Vírus é disseminado por meio de saliva, espirro ou tosse e registrou aumento de casos em adultos jovens em 2011
Com a chegada do inverno, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo referência em tratamento de doenças infectocontagiosas, alerta para o risco de aumento de casos de caxumba.
Altamente contagiosa, a doença é transmitida pelo vírus Paramyxovirus quando o indivíduo infectado dissemina a doença por meio da saliva, espirro ou tosse.
Em 2011, no Estado de São Paulo, foram registrados pelo Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria 89 casos de caxumba entre junho e setembro, meses mais frios do ano. O número de casos dos demais meses totalizou 75.
A caxumba é caracterizada por febre alta, aumento das glândulas salivares próximas ao ouvido e causa dificuldade para mastigar ou salivar, com inchaço no rosto. Quando os sintomas forem percebidos, deve-se procurar um médico para evitar as complicações mais graves.
Se não tratada corretamente, a caxumba pode provocar quadros mais complicados e causar meningite e surdez. A doença também pode provocar a orquite, que é a inflamação dolorosa nos testículos, ou a ooforite nos ovários, com riscos de causar esterilidade em ambos sexos.
Segundo Ralcyon Teixeira, médico infectologista do Emílio Ribas, o perigo de transmissão é mais iminente quando as pessoas estão mais aglomeradas.
“É no inverno que temos que reforçar o alerta, pois as pessoas costumam ficar mais próximas e em ambientes com janelas e portas fechadas. Por isso é importante tomar medidas preventivas para diminuir a transmissão”, enfatiza.
O tratamento é feito com analgésicos, anti-inflamatórios e repouso. A vacina contra caxumba é parte da tríplice viral, usada para imunizar contra caxumba, sarampo e rubéola e disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde. Deve ser tomada em duas doses: a primeira aos 12 meses de vida e a segunda aos quatro anos de idade.
Além da imunização pela vacina, recomenda-se cobrir a boca ao tossir e espirrar, além de ficar em locais mais arejado, evitando, assim, o contágio da doença.
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