Sistema informatizado permitirá que todo o histórico de atendimentos esteja disponível e seja acessado em qualquer unidade de saúde
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo lança nesta segunda-feira, 19 de agosto, um modelo de prontuário eletrônico unificado inédito que permitirá acesso imediato ao histórico de atendimentos dos pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS) paulista, de qualquer unidade estadual de saúde.
Com investimentos de R$ 56 milhões por parte do governo do Estado, o programa “S4SP” (Saúde para São Paulo) foi desenvolvido no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, em parceria com a Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo). Ele prevê a completa informatização das unidades estaduais de saúde e, posteriormente, sua integração com as redes municipais, começando pela capital paulista. Com isso os dados dos pacientes ficarão registrados em uma espécie de “nuvem da saúde”.
O sistema, inédito no país, permitirá o armazenamento padronizado de todos os registros de saúde do paciente coletados em hospitais, ambulatórios, laboratórios ou farmácias da Secretaria. Esses dados serão compartilhados para que, sempre que necessário, a unidade de saúde que atender este paciente tenha conhecimento de seu histórico clínico, bem como possa definir, da melhor forma, a adoção de tratamento.
O acesso de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde ao resumo do prontuário do paciente permitirá, ainda, melhor acompanhamento das interações medicamentosas e da alimentação dos pacientes em caso de internação.
Em 2012 o piloto do programa foi testado em 11 unidades de saúde do Estado. Neste ano, a pasta irá implantar o sistema em outros 22 serviços e a expectativa é que até o final de 2014 todas as 57 unidades de saúde da administração direta (hospitais, ambulatórios, laboratórios, farmácias) estejam integrados ao sistema.
Com isso, os pacientes do SUS paulista também poderão ter acesso a seus exames clínicos e laboratoriais pela internet, a exemplo do que hoje é ofertado pela rede particular de laboratórios.
As unidades administradas por Organizações Sociais de Saúde (OSS) deverão ser contempladas em uma nova fase do programa, prevista para 2015.
“O programa traz benefícios a todos. Ao cidadão, por proporcionar melhor acesso e maior agilidade e modernidade à rede hospitalar do Estado. Ao profissional de saúde, com padronização de informações e uma base de dados do paciente. E aos gestores, que poderão melhor planejar a administração, com eficácia e melhores resultados. É uma verdadeira revolução na gestão da saúde pública”, afirma Giovanni Guido Cerri, secretário de Estado da Saúde de São Paulo.
O grande diferencial do novo sistema é operar em “nuvem”, o que resultou em custo zero em hardwares, softwares e equipamentos, como microcomputadores, ou mesmo a montagem de uma rede física de servidores e sistema de segurança e manutenção.
A opção pela Prodesp no desenvolvimento e execução do sistema foi primordial para garantir um sistema de gestão que possa atender desde a assistência hospitalar, sem ferir sua autonomia, e com o fortalecimento da infraestrutura interna.
O projeto foi desenvolvido depois que um levantamento da Secretaria apontou que embora a grande a maioria dos hospitais contasse com sistema informatizado, não havia, por exemplo, o suporte necessário para estas unidades. Assim foi preciso ampliar o foco, integrando dados do atendimento hospitalar, ambulatorial, terapia com medicamentos e até mesmo informações relativas a custos de tratamentos.
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