Helena Sato
Começou uma nova etapa do combate à circulação do vírus Influenza no Estado de São Paulo. Trata-se da campanha de vacinação contra gripe, que estará disponível para cerca de sete milhões de pessoas.
Neste ano, a campanha traz novidades. Além dos idosos a partir de 60 anos, indígenas e dos profissionais de saúde, agora as gestantes e as crianças entre seis meses e menores dois anos de idade poderão receber a vacina, gratuitamente, pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A vacina que imuniza contra a gripe é trivalente, composta por micropartículas de dois vírus do tipo A – entre elas, o H1N1 – e um vírus do tipo B do Influenza.
A vacina da gripe não provoca complicações de saúde. Pelo contrário: estudos apontam que ela é capaz de reduzir em até 70% o fluxo de internações em decorrência a doenças agudas do aparelho respiratório, como a pneumonia.
Para se ter ideia, no ano passado, quando cerca de 20 milhões de pessoas em todo o Estado de São Paulo foram vacinadas contra o vírus H1N1, foram registrados 578 casos de doenças respiratórias agudas graves (Drag) nos hospitais.
Em comparação ao ano de 2009, época em que a OMS (Organização Mundial de Saúde) declarou estado de pandemia mundial, a Secretaria de Estado da Saúde registrou 12.002 casos de Drag. Ou seja, a campanha de vacinação contribuiu para uma queda de 95,1% das complicações respiratórias.
O quadro de pandemia já está controlado e a campanha de vacinação contra a gripe conta, a cada ano, com crescente adesão da população paulista.
Para as gestantes, controlar a exposição à Influenza por meio da vacina equivale a diminuir o risco de complicações respiratórias, que pode acelerar as chances de um parto prematuro, bem como garantir a transferência de imunização ao bebê nos primeiros meses de vida.
Além disso, estudos em centros de referência no Estado de São Paulo apontam que a vacina contra gripe também contribui para a redução de infarto em pacientes cardiopatas.
Por ser produzida em ovos embrionários, a vacina apenas é contraindicada aos que apresentam quadro alérgico grave após a ingestão de ovo. Portanto, mesmo pessoas com quadro de gripe e resfriado ou até em uso de medicamentos como antibióticos podem participar da campanha.
É importante ressaltar que a vacina não provoca, em hipótese nenhuma, gripe nas pessoas imunizadas. Em verdade, algumas pessoas podem confundir os sintomas do resfriado com os da gripe.
A campanha de vacinação contra gripe, realizada em parceria com o Ministério da Saúde e com as prefeituras, vai até o dia 13 de maio em todo o Estado. No próximo sábado, 30 de abril, a Secretaria promoverá o chamado “Dia D”, data em que uma série de ações articuladas será promovida, em prol da conscientização da população, visando garantir maior adesão à campanha.
Participar da Campanha de Vacinação contra Gripe é mais do que se preocupar com a própria saúde. Também é um ato de conscientização. Afinal, ao se imunizar, cada paulista estará contribuindo para reduzir o ciclo de transmissão da doença no Estado.
Helena Sato é diretora de imunização da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo
quarta-feira, 27 de abril de 2011
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