Dermatologista lembra que a transmissão da herpes é mais frequente quando a boca apresenta feridas e bolhas.
É chegada à festa mais aguardada pelos brasileiros, o Carnaval. Na semana, em que muitos aproveitam o contexto para deixar a inibição de lado, especialistas do Hospital das Clínicas da FMUSP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, pedem também um pouco de atenção dos foliões, pois o número de doenças contagiosas, como a herpes, aumenta consideravelmente durante este período.
Cerca de 60% da população mundial têm herpes, mas nem todos manifestam algum tipo de sintoma. De acordo com o dermatologista do HC, Marcello Menta Simonsen Nico, além da ocorrência de febre, as presenças de bolhas e feridas na boca são os indícios mais comuns da doença. “Também é nesse estágio que a transmissão do vírus é maior. O contato físico, com beijos e saliva, é muito mais perigoso”, adverte.
Apesar de menos comum, porém, foi descoberto recentemente que não é necessário estar com as feridas na boca para transmitir o vírus, o que dificulta ainda mais a prevenção. “Isso pode acontecer a qualquer momento do contato direto. O ideal é evitar o contato até as feridas secarem e as últimas casquinhas caírem”, reforça o especialista.
Mesmo não sendo uma doença grave, a herpes não tem cura. “Quem tem a primeira vez, que tende ser a aparição mais grave e dolorida, vai manter o vírus incubado no corpo para sempre”, observa Marcelo Menta. Segundo ele, pode ser que o vírus de tempos em tempos se manifeste, principalmente quando a pessoa estiver sob estresse, com baixa imunidade, diarréias, queimaduras solares, ou até mesmo no período de TPM. “Mas também é possível que nenhuma ferida volte a aparecer, pois vai depender do organismo”, finaliza.
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