Estudo da Secretaria em centro estadual de referência na capital avaliou 631 pacientes
Estudo da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo realizado no Centro de Referência (CRT) em DST/Aids, na capital paulista, demonstra que as mulheres em tratamento de HIV/Aids tem maiores chances de desenvolver câncer de colo de útero em decorrência do HPV.
Foram avaliadas 631 pacientes em tratamento antirretroviral que passaram por consulta no ambulatório de ginecologia do CRT DST/Aids-SP. Desse total, 44% tiverem diagnóstico prévio de HPV e 10% apresentaram lesões intraepiteliais de alto grau para câncer de colo uterino.
Segundo o médico Valdir Monteiro Pinto, pesquisador do CRT DST/Aids-SP e responsável pelo estudo, as pacientes soropositivas apresentam maior suscetibilidade para câncer cervical invasivo se comparadas a mulheres não infectadas pelo vírus."Estes dados indicam a importância de uma rotina para monitorar estas mulheres, com a realização do exame de papanicolau pelo menos uma vez ao ano", observa o especialista.
"Mulheres que receberam o diagnóstico de aids com mais de 40 anos e viviam com HIV/aids há mais de 8 anos e apresentaram contagem de CD4 menor que 350 cel/mm, ou seja, queda da imunidade, tiveram maior risco de desenvolver lesões intraepiteliais de alto grau", completa.
Entre as mulheres que participaram do estudo, 34% tiveram a primeira relação sexual com idade inferior a 16 anos, 61% tiveram menos que cinco parceiros durante a vida, 43% estão vivendo com HIV/Aids por mais de nove anos e 47% reportaram já terem tido doença sexualmente transmissível.
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