Engolir a espinha pode causar a perfuração do esôfago, provocando falta de ar, dor torácica e febre
Com a Semana Santa, há um aumento significativo do consumo de peixes. E, com isso, aumenta também os riscos da ingestão acidental de espinha de peixe. O alerta é do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, unidade da rede pública estadual e maior complexo hospitalar da América Latina, que registra aumento de cerca de 40% no número de casos nesta época do ano.
O esôfago é o órgão mais acometido e há riscos de ocorrerem complicações graves, dependendo do tamanho e do formato da espinha. Os sintomas são salivação excessiva, dificuldades para engolir, dor e desconforto. Segundo o endoscopista Dalton Chaves, do Serviço de Endoscopia, a não valorização do quadro pode levar à morte, dependendo da gravidade.
A espinha de peixe pode perfurar o esôfago se não diagnosticada e removida com certa urgência. Quando ocorre a perfuração, o paciente pode ter falta de ar, dor torácica e febre. A remoção é realizada por via endoscópica. A conduta cirúrgica é necessária em menos de 1% dos casos.
“Se a espinha ultrapassar o esôfago, há grande possibilidade de ser eliminada nas fezes. Entretanto, dependendo do tamanho, ela pode parar em algum ponto do trato digestivo e provocar a perfuração de outros órgãos”, afirma Chaves.
A confirmação do diagnóstico é feita pelo histórico clínico do paciente, exame radiológico e ou exame de endoscopia digestiva, que permite também a remoção do corpo estranho.
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