Queda no número de doadores é de 5% neste ano em comparação a 2010, quando houve recorde histórico, mas número é maior que 2009
Após registrar recorde histórico em 2010, o número de doadores de órgãos teve ligeira queda de 5% no Estado de São Paulo neste ano. É o que aponta balanço da Secretaria de Estado da Saúde com base nos dados da Central de Transplantes.
De janeiro a 15 de setembro houve 603 doações, contra 635 no mesmo período de 2010. O número, no entanto, é 23% superior aos 490 doadores computados entre janeiro e 15 de setembro de 2009.
O total de transplantes realizados no Estado caiu 7,3% até 15 de setembro, ficando em 1.624, contra 1.505 no mesmo período de 2010. Em 2009, até a metade de setembro, foram 1.376 cirurgias.
Apesar da queda, a taxa média de doadores paulistas por milhão de população neste ano, de 19,5, é superior a de países como a Argentina (14,3), cuja população estimada é semelhante ao Estado de São Paulo.
Houve neste ano, até 15 de setembro, 49 transplantes de coração, 89 de pâncreas, 1.004 de rim, 420 de fígado e 21 de pulmão. Os dados não computam transplantes intervivos.
“É fundamental que as pessoas informem expressamente seus familiares sobre o desejo de doar seus órgãos, pois em caso de morte somente a família pode autorizar a doação. Um doador beneficia, em média, três pacientes, podendo chegar a sete”, afirma Luiz Augusto Pereira, coordenador da Central de Transplantes da Secretaria.
Segundo o balanço da pasta, dos 10 Spots (Serviços de Procura de Órgãos e Tecidos) existentes no Estado, o Hospital São Paulo, da Unifesp, lidera em números absolutos a captação de órgãos para transplantes no Estado, com 125 doadores viáveis neste ano, seguido pelo serviço da Santa Casa de São Paulo, com 120. Cada Spot é responsável pela captação de doadores em determinado grupo de hospitais.
No interior paulista, o Spot da Unicamp lidera a captação neste ano, com 45 doadores viáveis, seguido pelo serviço do Hospital das Clínicas de Botucatu, com 27.
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