segunda-feira, 14 de maio de 2012

SP investe R$ 30 milhões em hospitais de retaguarda e centros de referência para idosos


USP Leste terá centro-dia de cuidados integrados para a terceira idade; ações integram programa “São Paulo Amigo do Idoso”


 A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo irá investir R$ 29,6 milhões na implantação de hospitais de retaguarda, quatro polos regionais de referência e um centro-dia de cuidados intensivos voltados à terceira idade.

A iniciativa integra o programa “São Paulo Amigo do Idoso”, que o governo paulista anuncia nesta segunda-feira, 14 de maio. O objetivo é implantar no Estado serviços que sejam modelos de atenção ao idoso, além de incentivar os municípios a promoverem a melhoria da qualidade de vida das pessoas com 60 anos ou mais, adaptando seus serviços para que sejam acessíveis aos idosos com diferentes necessidades.

Um dos principais eixos do programa é a área da saúde. O Laboratório Centro-Dia Idoso (LCDI) será construído no campus da USP Leste. O investimento será de R$ 5 milhões. A unidade deverá prestar assistência para cerca de 300 idosos semidependentes, moradores da zona leste de São Paulo, com limitações físicas e/ou cognitivas, e também dar apoio às famílias.

Além disso, haverá um centro de ensino e pesquisa para formação de recursos humanos especializados. O LCDI contará também com serviços de retaguarda como o Centro Dia Social e Atendimento domiciliar. A previsão é que a unidade seja inaugurada no segundo semestre de 2013. A Secretaria deverá fazer repasses para o custeio do centro, no valor de R$ 2,4 milhões por ano.

Outra iniciativa será a criação de quatro novos Centros de Referência ao Idoso (CRIs), nas regiões de Ribeirão Preto, Campinas, ABC e Baixada Santista.

Os CRIs serão polos regionais de promoção de envelhecimento ativo e centros formadores geriátricos, com especialidades médicas, atividades educacionais, culturais e de lazer. Na capital existem duas unidades estaduais com este perfil em funcionamento: os Centros de Referência do Idoso (CRI) da Zona Norte e o da Zona Leste.

Até o segundo semestre de 2014 as quatro unidades devem ser inauguradas, com um investimento total de R$ 20 milhões para as construções e custeio anual de R$ 57,6 milhões.

A pasta também vai investir R$ 4,6 milhões para a revitalização de seis hospitais localizados no interior do Estado que serão transformados em unidades hospitalares de retaguarda para cuidados integrados a idosos, denominados hospitais de cuidados continuados.

As unidades ainda vão receber, no total, R$ 7,2 milhões para apoio do custeio anual.As unidades a serem adaptadas são hospitais de pequeno porte, com menos de 50 leitos, para esse serviço de apoio. Terão prioridade os contratos administrativos e convênios de cooperação com Santas Casas e hospitais filantrópicos do interior do Estado.

Atualmente, duas unidades da região de Franca, a Santa Casa de Ipuã e a Santa Casa de Pedregulho, já estão em reforma e devem começar a funcionar ainda neste ano. Até o segundo semestre de 2014 outras quatro unidades devem ser revitalizadas nas regiões de Araçatuba, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Marília, regiões com maiores índices de envelhecimento.

A proposta dos hospitais de retaguarda também é oferecer programas de reabilitação para o autocuidado e cuidados paliativos, em apoio aos quadros de fragilidade, síndromes de demências, estados pós-derrames e quedas de idosos, entre outros.

“O idoso precisa ser respeitado e incluído no contexto social de maneira geral. A expectativa de vida subiu e as pessoas com mais de 60 anos estão ativas, precisam de atenção especial e saúde garantida", diz Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde.

Cidade amiga do idoso

Além disso, será realizada uma certificação aos municípios paulistas, de acordo com boas práticas públicas voltadas para idosos, com a criação do selo “Cidade Amiga do Idoso”. O objetivo é promover amplo processo de mobilização regional para promover territórios amigáveis a todas as idades, com foco no envelhecimento.

“Desta maneira, pretendemos incentivar as cidades a promoverem a melhoria da qualidade de vida dos idosos”, explica o secretário

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