerados prioritários, definidos com base na série histórica de dengue, índices de infestação predial e densidade populacional. Dentre as medidas previstas, estavam o apoio aos municípios para as visitas casa a casa e treinamentos Express para equipes de saúde.

“Sem dúvida é uma queda significativa na transmissão da dengue, mas não podemos baixar a guarda. O combate ao mosquito Aedes aegypti deve ser diário, e a população pode contribuir de forma decisiva, uma vez que 80% dos criadouros estão no interior das residências”, afirma Giovanni Guido Cerri, Secretário de Estado da Saúde.