Mais da metade dos municípios paulistas não notificou caso da doença neste ano, aponta balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
Balanço da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que o número de casos confirmados de dengue caiu 82% no Estado de São Paulo nos cinco primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados fazem parte do boletim do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), da Secretaria.
Entre janeiro e maio deste ano, os municípios paulistas confirmaram por meio do Sinan (Sistema de Informações de Agravos de Notificação) 15.348 casos autóctones (contraídos dentro do Estado), enquanto nos cinco meses iniciais de 2011 foram registrados 85.411.
São Paulo trabalha, prioritariamente, com confirmação laboratorial de casos de dengue, por intermédio de exames de sorologia realizados na rede de laboratórios do Instituto Adolfo Lutz.
Potim, no Vale do Paraíba, lidera os municípios com mais casos confirmados nos cinco primeiros meses deste ano: 1.673, seguido por Pontal, na região de Ribeirão Preto, com 689 casos, e Cruzeiro, também no Vale do Paraíba, com 565.
Dos 645 municípios do Estado de São Paulo, 348, ou seja, mais da metade, não notificaram nenhum caso de dengue nos cinco primeiros meses de 2012.
A Secretaria de Estado da Saúde investe R$ 40 milhões anualmente no combate à dengue. No segundo semestre do ano passado a pasta lançou o Plano de Intensificação das Ações de Vigilância e Controle da Dengue mobilizando prefeitos e gestores de saúde de 283 municípios paulistas considerados prioritários, definidos com base na série histórica de dengue, índices de infestação predial e densidade populacional. Dentre as medidas previstas, estavam o apoio aos municípios para as visitas casa a casa e treinamentos Express para equipes de saúde.
“Sem dúvida é uma queda significativa na transmissão da dengue, mas não podemos baixar a guarda. O combate ao mosquito Aedes aegypti deve ser diário, e a população pode contribuir de forma decisiva, uma vez que 80% dos criadouros estão no interior das residências”, afirma Giovanni Guido Cerri, Secretário de Estado da Saúde.
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