Testes em 15 animais, realizados pelo Instituto Butantan, foram considerados um sucesso; vírus infecta 70% do rebanho e pode levar animais à morte
Testes da vacina contra Papilomatose Bovina, causada pelo BPV, vírus da mesma família do Papilomavirus Humano (HPV), realizados pelo Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde, apresentaram resultados surpreendentes, comprovando a eficácia do produto.
Animais que receberam a vacina foram mantidos em campo durante um período de 300 dias em observação, e apresentaram resposta imunológica significativa, quando comparados ao grupo de controle. Durante 300 dias, 15 animais foram isolados e receberam uma dose da vacina. Os estudos permitiram ampliar os conhecimentos sobre o ciclo viral e as formas de transmissão.
O desenvolvimento da vacina contra o “HPV” bovino visa proporcionar um incremento na qualidade da criação de gado leiteiro, constantemente prejudicada pelo surgimento de feridas no úbere, o que impossibilita a ordenha. Além disso, a doença também provoca o aparecimento de verrugas, fator que diminui a qualidade do couro, favorece a manifestação de câncer no esôfago ou bexiga e pode causar grande perda financeira aos produtores. O BPV infecta cerca de 70% do rebanho, podendo levar os animais à morte.
Os pesquisadores trabalham em uma vacina de duplo caráter, que seja capaz não apenas de imunizar os animais sadios, como tratar aqueles já atingidos pelas doenças ligadas ao vírus.
“A vacina já apresentou eficácia nos testes, representando um avanço significativo no tratamento de uma doença pouco compreendida pelos criadores, mas que é extremamente prejudicial para o rebanho”, relata Rita de Cássia Stocco, diretora do Laboratório de Genética do Instituto Butantan.
A próxima e última etapa compreenderá testes de durabilidade da vacina.
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