Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde aponta que o número de casos de conjuntivite no Estado de São Paulo, notificados entre os meses de janeiro e julho de 2012, diminuiu 92% em relação ao mesmo período de 2011.
Segundo dados Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria, os municípios paulistas notificaram 79.387 casos de conjuntivite nos sete primeiros meses de 2012, contra 998.185 no mesmo período do ano passado. A notificação de conjuntivite é considerada compulsória na ocorrência de surtos, ou seja, de dois ou mais casos no mesmo ambiente.
Segundo a oftalmologista Stefania Danca Pall, do Ambulatório de Especialidades Várzea do Carmo, na capital paulista, a conjuntivite não é considerada uma doença, mas uma inflamação da conjuntiva (membrana mucosa que forra a parte externa do globo ocular e a interna das pálpebras) e que pode ter alta incidência entre a população tanto no período do inverno quanto no período mais quente da primavera e do verão.
“A maior propagação de conjuntivite viral ou bacteriana ocorre nesse período porque a sua contaminação ocorre por meio das relações interpessoais. No inverno a maior parte da população passa longos períodos em ambientes fechados, mesmo com a grande aglomeração de pessoas”, afirma a oftalmologista.
Ela explica que nos dias de altas temperaturas, os agentes causadores da conjuntivite também encontram situação propícia, uma vez que há uma grande exposição ao sol, vento, água do mar e de piscinas.
“Essa exposição, por períodos mais longos, pode gerar uma irritação nos olhos. Ao coçarmos rosto e olhos com as mãos repetidamente, aumentamos as chances de uma contaminação na região dos olhos”, ressalta Stefania.
Entre os principais sintomas da conjuntivite estão sensação de “areia nos olhos”, vermelhidão do globo ocular, coceira ou ardência persistente, lacrimejo, inchaço e, em alguns casos, presença de secreção amarelada ou esverdeada.
“Procurar o serviço de saúde é a principal recomendação logo após o surgimento de um ou mais sintomas. Porém, é indicado que, mesmo antes do atendimento médico, o paciente lave bem as mãos e os olhos com água filtrada e limpa ou use algodão ou gaze encharcado com soro fisiológico para fazer a higienização da região dos olhos”, completa a oftalmologista.
Para a médica, frequentar ambientes frescos e arejados e manter a higienização correta das mãos com água limpa e sabão ou álcool em gel está entre as medidas que podem favorecer a queda no número de casos de conjuntivite.
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