Levantamento foi feito pela Secretaria de Estado da Saúde no Hospital de Transplantes, na capital
Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde no Hospital de Transplantes do Estado “Dr. Euryclides de Jesus Zerbini”, na capital paulista, mostra que a cada 10 transplantes de fígado, pelo menos um é realizado em paciente com cirrose hepática decorrente de alcoolismo.
O consumo excessivo de álcool desencadeia complicações gradativas, como acúmulo de gordura e a inflamação do fígado. Lentamente, o órgão passa a sofrer lesões e a perder células hepáticas. Nesta etapa, de todos os tratamentos possíveis (medicação, dieta, entre outros procedimentos) o principal é que o doente pare de beber.
“Não existe alguém que seja resistente ao álcool e nem há como prever o tempo esperado até que os malefícios desencadeados pela ingestão apareçam”, destaca o médico coordenador do serviço de hepatologia, Carlos Baía.
A cirrose é a fase final dos danos trazidos pelo álcool. Estima-se que em torno de 15% dos alcoólatras cheguem a esta etapa entre 10 e 15 anos de vício. Os estragos causados pela doença são irreversíveis e comprometem as funções vitais do fígado. É este quadro que leva o paciente a necessitar de um transplante de órgão.
Os pacientes tratados no Hospital de Transplantes também fazem acompanhamento multidisciplinar, envolvendo psicólogos e assistentes sociais. No processo pós-operatório, o apoio psicológico é fundamental para que o paciente transplantado não volte a beber.
“Não abusar de bebidas alcoólicas é fundamental para prevenir o aparecimento e o avanço de doenças hepáticas, cardíacas e também cerebrais”, afirma o especialista.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
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