quarta-feira, 25 de julho de 2012

Acidentes em parques de diversões internam 4 por dia em SP

Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde mostra que ao menos uma criança ou adolescente é internada por dia por este motivo

Quatro pessoas são internadas, em média, todos os dias no Estado de São Paulo vítimas de acidentes em playgrounds ou parques de diversões. O dado é da Secretaria de Estado da Saúde, com base nos números de 2011, quando houve 1.641 internações de pessoas que se feriram nesses locais.

Os frequentadores entre 20 e 39 anos são os que mais se acidentaram. Nesta faixa etária foram registradas 584 internações em 2011, o que representa 36% dos casos. Em seguida aparecem adultos entre 40 e 59 anos, com 410 hospitalizações (25%). Entre crianças e adolescentes, com até 19 anos, foram registradas 353 internações (22%), praticamente uma por dia no Estado.

Segundo o supervisor médico do Grupo de Resgate e Atendimento a Urgência (Grau) da Secretaria, Gustavo Feriani, bater no próprio brinquedo ou no mecanismo de proteção, quedas da própria altura ou até a ejeção de um brinquedo podem vitimar adultos nos playgrounds ou parque de diversões.

“Nessas situações, a pessoa está exposta a ocorrência de ferimentos ou até fraturas mais graves em diferentes partes do corpo”, afirma Feriani. Para o especialista, atentar-se ao uso correto do equipamento de proteção dos brinquedos ajuda a evitar acidentes.

Além disso, o médico ainda alerta para a falta de proteção na região da cabeça, sugerindo que, para alguns brinquedos, administradores de parques poderiam adotar, como prevenção, capacetes protetores.

Com relação aos acidentes infantis, Feriani ressalta, especialmente, os perigos da cadeira de balanço. Caso o corpo seja projetado para trás, a criança fica exposta a fraturas da coluna e da região posterior da cabeça. Se for ejetada para frente, são mais frequentes as fraturas e ferimentos no punho, mão, braço, face e cabeça.

Para o supervisor médico, o escorregador também é considerado um local de risco para acidentes com crianças, com quedas de alturas superiores a 1,5m, o que pode provocar múltiplas fraturas, além do rompimento de vísceras, do baço e dos vasos do intestino.

“A melhor recomendação é que um adulto sempre acompanhe as crianças quando estiverem brincando num playground, uma vez que elas não têm noção do perigo e do limite”, avisa Feriani.

Feriani alerta, ainda, para a importância de se manter a vacinação em dia. “Como alguns brinquedos podem não apresentar boa conservação, e terem pontos de ferrugem, essa atitude é essencial para imunizar o paciente contra o tétano”, finaliza.

Das 1.641 internações registradas no ano passado, 76% foram na região de Campinas (1.241). Na sequência está a Grande São Paulo, com 269 hospitalizações (16%).

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