sexta-feira, 28 de setembro de 2012

SP libera R$ 453 milhões em investimentos para modernizar hospitais universitários

Recursos serão destinados à compra de equipamentos, obras, reformas e ampliações; maior complexo hospitalar da América Latina, HC-FMUSP terá R$ 137,7 milhões para reformas e ampliações

O governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado de Saúde, autoriza nesta sexta-feira, 28 de setembro, a liberação de R$ 452,8 milhões extras em investimentos em programa estadual inédito de modernização dos hospitais universitários do Estado.

Oito hospitais, que são referência em atendimento de alta complexidade, serão beneficiados. Só o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, maior complexo hospitalar da América Latina, terá R$ 137,7 milhões para obras de reforma, modernização e ampliações.

Entre as obras a serem realizadas está a construção de um novo hospital em Suzano, a implantação de um centro de diagnóstico e a reforma do Hospital Auxiliar de Suzano (HAS), ligado ao HC-FMUSP, na região do Alto Tietê. O novo hospital, que integrará o complexo do HAS, também atenderá pacientes da região e contará com 121 novos leitos.

O novo hospital será construído em uma área de 5,2 mil m², e o prazo inicial de duração das obras é de 18 meses. O investimento estimado é de R$ 15 milhões. Haverá 12 leitos de hospital-dia, 10 leitos para terapia semi-intensiva e três leitos pós-cirúrgico. Metade dos novos leitos será utilizada para o atendimento da população da região,e os demais darão retaguarda aos pacientes do próprio HC da capital.

A nova unidade contará com clínica geral, cirúrgica, neurologia, ortopedia e pediatria. O complexo do Hospital Auxiliar de Suzano ganhará, ainda, um novo Serviço de Apoio Diagnóstico e Terapêutico, que será provido com equipamentos de ponta, como ressonância nuclear magnética, tomografia, mamografia, raio-x e ecocardiograma, entre outros aparelhos para o diagnóstico de doenças.

 Também será realizada a reforma do HAS, o que possibilitará um maior conforto para os pacientes, médicos e funcionários, além da reabertura de 30 leitos na unidade. Atualmente o Hospital Auxiliar de Suzano conta com 120 leitos. Para esta reforma e para a construção do centro de diagnóstico, o governo do Estado irá investir R$ 8 milhões.

Outro grande investimento previsto pelo Projeto de Modernização é o da construção do Bloco III do Incor. A Secretaria irá investir R$ 37,5 milhões nessa obra. Serão seis andares, em uma área total de 6,7 mil m², com impacto não apenas no atendimento dos pacientes, como no ensino e no desenvolvimento das pesquisas que são feitas no Incor.

O novo bloco do Incor permitirá a atualização tecnológica da unidade e aumento da estrutura da Unidade Clínica de Emergência, Central de Material Esterilizado, Unidade de Internação do Serviço de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, Hospital-Dia e Central de Endoscopia Digestiva e Respiratória, além de tornar ainda melhor a qualidade da assistência, do acolhimento aos pacientes e de seus acompanhantes e das condições de trabalho dos médicos e demais membros da equipe que atuam na instituição.

Já as novas instalações da Unidade Clínica de Emergência terão salas de exames de ecocardiograma, ultrassom e raio-X no próprio serviço, além de acesso mais rápido, por meio de elevador, às áreas de diagnóstico de maior complexidade – hemodinâmica, tomografia, ressonância, angiografia – nos centro cirúrgico e nas unidades de internação.

Entre os outros importantes investimentos que serão feitos no HC com os recursos do programa, vale destacar a construção do 11º andar do Instituto Central para implantação do Centro de Terapia Intensiva, com 75 leitos (R$ 36 milhões); reforma e ampliação do Instituto de Radiologia (R$ 17 milhões); construção do prédio do Atendimento Médico e Social ao Serviço (R$ 12,9 milhões); reforma do 9º andar para a construção da Unidade Assistencial para Obesos; obras de melhoria no Prédio dos Ambulatórios (R$ 9,4 milhões); e reforma do nono andar do Instituto Central (R$ 1,9 milhão).

Hospital São Paulo: ampliações, readequações e modernização
Até 2014, o Hospital São Paulo, administrado pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), na zona sul da capital paulista, receberá investimentos de R$ 77,3 milhões do governo do Estado, para a reformas, melhorias, readequação e ampliação de diversos setores. Já neste ano serão repassados R$ 6 milhões.

Pelo menos R$ 20 milhões serão destinados à reforma do pronto-socorro, com ampliação da área útil, o que garantirá melhoria no atendimento aos pacientes. Já para a UTI serão destinados R$ 12,8 milhões em readequações, garantindo a otimização dos espaços, além de acessibilidade ao ensino e pesquisa. Outra área a ser readequada é o Laboratório Central, visando à melhoria da qualidade dos serviços, além de permitir a implantação de novas técnicas laboratoriais.

Outros R$ 13 milhões serão destinados à readequação do setor de radioterapia e do acesso principal. Também o setor de cirurgia endovascular e hemodinâmica passará por readequações, visando a utilização de novas tecnologias.

A um custo de R$ 5 milhões, será realizada a modernização dos elevadores, proporcionando maior conforto e segurança aos pacientes e colaboradores, além de garantir plenamente o atendimento às normas legais de acessibilidade. Já para a modernização dos serviços de diagnósticos serão destinados R$ 13 milhões.

Passarão por reformas, ainda, a Central de Material Esterilizado (CME), com modernização e adequação da infraestrutura e melhoria nas condições de trabalho e de atendimento assistencial, o Centro Obstétrico, com reorganização dos espaços e fluxos e controle de acesso, garantido a segurança e reduzindo significativamente a incidência de infecções hospitalares, além do Serviço de Nutrição e Dietética e a Lavanderia.

Expansão no complexo do HC-Ribeirão Preto
A Secretaria vai destinar R$ 68,3 milhões extras para investimentos no complexo do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, além de beneficiar a Mater e a conclusão do HC Criança e do Hospital Estadual de Serrana, todos vinculados à pasta.

A maior parte dos investimentos, R$ 40 milhões, será destinada ao HC Criança, que, com o projeto reformulado prevê um aumento de 140 para 231 leitos. A unidade será o primeiro hospital da região com foco 100% no atendimento do público infantil e representará um passo significativo na humanização do atendimento pediátrico, centralizando todas as especialidades pediátricas em um único prédio.

O Hospital Estadual de Serrana também deve ser finalizado com um investimento de R$ 8 milhões para obras. A nova unidade funcionará como um hospital de retaguarda para o HC de Ribeirão e terá 91 leitos e duas salas de cirurgia.

A Mater (Centro de Referência da Saúde da Mulher de Ribeirão Preto) receberá R$ 6,3 milhões para reformas, adequações e climatização tanto em seu prédio principal quanto no anexo, onde funciona seu ambulatório médico. A unidade atende 2,2 mil mulheres por mês, em média.

Já o HC terá reforma e adaptação da unidade coronariana, com ampliação de cinco para 15 no número de leitos. O CTI (Centro de Tratamento Intensivo) do hospital também passará por reforma e ampliação de sua capacidade, de nove para 40 leitos. Além disso, serão reformados e ampliados o ambulatório de otorrinolaringologia e fonoaudiologia, Centro de Reabilitação e a unidade de tratamento de doenças infecciosas, cujo número de leitos passará de 22 para 40. O investimento no hospital será de R$ 14 milhões.

HB de Rio Preto: ampliação e reforma
Já para modernização do Hospital de Base de São José do Rio Preto, unidade prestadora do SUS e administrada pela Funfarme, a pasta irá liberar um total de R$ 36,2 milhões em investimentos.

Do total de recursos extras, R$ 20 milhões serão destinados à compra de equipamentos para o complexo do HB. O montante restante, será destinado a obras, reformas e ampliações. Serão adquiridos novos e modernos aparelhos como ressonância magnética, tomografia computadorizada, raios-X digital, ultrassom e cardioversores.

Na UTI serão implantados 22 novos leitos, totalizando 123, além da adequação dos 101 já existentes. O HB irá adquirir, para este setor, ventiladores pulmonares, suportes de instalações de gases medicinais, camas elétricas especiais e centrais de monitorização de pacientes, entre outros equipamentos.

Também haverá a ampliação, reformulação e ampla modernização do centro cirúrgico, expandindo a capacidade de cirurgias de 2,2 mil para 3,5 mil por mês. No total, serão 27 salas. Serão comprados, entre outros itens, raques para videocirurgia com ópticas especiais, aparelhos de anestesia, mesas cirúrgicas e focos cirúrgicos com tecnologia LED.

O setor de emergência será ampliado e adequado, possibilitando, desta forma, aumentar em 20% o atendimento aos pacientes. Atualmente passam pela emergência do HB cerca de 5.000 pacientes por mês.

Está prevista, ainda, a construção e compra de equipamentos para a implantação de um Centro de Diagnósticos por Imagem, que possibilitará um incremento de 70% no número de exames realizados pelo hospital, dos atuais 23 mil para 40 mil mensais. A previsão é que o novo centro, situado em uma área de 7,5 mil m², seja entregue em dois anos.

HC de Botucatu ganha Ambulatório de Especialidades
Para o Hospital das Clínicas de Botucatu, unidade ligada à Secretaria e à Unesp (Universidade Estadual Paulista) e prestadora do SUS, serão destinados R$ 49,1 milhões para obras, reformas e melhorias do hospital, com previsão de conclusão até o final de 2014.

A principal obra, a um custo de R$ 40 milhões, será de um grande Ambulatório de Especialidades, com 13,4 mil m². Para isso, será disponibilizada infraestrutura para, na mesma área física do hospital, implantar consultórios, exames e procedimentos, aumentando, assim, sua capacidade de atendimento.

Dentre as obras de reforma e adequação, destaca-se as da UTI neonatal, com aumento no número de leitos. Ainda passarão por reforma de adequação e ampliação o Centro Obstetrício e o Centro de Infertilidade e a Enfermaria Vascular. No centro cirúrgico serão realizadas obras de melhoria dos telhados e do pavimento.

HC de Marília: melhores condições a pacientes e colaboradores
Até 2014, a Secretaria investirá outros R$ 59,2 milhões para obras e reformas de melhoria no Hospital das Clínicas de Marília, unidade ligada Famema (Faculdade de Medicina de Marília) e prestadora do SUS. Desse total, R$ 14 milhões serão liberados ainda neste ano.

Do total dos investimentos, R$ 25 milhões serão destinados para a reforma de melhorias do HC-1, uma área de 10 mil m² que compreende o centro cirúrgico, a UTI e áreas de apoio. Os recursos também serão utilizados para melhorias assistenciais no setor de internações. A previsão de conclusão é de 12 meses a partir do início das obras.

As obras também devem contemplar a reforma da Ala B, garantindo melhoria no atendimento e acolhimento de pacientes que necessitem de internação, além da criação de novos 20 leitos e a ampliação da Ala C, com melhoria no atendimento assistencial relativo à radioimagem e emergência.

Também estão contempladas a construção de uma Casamata, permitindo a expansão da oferta de serviços em radioterapia e possibilitando a duplicação da oferta atual.

Na Santa Casa de São Paulo, um novo Centro de Estudos Científicos
Em julho deste ano, a Secretaria já havia liberado, dentro do Programade Modernização dos Hospitais Universitários, R$ 5 milhões para a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Os recursos foram destinados para a reforma da enfermaria dos departamentos de cirurgia e clínica médica e o espaço que tem 215 leitos de isolamento e de enfermaria para adultos nos departamentos cirúrgicos e clínicos, que deve ganhar 29 novos leitos, passando a contar com 244 leitos, um aumento de 13,5% do total.

Também será reformado um espaço de 1.316 m², incluindo o mezanino, que será ocupado por um Centro de Estudos Científicos, anfiteatros e áreas administrativas.

Em Taubaté, integração entre HU e Hospital Regional dobrará oferta de leitos
Para o Hospital Universitário de Taubaté serão investidos R$ 20 milhões destinados à modernização, recuperação e compra de equipamentos.

A unidade encontra-se em fase de integração ao Hospital Regional do Vale do Paraíba e será uma referência regional para a assistência ambulatorial e de casos clínicos aos 39 municípios da região.

Os investimentos possibilitarão a ampliação gradativa da oferta de leitos em 49,6%, passando dos atuais 147 para 220. De imediato serão ativados 40 novos leitos de clínica médica. Também estão previstos novos leitos de terapia intensiva adulto e pediátrica, além de vagas de cuidados intermediários para recém-nascidos e leitos psiquiátricos para atendimento a dependentes em álcool e drogas.

Este incremento no número de leitos será possível devido à readequação dos serviços realizados no HU. Todos os procedimentos cirúrgicos, exceto os casos de obstetrícia e ginecologia, passarão a ser realizados no Hospital Regional.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

SP premia hospitais e equipes que incentivaram doações e transplantes de órgãos

Prêmio ‘Destaque em Transplantes’, espécie de ‘Oscar’ da categoria, homenageia 14 instituições de saúde e dois Serviços de Procura de Órgãos e Tecidos

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo decidiu premiar os hospitais e equipes que mais contribuíram, neste ano, para o incentivo da doação de órgãos, bem como as que se destacaram na realização de transplantes. A homenagem aconteceu na manhã desta quinta-feira, 27 de setembro, Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, na capital paulista.

As instituições foram premiadas pelos resultados obtidos entre os meses de janeiro e agosto de 2012. Todas as unidades recordistas em número de transplantes ou notificação de doadores receberam uma placa estilizada da Secretaria.

“Hoje o Estado de São Paulo tem um serviço de transplantes que é referência nacional e internacional e o prêmio vem incentivar os profissionais e os hospitais a manterem a qualidade e aperfeiçoarem cada dia mais este trabalho”, disse o secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri.

Dentre os hospitais que mais realizaram transplantes, Hospital Israelita Albert Einstein se destacou nas cirurgias de fígado, com 105 procedimentos realizados de janeiro a agosto. No interior, o destaque ficou para o Hospital das Clínicas da Unicamp, que realizou 27 transplantes no período.

No caso dos transplantes de coração, o Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da capital foi a unidade de maior destaque na região da Grande São Paulo, com 23 procedimentos realizados nos oito primeiros meses deste ano. No interior, o Hospital das Clínicas da Unicamp foi a principal unidade, com nove procedimentos feitos no período. Dentre os transplantes isolado de pâncreas, o Hospital Bandeirantes se destacou na capital com nove procedimentos na Grande São Paulo. Já no caso de pâncreas e rins (transplante simultâneo), o Hospital do Rim e Hipertensão, da Escola Paulista de Medicina, liderou o número de procedimentos, com 19 cirurgias. No interior, o Hospital das Clínicas de Botucatu foi o que mais realizou transplantes de pâncreas e rins: quatro ao todo.

No caso dos transplantes isolados de rim, o Hospital do Rim e Hipertensão, da Escola Paulista de Medicina também venceu, com 431 procedimentos. O Hospital das Clínicas da Unicamp foi o vencedor em número absoluto de transplantes de rins no interior, com 59 registros. Dentre os transplantes de pulmão, o Hospital das Clínicas da FMUSP liderou na capital, com 18 procedimentos.

Sobre os dados de transplantes de córnea, na Grande São Paulo, o Hospital de Olhos Paulista alcançou o maior número de pacientes, com 150 procedimentos. No interior, o Hospital Oftalmológico de Sorocaba foi o grande destaque, com 1.502 transplantes.

Notificações
O Hospital das Clínicas da FMUSP foi a unidade que mais realizou notificações de doadores em potencial na Grande São Paulo. A unidade fez 60 notificações de janeiro a agosto. No interior, o Hospital de Base de São José do Rio Preto foi o que mais notificou: 44 doadores.

Em relação ao trabalho dos Spots (Serviços de Procura de Órgãos e Tecidos), o do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP teve o melhor desempenho, viabilizando 38,1% de doadores em sua região de abrangência. No interior, o SPOT do HC de Botucatu bateu o recorde de viabilização de doadores, com índice de 44,3%.

Segundo os dados da Central de Transplantes, de 1º de janeiro a 19 de setembro houve 5.662 transplantes de órgãos e tecidos no Estado de São Paulo. O número é similar ao mesmo período de 2011, quando foram registrados 5.655 procedimentos.

Até o momento, desde janeiro, foram registrados 571 doadores de órgãos no Estado de São Paulo, contra 570 no mesmo período do ano passado.

Neste ano, até 19 de setembro, foram realizados 60 transplantes de coração, 44 de pulmão, 380 de fígado, 1.026 de rim, 60 de pâncreas e 4.092 de córnea.

 Nível internacional
O Estado de São Paulo atingiu, em 2011, a taxa média de 20,5 doadores de órgãos por milhão de população. Trata-se de um dos melhores índices Brasil, similar, inclusive, ao de países de primeiro mundo, como a França (23,8) e Itália (21,6).

Na Região Metropolitana da Grande São Paulo, a taxa média é de 29 doadores por milhão de população, próximo à taxa da Espanha, modelo de sistema de transplantes para o mundo.

Este patamar foi alcançado gradativamente em especial graças ao trabalho dos 10 Serviços de Procura de Órgãos e Tecidos (SPOT) espalhados por todo o Estado, sendo quatro deles na capital. São estes serviços os responsáveis não apenas por todo o processo de captação de órgãos e tecidos, mas pela abordagem da família que, ao perder um parente, pode decidir sobre salvar até outras sete vidas.

Cerca de 25% dos pacientes em lista de espera para transplantes no Estado de São Paulo são residentes de outros estados brasileiros, especialmente Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Campanha
Em celebração ao Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, comemorado em 27 de setembro, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em parceria com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), promove uma série de ações durante o mês setembro, na capital e no interior, como forma de chamar a atenção da população para a importância da doação de órgãos e tecidos.

Este ano, a campanha conta apresentações aéreas da esquadrilha da fumaça no Campo de Marte, caminhadas e ações educativas em hospitais, escolas e locais destinados a lazer, como praças e parques, entre outras iniciativas.

O principal objetivo da campanha é passar orientações sobre o que é a doação de órgãos e qual a seriedade desse procedimento por meios dessas atividades, mas, principalmente, conscientizar a população de diferentes faixas etárias sobre a importância de tornar pública a sua posição favorável a respeito da doação de órgãos.

“É importante que a população entenda que a doação de órgãos pode ajudar a salvar outras vidas. Por isso, a recomendação para quem deseja ser doador de órgãos, é deixar esta intenção bem clara aos familiares, pois somente a família pode autorizar ou não a retirada de órgãos para transplante no caso de morte encefálica”, diz Agenor Spallini Ferraz, responsável pela Central de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde.

Desfile de primavera reúne pacientes com câncer nesta sexta-feira

Mulheres em tratamento no hospital estadual Pérola Byington irão desfilar na Universidade Anhembi Morumbi a partir das 14h30; alunos customizaram as roupas das próprias pacientes

Pacientes em tratamento contra o câncer do hospital estadual Pérola Byington, unidade da Secretaria de Estado da Saúde referência em saúde da mulher, na capital paulista, participam nesta sexta-feira, 28 de setembro, às 14h30, de um desfile de primavera, no qual serão as protagonistas.

O evento reunirá 21 pacientes diagnosticadas com câncer de mama ou ginecológico, tratadas na unidade estadual. O tema deste ano é “Jogo de Damas” e o look das "modelos" foi feito com peças das próprias pacientes, customizadas pelos alunos da Escola de Moda da Universidade Anhembi Morumbi.

As pacientes esperam ansiosamente pelo desfile, que reúne beleza, autoestima e luta pela vida. Embora não haja comprovação científica, a diretora técnica do departamento de saúde do Pérola Byington, Faride Amar Cohen, afirma que a autoestima elevada aumenta a imunidade e, consequentemente, a adesão continua e correta ao tratamento.

“Pacientes com câncer não precisam ser vistas como pessoas essencialmente doentes. Elas continuam inseridas na sociedade. E esse desfile ajuda essencialmente nesta questão, além de ajudar a amenizar o preconceito que algumas dessas pacientes enfrentam”, afirma a médica.

O evento contará com a presença de familiares e amigos das pacientes, profissionais do hospital e da faculdade, além de colaboradores e é aberto ao público. O desfile será no teatro do campus Centro da Universidade Anhembi Morumbi, que fica na rua Dr. Almeida Lima, 1.176, Mooca, zona leste da capital.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Centro de referência para idosos promove campanha de prevenção de riscos cardiovasculares

Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia, na zona leste, atenderá cerca de 700 pessoas até a próxima sexta-feira

Até a próxima sexta-feira, 28 de setembro, o Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia, unidade da Secretaria de Estado da Saúde conhecida como Centro de Referência do Idoso da Zona Leste, promove uma campanha de prevenção de riscos cardiovasculares na terceira idade.

Em parceria com a Sociedade Brasileira de Cardiologia do Estado de São Paulo, o serviço estadual atenderá cerca de 700 idosos participantes das atividades do Centro de Convivência da unidade, em especial os frequentadores do “bailão” promovido todas as sextas-feiras.

A ação contará com um grupo interdisciplinar, formado por médicos, profissionais de educação física, enfermeiros, dentistas e nutricionistas, entre outros profissionais.

Os idosos serão submetidos a entrevistas, testes e exames laboratoriais, para verificar pressão arterial, níveis de glicose, colesterol e triglicerídeos, além de outros fatores de risco, como o tabagismo.

Além disso, os idosos também participarão de ações educativas e receberão recomendações adequadas conforme os riscos encontrados durante a avaliação. Os participantes que apresentarem alto risco de desenvolvimento de doença cardiovascular serão encaminhados para acompanhamento médico especializado.

“Essa campanha tem a finalidade de identificar idosos com fatores de risco cardiovasculares, oferecer intervenções preventivas, realizar o encaminhamento terapêutico necessário e promover a conscientização da importância da prevenção das doenças”, afirma Paulo Sérgio Pelegrino, diretor centro de referência.

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo, acometendo homens e mulheres. Segundo a Organização Mundial de Saúde, até 2015, cerca de 20 milhões de pessoas podem morrer por doenças coronarianas ou por acidente vascular cerebral.

“Uma dieta inadequada, o sedentarismo, o tabagismo, níveis de glicose e colesterol elevados, associados ao sobrepeso e à obesidade aumentam significativamente a chance de ocorrência de cardiopatia coronária e acidente cerebrovascular”, finaliza Pelegrino.

O CRI Leste fica na Praça Aleixo Monteiro Mafra (antiga praça do Forró), 34 – São Miguel Paulista.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Hospital das Clínicas orienta sobre reposição hormonal na menopausa

15% da população feminina atendida no Ambulatório de Ginecologia Endócrina e Climatério sofrem com queda de produção hormonal

Levantamento do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, aponta que 15% da população feminina atendida no Ambulatório de Ginecologia Endócrina e Climatério sofrem com a queda de produção hormonal após a menopausa.

 Suor em excesso, ondas de calor, insônia, irritabilidade, baixa autoestima, diminuição da lubrificação vaginal e irregularidades no ciclo menstrual são os principais sintomas de que a menopausa chegou. Os sintomas atingem cerca de 40% das mulheres nesse período.

A queda brusca na produção dos hormônios é a responsável por essas manifestações, em geral, depois dos 40 anos de idade. Segundo Vicente Renato Bagnoli, ginecologista do HC-FMUSP, a mulher deve procurar o médico nos primeiros sinais de alteração no organismo para minimizar os efeitos da menopausa.

Nessa fase, o desconforto pode atrapalhar a qualidade de vida, acelerar o envelhecimento precoce e aumentar os riscos cardiovasculares. Para combater os efeitos, o tratamento mais indicado é a terapia de reposição hormonal. Além de melhorá-los, a reposição também combate a osteoporose.

No Ambulatório de Ginecologia Endócrina e Climatério do Hospital das Clínicas são atendidas 200 mulheres por mês, das quais cerca de 30 necessitam do tratamento. No entanto, alerta o médico, é fundamental que o ginecologista avalie os riscos e os benefícios da terapia de reposição hormonal antes da sua prescrição.

“Não existe uma fórmula única. Cada mulher deve ser medicada de acordo com o seu quadro clínico. A reposição hormonal segura e bem feita neutraliza os riscos à saúde da paciente”, adianta Bagnoli.

Para as pacientes cujos efeitos da menopausa não são tão intensos, há outras opções de tratamentos que ajudam a reduzir os sintomas. A recomendação do ginecologista para o sucesso no tratamento é “buscar um acompanhamento clínico e uma dieta alimentar adequada, além de atividades física e sociocultural”.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

SP ganha laboratório de investigação molecular em cardiologia

Espaço conta com sistema de sequenciamento genético de doenças cardíacas; Dante Pazzanese também terá laboratório de Doença de Chagas e novo ambulatório que amplia em 30% investigação diagnóstica de doenças coronarianas

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo entregou nesta sexta-feira, 21 de setembro, dois novos laboratórios de ciências básicas e o novo Ambulatório de Angioplastia Coronária do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, novos espaços dedicados ao atendimento e ao aperfeiçoamento do tratamento médico. O investimento foi de aproximadamente R$ 2 milhões.

Localizado num espaço totalmente reformado de 180m2, os dois laboratórios de Ciências Básicas, compostos pelos laboratórios de Investigação Molecular em Cardiologia e o de Doenças de Chagas, são áreas dedicadas à pesquisa científica para o avanço do tratamento de doenças cardíacas.

No Laboratório de Investigação Molecular em Cardiologia, por exemplo, há 20 projetos de pesquisas que envolvem a criação de um banco de DNA, estudos de mutação associados a distúrbios cardiovasculares, diagnóstico precoce de doença crônico-degenerativas de origem genética, resistência ao tratamento farmacológico, entre outros.

Para as produções das pesquisas científicas, entre os aparelhos adquiridos pelo Dante Pazzanese estão dois equipamentos importados, dos quais um pirosequenciador e um sistema de sequenciamento, ambos utilizados nos estudos que envolvem o sequenciamento genético de doenças cardíacas.

Já o Laboratório de Doenças de Chagas mantém cerca de 60 cristalizadores, que são os recipientes dedicados ao cultivo do inseto Barbeiro, utilizados para o desenvolvimento de pesquisas, em conjunto com o Instituto Adolfo Lutz, sobre marcadores sorológicos que facilitarão no avanço do diagnóstico da doença.

O Ambulatório de Angioplastia Coronária ampliará em até 33% o atendimento e o acompanhamento de pacientes cardiopatas com necessidade de investigação diagnóstica.

Distribuído em um espaço de 1.000m2 e composto por uma recepção, 20 consultórios médicos, mini-auditório, sala de reunião e sala de análise de exames, o novo ambulatório realizará uma média de 2.000 atendimentos mensais, 500 a mais antes da configuração do novo espaço.

Além disso, o novo ambulatório proporcionará maior integração para realização de análises dos exames de angiografia (utilizado na avaliação do grau de obstrução dos vasos coronarianos), ultrassom (realizações de imagens em preto e branco para avaliação do grau de obstrução e das placas existentes em vasos coronarianos) e histologia virtual (produção de imagens coloridas, que aprofunda o diagnóstico dos componentes de uma placa coronariana), todos já realizados pelo hospital.

“Com essas novas alas, o Dante Pazzanese avança ainda mais na assistência e na produção científica destinada aos tratamentos cardiológicos”, afirma o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, Giovanni Guido Cerri.

Instituto do Câncer promove serenata de Primavera para 2 mil pacientes

Apresentação será realizada em todas as recepções do prédio de 28 andares do maior centro oncológico da América Latina

Pacientes em tratamento no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, participam de um evento especial na próxima segunda-feira, dia 24 de setembro. A partir das 9h, uma apresentação de serenata será oferecida para todos os que estão em tratamento na unidade.

O Icesp, em parceria com o grupo Seresteiros de Diadema, vai realizar uma apresentação com canções cuidadosamente selecionadas, a partir de um repertório de músicas populares consagradas, mobilizando mais de 2 mil pacientes.

A apresentação será realizada em todas as recepções do prédio de 28 andares do Icesp, voltada especialmente aos pacientes e acompanhantes que aguardam por consultas, para se submeter a exames ou para a realização de tratamentos de quimioterapia e radioterapia, além das áreas de internação. O principal objetivo da iniciativa é contribuir para tornar o tratamento contra o câncer mais ameno.

Os músicos deverão se apresentar no Icesp trimestralmente, na virada de cada estação.Nessas oportunidades serão cantadas músicas que retratem a estação vigente.

“A ideia é que o grupo entoe canções que retratem o espírito de cada estação, no caso da primavera, as músicas remeterão ao processo de renascimento e despertar para um novo ciclo”, afirma Marcelo Cândido, supervisor da Hospitalidade do Icesp.

O Icesp fica na avenida Doutor Arnaldo, 251, Cerqueira César, zona Oeste da capital paulista.

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mulheres com câncer de mama vivem 'dia de modelo' nesta sexta-feira

Participantes receberão maquiagem especial e terão sessão de fotos no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da USP, promove nesta sexta-feira, 21 de setembro, a partir das 14h, um “dia de modelo” para cerca de 60 mulheres em tratamento de câncer de mama na instituição.

Entre as ações programadas, está uma produção de beleza, com maquiagem, distribuição de perucas coloridas, figurino para composição de looks variados e uma sessão de fotografias, que serão entregues às participantes. Além disso, haverá palestra sobre a doença e distribuição de guias explicativos.

Durante o tratamento contra o câncer, muitas mulheres sofrem com mudanças físicas, como a queda do cabelo. Segundo a coordenadora do Centro Integrado de Humanização do Icesp, Maria Helena Sponton, enquanto enfrentam a doença, estas pacientes também precisam aprender a “redescobrir” sua beleza.

“Nossa proposta é mostrar que a beleza feminina vai muito além de estereótipos e arquétipos”, avalia. Segundo ela, ações como esta permitem levar um pouco de alegria e leveza para quem está passando por um período difícil.

“Renovar as esperanças, por meio da recuperação da confiança e da autoestima, traz contribuições profundas para o bom andamento do tratamento”.

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) foi inaugurado em 6 de maio de 2008, numa parceria entre o governo do Estado de São Paulo, a Fundação Faculdade de Medicina (FFM) e a Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), para ser uma referência em atendimento humanizado, ensino e pesquisa do câncer em âmbito nacional e internacional. Atualmente é o maior centro oncológico da América Latina.

Voltado ao atendimento de pacientes da rede pública de saúde (SUS) e especializado no tratamento de casos de câncer de alta complexidade, o Instituto foi concebido e equipado para fornecer atenção integral ao paciente oncológico, do tratamento à reabilitação.

Mensalmente realiza cerca de 11,6 mil consultas médicas, 12,5 mil exames de imagem e 4 mil sessões de radioterapia. Por ano, atende cerca de 9 mil novos casos de câncer. O Icesp possui cerca de 500 leitos de internação, dos quais 48 leitos de UTI, 67 consultórios médicos e mais de 4 mil funcionários. O custeio do Icesp é de R$ 27 milhões por mês.

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo fica na avenida Doutor Arnaldo, 251, Cerqueira César, zona oeste da capital.

Interior de SP tem primeiro hospital com certificado internacional de qualidade

Hospital Estadual de Sumaré recebe reconhecimento do Canadian Council for Health Services Accreditation

O Hospital Estadual de Sumaré, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, é o primeiro de todo o interior paulista a receber uma certificação internacional de qualidade. O reconhecimento partiu do Canadian Council for Health Services Accreditation, entidade canadense.

Auditorias realizadas no hospital, que completa 12 anos de existência nesta sexta-feira, 21 de setembro, atestaram que a unidade possui evidências concretas de que a gestão e a assistência prestadas na instituição são seguras e feitas de forma interdisciplinar com foco centrado no paciente.

A acreditação avalia as ações voltadas para a integralidade do cuidado ao paciente, ou seja, estabelece rotinas e protocolos mais rigorosos que garantem ao usuário medidas mais seguras a cada intervenção, desde a chegada ao hospital até a alta. Somente três hospitais públicos, no Brasil, possuem o selo internacional de acreditação canadense, entre os quais o Hospital Estadual de Diadema e o Hospital Geral de Pirajussara, na Grande São Paulo, ambos também ligados à Secretaria.

Para obter o certificado, o Hospital Estadual de Sumaré, que é gerenciado em parceria com a Unicamp, passou por rígida avaliação assistencial e, ainda, por treinamento de profissionais durante três dias consecutivos, 24 horas. Além disso, houve mudanças na rotina de atendimento e protocolos clínicos e cirúrgicos, que foram readequados para aumentar ainda mais a segurança do paciente na instituição.

Foram avaliados quesitos como processos voltados à comunicação efetiva com o paciente e a família, a elaboração de plano de cuidados multiprofissionais para internação e alta, a segurança do paciente com o controle de medicamentos, prontuários adequadamente preenchidos, transferência de um setor para outro com o registro das principais mudanças no plano de cuidados e higiene das mãos em todos os setores, entre outros itens.

Em 2006 o Hospital Estadual de Sumaré recebeu nível máximo de certificação da ONA (Organização Nacional de Acreditação), ficando entre os melhores hospitais do país.

“Essas certificações são prova contundente de que hospitais do SUS (Sistema Único de Saúde) são capazes de oferecer assistência de qualidade igual ou até superior ao de hospitais particulares”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Giovanni Guido Cerri.

A acreditação canadense é um modelo de certificação voltado para o setor de saúde desde 1958, em âmbito internacional, dirigido por uma organização não governamental, sem fins lucrativos e independente. Envolve a verificação diária de atividades e serviços em relação a padrões de excelência. O principal foco da metodologia é a segurança do paciente.

 O hospital
O Hospital Estadual Sumaré foi inaugurado em 21 de setembro de 2000. A unidade de saúde, 100% pública, oferece atendimento de média e alta complexidades para a população de cinco municípios: Americana, Hortolândia, Monte Mor, Nova Odessa, Santa Bárbara d’Oeste e Sumaré, onde residem cerca de 650 mil habitantes.

Com 260 leitos, o serviço é referência para clínica médica e cirúrgica nas áreas de pediatria, gineco-obstetrícia, neonatalogia, neurologia, oftalmologia, otorrionolaringologia, ortopedia, urologia, cirurgias bariátricas, entre outros.

Além disso, é o único na região que conta com três tipos de UTI, adulto, pediátrica e neonatal e prontuário 100% eletrônico. Mensalmente são realizadas 1,1 mil cirurgias e 1,2 mil internações.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

AVC interna 4 paulistas por hora

Identificação dos indícios e socorro em até duas horas reduz os riscos de sequelas, aponta médica do resgate estadual

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados de 2011 aponta que, em média, quatro pessoas são internadas em hospitais públicos após terem sofrido AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Foram 39 mil internações de pacientes paulistas vítimas da doença, via SUS (Sistema Único de Saúde). O dado é similar ao registrado em 2010, quando houve 38,9 mil internações. Houve, em 2010 (último dado disponível), 21,2 mil mortes por derrame no Estado.

Segundo a cirurgiã-geral Silvana Nigro, gerente do pronto-socorro do hospital estadual do Mandaqui e médica do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgências da Secretaria (Grau), é fundamental que as pessoas conheçam os sintomas do AVC, pois quanto mais rápido o socorro, menor o risco de sequelas.

“O ideal é que, no máximo após duas horas dos primeiros sintomas, o paciente já esteja sendo medicado e que tenha tido sua pressão arterial restabelecida”, afirma Silvana.

Os principais sintomas de derrame são tontura, confusão mental, dor de cabeça, visão limitada, perda de força ou formigamento de um lado do rosto ou do corpo, alterações na fala (pronuncia errada), desvio no canto da boca (ficar com a boca torta) e dificuldade de compreensão.

“Dificilmente, a própria vítima percebe que está sendo acometida. Quem sofre um AVC fica em uma espécie de transe”, explica a médica.

Segundo ela, assim que for identificada a suspeita de um AVC, a vítima deve ser deitada, com apoio para elevar a cabeça. Um serviço de socorro deve ser acionado imediatamente.

Fatores de risco para AVC que exigem alerta:

1. Idade avançada

2. Pressão alta

3. Tabagismo

4. Colesterol elevado
5. Diabetes

6.Arritmia ou problemas com as válvulas cardíacas
7. Histórico familiar de AVCs ou AVEs
8. Reincidência (quem já teve o problema anteriormente)

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Tempo seco e poluição favorecem problemas respiratórios


Secretaria de Estado da Saúde faz alerta

A umidade relativa deve cair hoje novamente em São Paulo. A consequência do chamado tempo seco para a saúde vai desde ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz, por exemplo, até o agravamento de doenças respiratórias.

Para evitar ou minimizar a ocorrência de problemas de saúde em decorrência do tempo seco, a  Secretaria de Estado da Saúde indica alguns cuidados importantes.

A baixa umidade relativa do ar dificulta a dispersão de poluentes. Esses poluentes, na forma de diversos tipos de partículas (ácaros, o enxofre que sai do escapamento de veículos, poeira e restos de materiais queimados, entre outros) ao ficarem em suspensão no ar, acabam sendo inalados pelas pessoas o que acaba favorecendo a ocorrência de problemas respiratórios e infecções.

“O ar seco traz grandes consequências para a saúde, que vai desde ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz, até o agravamento de doenças respiratórias, pois facilita a entrada de vírus e bactérias. A prevenção é o melhor remédio”, diz Fábio Pereira Muchão, pneumologista do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) “Dr. Luiz Roberto Barradas Barata”, unidade da Secretaria localizada no bairro de Heliópolis, zona Sul da capital.

O especialista destaca, ainda, que crianças, idosos e pessoas que já possuem histórico de problema respiratório são os grupos mais vulneráveis às doenças neste período e precisam redobrar os cuidados.

Dicas

- Ingerir bastante líquido (a não ser em caso de alguma restrição);
- Não faça exercícios físicos entre as 10h e 17h quando a umidade do ar estiver baixa;
- Deixe um recipiente com água ou um pano molhado no quarto antes de dormir;
- Não use o umidificador elétrico por muitas horas seguidas. O ambiente pode ficar muito úmido e causar mofo e bolor;
- Lave as narinas com soro fisiológico e/ou faça inalações com o mesmo produto;
- Mantenha os ambientes arejados e livres de tabaco e poeira;
- Evite frequentar lugares fechados em que haja grande concentração de pessoas, como shoppings-centers, supermercados e cinemas.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

SP atende duas pessoas por hora por ingestão de objetos estranhos

Maior número de casos é de crianças de 1 a 4 anos que ingerem moedas, grãos, pilhas e peças de brinquedos

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que, por dia, cerca de 50 pessoas são atendidas em prontos-socorros e ambulatórios públicos por terem aspirado algum tipo de objeto estranho.

O Estado de São Paulo registrou, em 2011, 19.465 casos de retiradas de objetos estranhos. Em 2010 haviam sido 22.523 atendimentos.

A capital e Grande São Paulo concentram o maior número de casos no ano passado, com 5.396 procedimentos, seguidas pela região de São José do Rio Preto, com 3.789, e de Presidente Prudente, com 1.575 procedimentos realizados no ano passado.

As principais vítimas atendidas nos hospitais são crianças de um a quatro anos de idade. No ano passado, 26% dos atendimentos em hospitais, relativos a aspiração de objetos estranhos, em que a idade do paciente foi relatada pelo serviço de saúde, foram em crianças nessa faixa etária. Os objetos mais comuns retirados nessa idade são moedas e peças de brinquedos.

“Se a moeda desce diretamente pelo canal do estômago, será eliminada por vias naturais, porém os pais devem prestar atenção para ver se o objeto é realmente eliminado em um período de 12 horas a cinco dias. Caso isso não ocorra, devem procurar um serviço médico”, explica Sérgio Sarrubo, médico pediatra e diretor do Hospital Infantil Darcy Vargas, unidade da Secretaria na zona sul da capital paulista.

O pediatra também explica que, caso a moeda vá para a traqueia, pode causar parada respiratória. “É muito importante que os pais tomem cuidado com crianças dessa idade, pois é nessa época que crianças costumar levar objetos à boca”, afirma Sarrubo.

Outros objetos muito comuns nesses casos são pilhas e baterias de brinquedos, que devem ser retirados o mais rapidamente possível, pois a permanência deles no estômago ou nas vias respiratórias pode causar lesões ou perfurações e até mesmo infecções. Não é indicado que os pais provoquem o vômito da criança. O certo é encaminhá-la ao hospital mais próximo.

Os pais devem, também, tomar muito cuidado com os brinquedos que as crianças pequenas têm acesso. Muitas peças de plástico, como rodas de carrinhos ou acessórios de bonecas, não aparecem nos exames de raio-X.

A aspiração de objetos pode prejudicar o sistema respiratório e causar asfixia, levando o paciente à morte. É recomendável que aos primeiros sintomas de asfixia, como acesso de tosse seguido por engasgamento, falta de ar e lábios e unhas arroxeadas, o paciente ou seus responsáveis procurem o serviço médico imediatamente.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Mortalidade de idosos cai 9% em 10 anos no Estado de SP

Óbitos por doenças do aparelho circulatório perdem espaço para a mortalidade provocada por Mal de Alzheimer e insuficiência renal

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo mostra que, em uma década, a mortalidade de paulistas com 60 anos ou mais caiu 9%.Foram 364 mortes para cada 10 mil idosos no Estado em 2010, último dado disponível, contra 400 por 10 mil em 2000.

Neste mesmo período houve também redução da taxa de mortalidade do principal grupo de causas de óbito entre idosos: as doenças do aparelho circulatório. No ano 2000, essas enfermidades eram responsáveis por 40,5% do total de óbitos, contra 35% em 2010.

Em números absolutos, a população paulista acima de 60 anos aumentou 50% na última década. Conforme o Censo realizado pelo IBGE em 1991, o Estado contava com 2,4 milhões de idosos, o que representava 7,7% total da população. Já no Censo de 2010, a população idosa era de 4,7 milhões (11,6% da população total). O número absoluto de óbitos entre os idosos no Estado de São Paulo foi de 133 mil em 2000 e 173 mil em 2010.

Na contramão, durante esses 10 anos, houve o crescimento de dois grupos de causas de óbito em maiores de 60 anos: as doenças do sistema nervoso, entre as quais se destaca o Mal de Alzheimer, e do aparelho geniturinário, grupo esse que traz a insuficiência renal como principal causa.

Em 2000, as doenças do sistema nervoso representaram 1,2% do total de mortes desta faixa etária e do aparelho geniturinário 2,1%. Já em 2010, as mortes provocadas por doenças do sistema nervoso representaram 3% do total e as do aparelho geniturinário representaram 3,6%.

Segundo Marília Louvison, coordenadora da área técnica de saúde da pessoa idosa da Secretaria, a queda da mortalidade de importantes grupos de doenças entre os idosos tem múltiplas causas, que incluem melhores condições sociais e mudanças no estilo de vida, como a prática de mais atividades físicas entre pessoas desta faixa etária, entre outros.

“Esses dados também apontam para a melhoria de acesso aos recursos de saúde obtidos pela população, tanto na preservação quanto no tratamento dessas doenças, desde a criação e o desenvolvimento do Sistema Único de Saúde”, afirma Marília.

Adolescentes com HIV tratados no Emílio Ribas ganham viagem a Campos do Jordão

Embarque ocorre hoje, sexta-feira; além de lazer, pacientes vão conhecer a história da região e sua relação com o médico sanitarista Emílio Ribas, que deu nome ao hospital centenário na capital

Hoje, 14 de setembro, um grupo de jovens com HIV/Aids tratados no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo referência em tratamento de doenças infectocontagiosas, trocarão suas consultas médicas por um final de semana turístico na cidade de Campos do Jordão, no interior paulista.

Além de lazer, os pacientes poderão conhecer de perto a história da região e sua relação com o médico sanitarista Emílio Ribas, que dá nome ao hospital estadual centenário da capital paulista. O embarque acontece a partir das 14h, em frente ao instituto.

Cerca de 30 jovens participantes do grupo chamado “Poder Jovem”, com idade entre 13 e 18 anos, participarão durante este final de semana da excursão organizada e programada pelo grupo de Voluntariado do hospital.

No roteiro da viagem estão programados passeios pelos principais pontos históricos da cidade: Palácio Boa Vista, Auditório Claudio Santoro, museus, bondinho e a estrada de ferro, idealizada por Emílio Ribas para transportar pacientes com Tuberculose no início do século passado.

Os adolescentes contraíram o vírus por meio de transmissão vertical, pela mãe no momento do parto, e são tratados no hospital Emílio Ribas desde a infância.

Muitos deles são órfãos ou acamados e recebem o apoio educacional, psicológico e de desenvolvimento dentro do projeto. “Somos uma família para eles. É aqui que eles se desenvolvem, buscam apoio e aprendem a lidar com a doença e suas descobertas”, afirma Sandra Santos, coordenadora do grupo.

Segundo Glória Bruneti, diretora do Voluntariado do hospital, que administra o grupo de jovens, a excursão para Campos do Jordão, além de tirar os pacientes da rotina hospitalar, será valiosa e inesquecível na vida desses adolescentes.

“Estamos formando cidadãos. Será um momento cultural e de reflexão sobre a vida, bem como o aprendizado sobre a obra do Patrono da Saúde Pública de São Paulo”.

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas fica na avenida Dr. Arnaldo, 165, zona oeste da capital.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Vacinação em dia ajuda pacientes com câncer a enfrentar a doença


Imunização é especial e com restrições para esse grupo de pessoas, mas fundamental para o tratamento oncológico, alerta Instituto do Câncer de SP

O Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), unidade da rede pública estadual e maior centro de oncologia da América Latina, faz um alerta para que pacientes em tratamento de câncer mantenham a vacinação em dia.

Isso porque a prevenção de doenças é muito importante para a manutenção do bom estado clínico destes pacientes que, em função do câncer, tornaram-se imunodeprimidos. Assim, manter a caderneta em dia, tanto de quem está em tratamento quanto de quem cuida, é fundamental.   

Segundo recomendação do Icesp, pacientes imunodeprimidos devem tomar alguns cuidados especiais na hora da vacinação. Pessoas em tratamento oncológico podem receber vacinas com patógenos mortos ou com vírus e bactérias inativados, como a da influenza, pneumonia e tétano.

Imunizações que apresentam vírus e bactérias atenuados, como a tríplice viral e a de febre amarela, não devem ser ministradas ao paciente oncológico ou a pessoas portadoras de outras doenças que causem imunodepressão.

Também é importante que os familiares e cuidadores desses pacientes mantenham-se imunizados, para evitar a transmissão cruzada de doenças.

“Ainda que a resposta de pacientes com câncer seja menor que a da população comum, estas pessoas devem receber as vacinas indicadas. Também é essencial que seus familiares tomem as doses de vacinação adequadamente. Ao se manterem saudáveis, eles contribuem para a preservação da doença de quem está sendo cuidado”, orienta Lígia Camera Pierrotti, médica infectologista do Icesp.

Pessoas nessas condições que ainda não tenham se imunizado contra a gripe podem procurar o Centro de Imunizações do Hospital das Clínicas ou os Centros de Referências de Imunizações Especiais (CRIES). A vacinação é gratuita.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

30 crianças são vítimas de acidentes com escorpiões por dia no Estado de SP

Em 2011, foram mais de 11 mil acidentes; primeiro atendimento é fator determinante para a recuperação

Levantamento realizado pelo Instituto Butantan, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por intermédio do Hospital Vital Brazil, apontou que no ano de 2011, as crianças foram vítimas de aproximadamente 11 mil acidentes com escorpiões no Estadode São Paulo.

Desse total, foram registrados 40 óbitos de crianças, letalidade 220% maior que a registrada em adultos, com 51 mortes em 46 mil casos. Isso ocorre porque as crianças são mais suscetíveis a lesões mais graves e a ação do veneno do animal.

Para evitar os acidentes, alguns cuidados básicos devem ser adotados, como manter limpos quintais, jardins e terrenos baldios, não acumulando entulho e lixo doméstico (veja mais dicas de prevenção abaixo).

 Em caso de acidentes, a primeira medida que deve ser adotada é realizar compressas de água morna sobre a picada. Isso pode aliviar a dor até a chegada ao serviço de saúde mais próximo. Outro alerta é não usar gelo, água gelada ou álcool, pois podem piorar a dor.

“É fundamental que as pessoas procurem o hospital mais próximo de sua residência. Isso garantirá diagnóstico e tratamento mais eficaz”, relata o diretor-médico do Hospital Vital Brazil, Carlos Medeiros.

 O Hospital Vital Brazil disponibiliza o telefone (11) 2627-9528 de orientação em casos de emergência e acidentes com animais peçonhentos. O serviço funciona 24 horas por dia e orienta a população sobre o local mais próximo para atendimento.

Dicas para evitar acidentes com escorpiões:

·Vedar soleiras de portas com saquinhos de areia ou friso de borracha, colocar telas nas janelas, vedar ralos de pia, tanque e de chão com tela ou válvula apropriada;

·Colocar o lixo em sacos plásticos, que devem ser mantidos fechados para evitar aparecimento de baratas, moscas e outros insetos, alimentos prediletos de escorpiões; examinar roupas, calçados, toalhas e roupas de cama antes de usá-las;

·Andar sempre calçado e usar luvas de raspa de couro ao trabalhar com material de construção, lenha etc.·Aparar a grama dos jardins e recolher as folhas caídas.Mais dicas de prevenção estão disponíveis no site www.butantan.gov.br.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Butantan treina efetivo da PM sobre cuidados com animais peçonhentos

Curso, procurado por profissionais de todo Brasil, será realizado nesta quarta-feira, dia 12, e tem como objetivo auxiliar no atendimento à população

O Instituto Butantan, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, promove nesta quarta-feira, 12 de setembro, das 9h às 16h, um curso sobre reconhecimento de animais peçonhentos voltado a profissionais da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Serviço de Zoonose e Oficiais de Controle de Animais.

Mais de 2 mil pessoas de todo o país são capacitadas por ano pelo Instituto, com o objetivo de possibilitar aos profissionais reconhecer e adotar os cuidados básicos no cuidado em acidentes e manuseio de animais, auxiliando também no atendimento à população que encontra cobras, escorpiões e aranhas em residências ou em terrenos.

Para participar deste curso é preciso que as corporações encaminhem ofícios pelo e-mail cursos@butantan.gov.br. O Butantan também ministra outros diversos cursos, tanto para profissionais quanto para população em geral. A agenda completa está disponível no site www.butantan.gov.br .

HC alerta para cuidados com 'dietas da moda'

Nutricionista explica que medidas supostamente milagrosas, como a dieta do óleo de coco, não substituem reeducação alimentar e exercícios físicos

O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, unidade da rede pública estadual e maior complexo hospitalar da América Latina, alerta para os riscos que as dietas da moda, tidas como “milagrosas”, podem representar à saúde da população. Segundo a nutricionista Maíra Branco, a perda de peso rápida está relacionada a um maior risco e facilidade de reganho de peso.

 “A perda de água e massa magra, mantendo gordura corporal ocasiona a maior chance de flacidez. Além disso, as dietas muito restritas podem causar deficiência de vitaminas e minerais, trazendo futuros problemas para a saúde”, explica.

Uma das dietas mais comentadas atualmente é a do óleo de coco. Ela vem com a promessa de estimular o metabolismo, promover queima de gordura e reduzir a fome. Nela, recomenda-se o consumo de três colheres de sopa de óleo de coco associado a uma dieta equilibrada, na qual sugere um cardápio com 1.200 calorias diárias.

“Uma dieta com esta quantidade calórica é considerada hipocalórica, o que levaria ao emagrecimento de quem a seguisse independentemente de outras substâncias associadas”, afirma Maíra.

A nutricionista diz, ainda, que o óleo de coco é rico em gordura saturada, que em excesso tem efeitos maléficos ao organismo. O consumo excessivo de gordura saturada está associado ao aumento do colesterol.

A recomendação de ingestão total de gordura saturada, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, Associação Médica Brasileira e American Heart Association, é de até 7% de todo o valor calórico consumido.

Com essa proposta de dieta de 1.200 calorias associada a três colheres de sopa de óleo de coco, o consumo de gordura saturada chegaria a cerca de 20% do valor energético total. Isto corresponde a mais que o dobro do consumo máximo recomendado. Além disso, não existe comprovação científica sobre as propriedades atribuídas ao óleo de coco.

O segredo para o emagrecimento saudável está na reeducação alimentar através de uma alimentação equilibrada, com todos os nutrientes necessários em quantidades adequadas (carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, vitaminas e minerais).

Os carboidratos devem ser preferencialmente complexos, como grãos integrais, por exemplo. As gorduras devem ser consumidas com moderação e provenientes, principalmente, de óleos vegetais, sementes oleaginosas e peixes ricos em Omega três. Já as proteínas estão presentes em leites e derivados, carnes bovinas, suínas, aves e peixes e também leguminosas.

“Lembrando que a água é essencial para compor uma alimentação equilibrada, além de atividade física regular para manter a saúde em dia”, finaliza a nutricionista.

Mitos e verdades:
Comer de três em três horas emagrece: O ideal é fracionar a alimentação em várias refeições ao dia, comendo a cada três horas. Isso favorece a manutenção do metabolismo ativo, mantendo gasto energético. É importante não confundir o comer a cada três horas com “beliscar” ao longo do dia.

Comer somente até 20h: As pessoas têm um ritmo de atividades reduzidas no período noturno, sendo por isso indicado um consumo de menores quantidades de alimentos à noite.

 Café: A cafeína age como um estimulante moderado, aumentando o alerta mental e acelerando o processo do raciocínio. Pesquisadores estudaram os seus efeitos metabólicos e verificaram que a substância não só faz aumentar o gasto de energia (em aproximadamente 13%), como também eleva a termogênese celular, a mobilização de ácidos graxos e a oxidação lipídica. O consumo recomendado de café é de três xícaras pequenas de café ao dia.

Água com limão: Não existe comprovação de que auxilie no emagrecimento, mas como não há relatos de malefícios, ela pode ser consumida, sem adição de açúcar, com o objetivo de hidratação.

Remédios naturais:
Não existem comprovação de seus efeitos no emagrecimento e também não se sabe se eles podem causar algum malefício a saúde dos indivíduos que os utilizem.

Saúde oferece curso à distância para aperfeiçoar atenção à gestante no SUS

Objetivo é qualificar médicos e enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde em todo o Estado; medida é importante para reduzir índices de mortalidade materno-infantil

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em parceria com a Faculdade de Medicina da USP, inicia nesta quarta-feira, 12 de setembro, um Curso à Distância de Atenção à Saúde da Gestante e Puérpera (mulher que acabou de dar a luz). A medida é importante para reduzir ainda mais os índices de mortalidade materno-infantil.

Com duração de 12 semanas, o curso tem como principal objetivo qualificar profissionais médicos e enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde no Estado, seguindo as Linhas de Cuidado para a Gestante e Puérpera atendidas no Sistema Único de Saúde (SUS) paulista.

“Somente com a oferta de uma rede integrada de serviços de saúde é possível garantir o acompanhamento precoce das gestantes, bem como a prevenção, diagnóstico e tratamento adequado de eventuais problemas no período de gestação”, ressalta Karina Calife, responsável pela área de Saúde da Mulher da Secretaria.

O primeiro curso contará com 600 participantes, dos quais 300 médicos e 300 enfermeiros, e será ministrado em seis módulos, com apresentação de casos clínicos, vídeos de educação aplicada, materiais complementares e fóruns de discussão para troca de experiências e resolução de dúvidas. A primeira aula, nesta quarta-feira, será realizada com a participação de todos os alunos, coordenadores, tutores, professores e gestores.

Tutores
No final do mês de agosto, 20 profissionais formados em medicina e com especialização em ginecologia e obstetrícia, passaram por treinamento para formação de tutores responsáveis para ministrar o curso à distância aos demais profissionais de saúde.

Dentre os pré-requisitos para se tornar um tutor, destaca-se a formação em medicina (graduação completa) e especialização em ginecologia e obstetrícia (concluída ou cursando, no mínimo, o terceiro ano de residência médica) ou pós-graduação stricto senso (concluída ou em andamento).

Estes profissionais foram capacitados a serem tutores do curso à distância após treinamento presencial de oito horas semanais e outro treinamento não-presencial de outras oito horas. Além disso, os tutores terão que ter disponibilidade de mais oito horas presenciais para dois encontros de quatro horas cada, sendo um encontro para a abertura e outro para o encerramento do curso à distância.

O primeiro curso à distância de saúde materna será oferecido para profissionais das regiões de Bauru, Marília, Campinas, Baixada Santista e Registro, Diadema (na região do ABC) e os municípios da região de Mananciais (Cotia, Embu, Embu-Guaçu, Itapecerica da Serra, Juquitiba, São Lourenço da Serra, Taboão da Serra e Vargem Grande Paulista) e do Alto Tietê . Metade das vagas é destinada a médicos (clínicos e médicos de saúde da família) e a outra metade para enfermeiros (atenção básica/ saúde da família).

Após a conclusão do curso, espera-se dos formandos a organização de ações nas UBS, a fim de realizar a captação precoce da gestante e realizar o acompanhamento do pré-natal e puerpério, além de organizar atividades educativas para a promoção da saúde, visando melhora da qualidade da assistência à gestante e puérpera no SUS-SP.

O formando deverá, ainda, incorporar na rotina das UBS os fluxos de atendimento para as gestantes e puérperas e os protocolos clínicos de atenção e de exames complementares (rastreamento, diagnóstico inicial e seguimento clínico) propostos nas Linhas de Cuidado.

Mortalidade infantil
A mortalidade infantil no Estado de São Paulo caiu 31% nos últimos 11 anos e atingiu, em 2011, o menor nível da história. É o que apontou o mais recente balanço realizado pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Seade.

O índice do ano passado ficou em 11,5 óbitos de crianças menores de um ano de idade a cada 1.000 nascidas vivas no Estado, contra 16,9 em 2000. A taxa coloca o Estado entre as áreas de menor risco de morte infantil do Brasil. A mortalidade infantil é o principal indicador da saúde pública segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).

A região de Barretos apresentou, em 2011, o menor índice de mortalidade infantil do Estado, com 8,1 óbitos por 1.000 nascidos vivos, seguida pela região de São José do Rio Preto, com 9,1, e de Presidente Prudente, com 9,9.Na comparação com 2010, as regiões de Presidente Prudente e Registro apresentaram as maiores reduções no índice, de 19,8% e 15%, respectivamente. De 17 regiões de Saúde no Estado, 12 tiveram, em 2011, redução do índice na comparação com o ano anterior, e 10 atingiram os menores patamares de mortalidade infantil da história.

Já em relação aos valores do ano de 2000, todas as regiões apresentaram redução da mortalidade infantil, com destaque para a queda de 52% na de Barretos, 49% na de Registro, 44% da de Presidente Prudente e 42% na de Marília.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Solidão leva idoso a buscar ajuda psiquiátrica em SP

61% dos casos atendidos no AME Psiquiatria, na capital, são em decorrência de depressão e transtornos de ansiedade

A solidão, causada muitas vezes pela morte do cônjuge, de amigos e familiares, além do medo de morrer e das dificuldades financeiras após uma vida toda dedicada ao trabalho, está levando idosos paulistanos ao psiquiatra.

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde no AME (Ambulatório Médico de Especialidades) Psiquiatria, unidade especializada da pasta na Vila Maria, zona norte da capital paulista, aponta que 61% dos idosos atendidos têm quadros de transtorno de ansiedade e depressão, e muitos sofrem com a solidão.

O número de idosos atendidos na unidade, somando-se as consultas médicas e as não médicas (realizadas por psicólogos, terapeutas ocupacionais e profissionais de enfermagem), foi de 960 em agosto de 2012, numero maior do que o observado no mesmo mês do ano passado (917) e quase oito vezes superior ao registrado em agosto de 2010 (124), mês em que a unidade foi inaugurada.

“A depressão e os transtornos de ansiedade exercem um impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes nessa faixa etária, com consequências diretas na saúde, uma vez que estão associados a um maior número de doenças, como diabetes e hipertensão. Tratar esses problemas é cuidar da saúde”, diz o diretor do AME, Gerardo Araújo.

Além do atendimento médico, os idosos em tratamento no AME Psiquiatria também participam de atividades de terapia ocupacional, a exemplo do grupo de acolhimento, grupo de reabilitação cognitiva, grupo de contadores de histórias e atividades manuais, tais como pintura em tela, pintura em objetos, fuxico e artes plásticas.

Entretanto, não são apenas os pacientes na terceira idade que recebem atenção durante o tratamento.Como os cuidadores dos idosos estão até quatro vezes mais suscetíveis a desenvolver quadros depressivos do que a população em geral, o AME Psiquiatria também desenvolve trabalho específico para eles, por meio de encontros semanais em grupo, momento em que se discutem as principais dificuldades enfrentadas durante a rotina de cuidado dos idosos.

“O favorecimento das inserções familiar, afetiva e social do idoso que sofre com problemas psiquiátricos constitui em um dos principais objetivos do acompanhamento realizado pelo AME Psiquiatria”, explica o diretor da unidade.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Hospital estadual em Santos promove campanha de teste rápido de hepatite C

Profissionais darão orientações e farão encaminhamentos nos casos de resultados positivos

O hospital estadual Guilherme Álvaro, da Secretaria de Estado da Saúde, em parceria com a ONG Grupo Esperança, promove a partir desta segunda-feira, 10 de setembro, uma semana inteira de testes rápidos para incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce da hepatite C.

A campanha acontece até sexta-feira, 14 de setembro, no ambulatório geral do hospital, um dos primeiros polos de aplicação do tratamento da doença no Brasil.

Todos que passarem pelo ambulatório da unidade poderão fazer o teste rápido de detecção da hepatite C, que é semelhante ao teste de diabetes. Caso o resultado seja positivo, o paciente receberá orientações e será encaminhado para atendimento médico e para tratamento gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

“A hepatite C é uma doença silenciosa e traiçoeira, que progride lentamente. Se não for detectada e tratada, pode se tornar crônica e evoluir para cirrose e até câncer de fígado. Porém, quando diagnosticada precocemente, a cura é possível”, diz Ricardo Hayden, diretor técnico do hospital.

A campanha ocorrerá das 8h às 17h. O hospital estadual Guilherme Álvaro fica na rua Oswaldo Cruz, 197, no Boqueirão, em Santos.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Pneumonias matam 1 pessoa a cada 40 minutos em SP

Dados também mostram que do total de internações pela doença no Estado, cerca de 20% foram de crianças menores de um ano

Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, com base nas notificação realizadas pelas unidades públicas de saúde, aponta que, de janeiro a junho deste ano, em média 35 pessoas morreram por dia (ou uma a cada 41 minutos) no Estado em razão de complicações por pneumonia. O balanço também revela que do total de internações notificadas pela doença, cerca de 20% foram de crianças menores de um ano.

 Somente no primeiro semestre deste ano, foram notificadas 61.830 internações em razão de complicações da doença no Estado, das quais 6.360 evoluíram a óbito. No mesmo período de 2011, o número total de internações foi de 69.766, com 6.841 óbitos. Na comparação, o número de internações caiu 11,4% no período.

Do total de internações notificadas neste ano, 11.853 foram de crianças menores de um ano. Em relação aos óbitos, a faixa etária com o maior número de notificação foi a dos idosos, com 4.971 mortes.

“As crianças menores de dois anos são um grupo etário particularmente suscetível a pneumonias porque seu sistema imunológico ainda está em desenvolvimento. Portanto, algumas medidas preventivas, como alimentação saudável, visitas regulares ao médico, e a vacinação são fundamentais para evitar a doença”, diz Fábio Pereira Muchão, pneumologista do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) "Dr. Luiz Roberto Barradas Barata", unidade da Secretaria no bairro de Heliópolis, zona sul da capital.

As pneumonias são infecções pulmonares que podem ser causadas por vírus, bactérias ou fungos, sendo as duas primeiras as causas mais comuns. “Normalmente, os vírus que causam pneumonias são contagiosos e transmitidos por meio de contato direto, gotículas de saliva ou aerossóis”, explica Muchão.

Vacinação

Desde 2010, a vacina pneumocócica 10-valente faz parte do calendário de imunização do SUS (Sistema Único de Saúde) e está disponível, gratuitamente, nos postos de saúde para crianças de dois meses a um ano e 11 meses de idade.

Além de imunizar as crianças contra determinados sorotipos de pneumocos, causadores de alguns tipos de pneumonias, a vacina pneumocócica 10-valente também protege contra otites agudas e outras infecções respiratórias, como meningites.

Outra proteção oferecida no calendário de imunização e que também auxilia na prevenção à pneumonia é a vacina contra a gripe, oferecida por meio de campanhas anuais de imunização em massa. “Voltada para idosos, gestantes, crianças menores de dois anos e portadores de doenças crônicas, a vacina contra a influenza diminui a incidência de gripes, que são as portas de entrada para pneumonias, e também contribuem para diminuir a ocorrência de pneumonias bacterianas”, diz Muchão.

Saúde abre 43 vagas em seis hospitais estaduais


Prazos de inscrição em concursos e processo seletivo variam conforme a unidade

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo está com concursos públicos e processo seletivo abertos para 43 vagas de trabalho em seis unidades de saúde estaduais: Hospital Geral de São Mateus, Hospital e Maternidade Interlagos, Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha e Hospital Infantil Darcy Vargas, na capital paulista, Hospital Regional de Osasco, na Grande São Paulo, e Hospital Guilherme Álvaro, em Santos.

As vagas são para médicos nas áreas de anestesiologia, cardiologia (adulto e pediátrica), cirurgia geral, endoscopia, nefrologia, pediatria, medicina intensiva (adulto e pediátrica), neonatologia, neurocirurgia e técnico de enfermagem.

Para realização do concurso público, os candidatos devem comparecem em qualquer agência bancária, efetuar o pagamento da taxa de R$ 60,85 (para médicos) ou R$ 40,87 (para técnicos de enfermagem) e comparecer pessoalmente ao setor de RH dos hospitais, de segunda a sexta-feira, das 19h às 15h portando ficha de inscrição preenchida, comprovante do pagamento da taxa, originas e cópias do RG, CPF e CRM.

Os editais completos dos concursos estão no site do Diário Oficial do Estado http://www.imprensaoficial.com.br. As fichas de inscrição estão disponíveis no site www.crh.saude.sp.gov.br.

 Já os interessados em participar do processo seletivo para médicos do Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha, devem comparecer na Seção de Recrutamento e Seleção do Serviço Técnico de Recursos Humanos do Hospital, portando originais e cópias de RG, CPF, carteira do Conselho Regional de Medicina e currículo comprovado.

O Hospital Geral de São Mateus fica na Rua Ângelo de Cândia, nº 540, zona leste de São Paulo. O RH do Hospital e Maternidade Interlagos fica na Av. Interlagos, 7001, Cidade Dutra, zona sul da capital. O Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha fica na avenida Deputado Emilio Carlos, 3.000, na zona norte de São Paulo. O Hospital Infantil Darcy Vargas fica na rua Dr. Seráfico de Assis Carvalho, nº. 34, Morumbi, zona sul da capital.O Hospital Regional de Osasco é localizado na rua Ari Barroso, nº. 355, Presidente Altino, em Osasco. Já o setor de recrutamento do hospital estadual Guilherme Álvaro fica na rua Oswaldo Cruz, nº 197, em Santos. 

Hospital Guilherme Álvaro convoca população a doar sangue

Objetivo é manter em dia os estoques no hemonúcleo da unidade que, nesta época, tende a cair

O hospital estadual Guilherme Álvaro, de Santos, convoca a população da Baixada Santista para doar sangue. O objetivo é manter em dia os estoques de bolsas que, durante feriados, tende a cair.

 “No feriado, muitas pessoas viajam e muitas vêm para a região da Baixada. Portanto é muito importante mantermos nosso estoque sempre abastecido, especialmente para garantir a realização de transfusões em cirurgias de emergência”, afirma Rosane Giuliani, médica coordenadora do hemonúcleo do hospital.

O hospital teme que, durante o período de final de semana prolongado, os estoques de sangue comprometam até mesmo a realização de cirurgias.

Para doar sangue basta estar em boas condições de saúde, alimentado, ter entre 16 e 67 anos, pesar mais de 50 kg e levar documento de identidade original com foto. É recomendável evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ter ingerido bebidas alcoólicas 12 horas antes.

Se a pessoa estiver com gripe ou resfriado, não deve doar temporariamente. Mesmo que tenha se recuperado, deve aguardar uma semana para que esteja novamente apto à doação.

 O hemonúcleo do Hospital Guilherme Álvaro é referência para toda a Baixada Santista e é localizado na Rua Oswaldo Cruz, nº 197. As doações de sangue podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h Às 17, e aos sábados, das 8h às 12h.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Mortalidade infantil em SP cai 31% e chega ao menor nível da história

Índice médio do Estado foi de 11,5 óbitos por mil nascidos vivos, contra 16,9 em 2000

A mortalidade infantil no Estado de São Paulo caiu 31% nos últimos 11 anos e atingiu, em 2011, o menor nível da história. É o que aponta o mais recente balanço realizado pela Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Fundação Seade.

O índice do ano passado ficou em 11,5 óbitos de crianças menores de um ano de idade a cada 1.000 nascidas vivas no Estado, contra 16,9 em 2000. A taxa coloca o Estado entre as áreas de menor risco de morte infantil do Brasil. A mortalidade infantil é o principal indicador da saúde pública segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde).

A região de Barretos apresentou, em 2011, o menor índice de mortalidade infantil do Estado, com 8,1 óbitos por 1.000 nascidos vivos, seguida pela região de São José do Rio Preto, com 9,1, e de Presidente Prudente, com 9,9.

Na comparação com 2010, as regiões de Presidente Prudente e Registro apresentaram as maiores reduções no índice, de 19,8% e 15%, respectivamente. De 17 regiões de Saúde no Estado, 12 tiveram, em 2011, redução do índice na comparação com o ano anterior, e 10 atingiram os menores patamares de mortalidade infantil da história.

Já em relação aos valores do ano de 2000, todas as regiões apresentaram redução da mortalidade infantil, com destaque para a queda de 52% na de Barretos, 49% na de Registro, 44% da de Presidente Prudente e 42% na de Marília.

 O aumento do número de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatal, o aprimoramento da assistência ao parto e à gestante, a ampliação do acesso ao pré-natal, a vacinação em massa de crianças pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e os investimentos estaduais na saúde básica são alguns dos motivos para a queda na taxa de mortalidade infantil no Estado.

 A cada ano o Estado de São Paulo tem conseguido diminuir o número de mortes infantis. Em 2010 o índice era de 11,8 óbitos por 1.000 crianças nascidas. No ano anterior foram 12,5. Em 2008, 12,6. Em 2007, 13. Em 2006, 13,2. Em 2005, 13,4. Em 2004, 14,2. Em 2002 a taxa ficou em 15,0 e, em 2001, 16,0.

Dos 645 municípios paulistas, 322 apresentaram em 2011 índices de mortalidade infantil inferior a dois dígitos, comparável a países desenvolvidos. Nenhuma região do Estado apresentou índice superior a 16,8. Quanto menor é a taxa de mortalidade infantil, mais difícil conseguir reduzi-la ainda mais.

 “A queda no número de mortes infantis é o principal indicador de que as políticas públicas de saúde estão sendo bem executadas. Essa redução só é possível com muito trabalho e com as parcerias entre as demais esferas do SUS (Sistema Único de Saúde), que devem ser constantes”, afirma Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde.

Causas de morte
As causas perinatais, aquelas relacionadas a problemas na gravidez, no parto ou no nascimento, representaram 57% das mortes infantis. No entanto, esse índice caiu 30% desde o ano de 2000, passando de 9,7 para 6,6 mortes por 1.000 nascidos vivos no período analisado, o que revela o aperfeiçoamento da assistência pré-natal.

 Entre 2000 e 2011 as mortes infantis por malformações congênitas foram as que apresentaram menor diminuição das taxas, de apenas 11%, passando de 2,8 para 2,5 óbitos por mil nascidos vivos.

Já as doenças do aparelho respiratório e infecciosas e parasitárias tem peso relativamente pequeno como causas de morte dos menores de um ano. Em 2011, estes tipos de patologias foram responsáveis por 5,6% e 4,4% das mortes, respectivamente.

Ampliações dos serviços de saúde
 Atualmente o Estado de São Paulo conta com 1.050 leitos de UTI neonatal, de um total de 4,8 mil UTI gerais. Somente em 2011, 102 novos leitos de UTI neonatal foram habilitados no Estado. A ampliação desses leitos é de suma importância para a redução dos óbitos infantis.

O levantamento da Secretaria de Estado da Saúde mostra que dos óbitos registrados em 2011, 68,1% ocorreram nos primeiros 28 dias de vida e, destes, 50% ocorreram na primeira semana. Ainda assim, a taxa de mortalidade neste período caiu de 8,7 para 5,7 óbitos por 1.000 nascidos vivos.

Outra medida adotada visando à melhoria dos índices de mortalidade infantil é o aumento dos investimentos estaduais na atenção básica. Em julho deste ano, o a Secretaria liberou R$ 76,2 milhões para a assistência básica de 625 municípios.

O recurso deverá ser destinado para modernização de salas das Unidades Básicas de Saúde (UBS), por meio de reformas e modernização de espaços como salas de vacina, de observação, de acolhimento, de arquivo de prontuários e de procedimentos, além de consultório, farmácia e recepção.

“A rede básica de saúde é o primeiro canal de acesso ao tratamento via SUS. É importante para a diminuição dos índices de mortalidade infantil que as ações básicas que precedem o parto, como um pré-natal eficiente, sejam realizadas com qualidade”, explica Cerri.

Programa do HC reduz sangue coletado e exposição de crianças à radiação

‘Diagnóstico Amigo da Criança’ pode se tornar modelo para hospitais públicos pediátricos de toda a rede do SUS

O Hospital das Clínicas da FMUSP, unidade da rede pública estadual e maior complexo hospitalar da América Latina, lança nesta segunda-feira, 3 de setembro, o programa “Diagnóstico Amigo da Criança”, que visa garantir o máximo de precisão diagnóstica, com o mínimo de exposição a riscos, presentes ou futuros, para as crianças.

Para isso, o projeto se apoia em duas linhas principais: a drástica redução do volume de sangue coletado dos pacientes e da exposição das crianças à radiação ionizante. Tudo isso em um ambiente de atendimento humanizado que preza o resgate da prática clínica tradicional. O projeto pioneiro do ICr poderá se tornar modelo para hospitais públicos pediátricos de toda a rede do SUS (Sistema Único de Saúde).

Por meio da utilização de micrométodos, o Instituto da Criança reduz em até 75% o volume de sangue coletado das crianças para análises laboratoriais. Os pacientes do instituto são muitas vezes bebês prematuros, com pequeno volume de sangue, e crianças com doenças agudas e crônicas, nas quais a retirada de sangue frequentemente implica a necessidade de seguidas transfusões, entre outros problemas.

O programa também prioriza a escolha de métodos diagnósticos dentro do conceito de mínimo risco, que usem doses mais baixas ou que não usem radiação ionizante, que sabidamente traz riscos imediatos e futuros à saúde do paciente, entre eles o aparecimento de câncer.

O novo aparelho de tomografia do ICr, adquirido por R$ 1,2 milhão, realiza exames reduzindo em torno de 70% a exposição das crianças à radiação. O aparelho fica em uma sala humanizada, com as paredes pintadas com ilustrações de céu e nuvens, e com um monitor no teto e projeção de vídeo nas laterais com imagens para acalmar as crianças, como filmagens do fundo do mar.

 O Instituto da Criança do HC realiza, por mês, uma média de 550 internações de pacientes e aproximadamente 6.400 consultas ambulatoriais. Todas essas crianças devem ser beneficiadas pelo programa em seus atendimentos. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo repassa cerca de R$ 8,3 milhões por mês para o custeio da unidade.

“O programa Diagnóstico Amigo das Crianças defende um retorno à clínica médica, a um atendimento humanizado. Não é justo que crianças tão pequenas, enfrentando doenças graves, sejam submetidas a coletas excessivas de sangue e à exposição constante à radiação. O programa busca o máximo de precisão diagnóstica com o mínimo de exposição das nossas crianças a riscos e sofrimento, presentes e futuros”, afirma a professora-titular do Departamento de Pediatria do ICr, Magda Carneiro-Sampaio.

O projeto prevê ainda a criação do “Cartão Amigo da Criança”, que reunirá as informações do paciente em um suporte digital, afim de que o histórico médico da criança fique reunido e acessível aos profissionais de saúde para que o processo de diagnóstico e de tratamento sejam realizados sempre com o máximo de informações possíveis, evitando exames desnecessários ou excessivos, sem que se perca a precisão clínica.

O Programa “Diagnóstico Amigo da Criança” segue a diretriz da Política Estadual de Humanização da Secretaria de Estado da Saúde, que irá investir R$ 40 milhões nos próximos quatro anos em ações para humanizar o atendimento em suas unidades de saúde.