Objetivo é promover reinserção no mercado de trabalho
Informática, culinária, hotelaria, estética, jardinagem, idiomas. Desde que foi criado, em janeiro deste ano, o projeto de capacitação profissional da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo para pacientes soropositivos e seus familiares já conseguiu encaminhar para cursos profissionalizantes cerca de 60 pessoas.
Os encontros acontecem às segundas e quintas-feiras, das 13h às 15h, ocasião em que assistentes sociais do Centro de Referência e Treinamento em DST/Aids fazem os encaminhamentos de acordo com o perfil do interessado. O serviço social da unidade pesquisa, em jornais e sites especializados, cursos gratuitos com inscrições abertas, para disponibilizar para pacientes e familiares de portadores de HIV/Aids, e pessoas em situação de rua, acompanhados em ambos os locais.
“Há cursos para todos os gostos e talentos. Ao todo mantemos contato com mais de cem entidades. É uma forma de auxiliar a pessoa a retornar ao mercado de trabalho.”, relata Carmen Kobayashi, que trabalha há mais de 10 anos no CRT DST/Aids-SP. Os encaminhamentos para os cursos são realizados respeitando-se a situação, perfil e momento de vida do paciente. “Ele pode buscar formação para montar um negócio próprio ou para retornar ao mercado de trabalho”, explica Carmem.
O projeto é oferecido em parceria com a “Casa de Serviço”, entidade filantrópica que assiste a pessoas em situação de alta vulnerabilidade social. “Identificamos pessoas que se encontram em situação de alta vulnerabilidade social devido ao desemprego e desqualificação profissional. Constatamos que há pessoas que não são alfabetizadas ou são semi-alfabetizadas - sem conclusão do ensino fundamental e médio. A falta de escolarização, aliada à ausência de qualificação, afasta a pessoa dos seus objetivos, deixando-a em exclusão social”, observa Carmen.
Luiza Cerqueira, assistente social do CRT, ressalta que a iniciativa é a ampliação de um trabalho individual iniciado durante atendimento no ambulatório do CRT DST/Aids-SP. “Alguns pacientes que outrora foram encaminhados para cursos profissionalizantes, hoje se encontram empregados”, declara.
Carmem Kobayashi dá alguns exemplos de sucesso: uma usuária, após freqüentar curso de costura reta e overloque, começou a trabalhar em casa (recebendo trabalho das oficinas), onde conseguiu conciliar filhos e renda; outra, após fazer cursos profissionalizantes trabalha atualmente numa grande rede de supermercados. Além dos cursos profissionalizantes, alguns casos ingressaram em universidades, após orientação e encaminhamento social.
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