terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Cardíacos desconhecem gorduras que fazem bem à saúde

Estudo realizado no hospital estadual Dante Pazzanese também aponta que 67% dos pacientes em tratamento não possuem o hábito de ler o rótulo dos alimentos

Levantamento realizado no hospital estadual Dante Pazzanese, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo referência em cardiologia, aponta que a maioria dos pacientes cardíacos não conhece os tipos de gorduras que fazem bem à saúde. O estudo, feito com 600 pacientes em tratamento na instituição, também revela que 67% não têm como hábito ler os rótulos dos alimentos.

Entre os tipos de gorduras que fazem mal à saúde, a trans e a saturada são as mais conhecidas, sendo consideradas ruins por 81,5% dos entrevistados. Já entre os tipos que fazem bem, 55% dos pacientes desconsideraram a gordura insaturada que, pelo contrário, é indicada para a boa saúde do coração.

Outro equívoco muito comum é em relação aos alimentos fontes de gordura. Assim como a bolacha recheada e a manteiga, que foram apontadas corretamente como alimentos menos saudáveis, a maionese também foi tida como um alimento rico em colesterol e gorduras ruins pela maioria dos entrevistados, o que não é verdade.

“A maionese possui um perfil nutricional bom porque é fonte de gorduras poli-insaturadas, não contém gordura trans e oferece baixo teor de colesterol”, explica Daniel Magnoni, médico da Divisão de Nutrição Clínica do Dante Pazzanese e coordenador da pesquisa.

Além da maionese, outro alimento apontado erroneamente por 65,5% dos pacientes como fonte de colesterol e por 60% com excesso de gordura ruins foi o Ketchup, que por ser produzido a partir de tomates, não possui gorduras.

“Através dessa pesquisa, foi possível perceber que a maioria dos pacientes que precisam de uma alimentação adequada porque tratam problemas de saúde, como pressão alta, diabetes, obesidade e colesterol elevado, não sabe quais são os tipos de gorduras mais saudáveis nem os alimentos que possuem um perfil nutricional mais adequado. Com isso, percebemos algumas contradições no cruzamento dos dados e verificamos pontos importantes que precisam ser reforçados junto à população”, ressalta Magnoni.

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