Ambulatório de Reprodução Assistida da Secretaria de Estado da Saúde já atendeu 150 casais desde abril de 2010
O Ambulatório de Reprodução Assistida instalado em abril de 2010 pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo no Centro de Referência em DST/Aids, na capital paulista, já atendeu 150 casais, dos quais 31 estão em fase de tentativa de gravidez. Quatro gestações estão em curso no momento.
Parceria com o Centro de Reprodução Assistida (Crase) da Faculdade de Medicina do ABC, o serviço é destinado a casais soropositivos e sorodiscordantes (em que um dos parceiros, normalmente o homem, é soropositivo). Trata-se do primeiro do gênero com atendimento SUS (Sistema Único de Saúde) do Brasil.
O programa permite aos casais reduzirem ao máximo a chance de transmissão vertical ou mesmo de que ocorra infecção entre os parceiros. Na quase totalidade dos serviços de reprodução assistida no Brasil, o fato de ser portador de HIV é um critério de exclusão dos pacientes.
Nos casos de casais em que ambos são soropositivos, é programada inseminação artificial após a aplicação da técnica de lavagem de esperma. No caso em que o homem é soropositivo e a mulher, não, também é feita a inseminação artificial após a lavagem de esperma. Nos casais em que apenas a mulher é soropositiva é realizada a inseminação artificial.
Para Maria Clara Gianna, coordenadora do Programa Estadual DST/Aids-SP, o ambulatório é um direito dos portadores de HIV/aids que querem ser pais.
"As pessoas vivendo com HIV têm direito a uma decisão consciente sobre ter ou não ter filhos, e devem fazê-lo com o máximo de informações possíveis quanto à perspectiva de infecção de seus bebês e parceiros soronegativos no momento da concepção", completa.
O serviço estadual de reprodução assistida para casais soropositivos fica no Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids e atende pacientes de todo o Estado de São Paulo. Funciona todas as sextas-feiras, a partir das 7h. Casais que desejam se inscrever no ambulatório podem ligar para (11) 5087 9889.
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