Levantamento inédito também aponta que, somente em 2011, mais de 55,4 mil acidentes com trabalhadores foram notificados no Estado
Os dados são da Divisão de Saúde do Trabalhador da Vigilância Sanitária Estadual, com base nas notificações feitas ao Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação). Do total de 55,4 mil acidentes de trabalho notificados no estado em 2011, 464 foram fatais.
Entre os principais tipos de acidentes estão os graves ou fatais em menores de 18, que respondem por 48% das notificações, seguido das intoxicações por causas externas (25,5%) e dos acidentes provocados por material biológico (20,1%). Câncer relacionado ao trabalho, transtorno mental e perda auditiva induzida por ruído também estão entre os acidentes apontados.
Em relação aos óbitos, as principais causas são os acidentes de trânsito, as quedas de edifícios, exposição à corrente elétrica e o impacto causado por objetos lançados, projetados ou em quedas.
Das 1.752 mortes notificadas no Estado desde 2006, 1.274 foram trabalhadores entre 20 e 49 anos. Desse total, 1.649 eram homens e 103 mulheres.
“Os acidentes de trabalho podem ser evitados se houver controle dos ambientes e das condições oferecidas ao trabalhador. Por isso, a investigação dos acidentes tem como principio prevenir que outros, iguais ou semelhantes, se repitam”, diz Simone Alves dos Santos, diretora Técnica da Divisão de Saúde do Trabalhador da Vigilância Sanitária Estadual.
Todos os casos de acidentes de trabalho, classificados como de notificação compulsória, devem ser comunicados aos gestores municipais de saúde, por meio de uma ficha de investigação do Sinan, que deverá ser preenchida por um profissional de saúde do serviço de atendimento, com o diagnóstico clínico. A notificação também deve ser comunicada à Previdência Social, por meio da abertura de Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT).
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário