terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Hospitais de SP expandem ações de preservação ambiental

Medidas inovadoras são incentivadas nos serviços de saúde com prêmio ‘Amigo do Meio Ambiente’, da Secretaria de Estado da Saúde


A preocupação com o meio ambiente está mobilizando cada vez mais os hospitais públicos estaduais de São Paulo, que nos últimos anos vêm expandindo suas iniciativas de sustentabilidade. Para incentivar as ações, a Secretaria de Estado da Saúde criou o prêmio “Amigo do Meio Ambiente”, concedido no final de 2010 a 26 projetos implantados pelos serviços de saúde.


No Hospital das Clínicas da FMUSP, por exemplo, uma ação simples une sustentabilidade e solidariedade, além de envolver pacientes e funcionários rumo ao mesmo objetivo. Durante a Semana do Meio Ambiente, em 2010, o hospital implantou um posto para descarte de chapas de radiografias antigas. O material contém o metal prata, nocivo ao meio ambiente. Houve a coleta de mais de 1,5 tonelada, que foi repassada ao Fundo Social de Solidariedade do Estado, para venda e reciclagem.


O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto não ficou atrás e decidiu erradicar a utilização de mercúrio líquido, meta alcançada há dois meses. Todos os medidores de pressão e termômetros, que continham o metal, foram substituídos por outros digitais, mais precisos, modernos e ecologicamente corretos. Os antigos foram descartados por uma empresa especializada, dentro das normas.


Os sacos plásticos foram o alvo o Hospital de Transplantes do Estado "Dr. Euryclides de Jesus Zerbini " (antigo Hospital Brigadeiro), na capital. Em 2010 a unidade iniciou projeto que vai eliminar os saquinhos utilizados para embalar os talheres do refeitório da unidade. Em um ano, a medida deve economizar cerca de 10 mil m² de plástico, número equivalente a quase um campo inteiro de futebol.


No Hospital Geral de Pirajussara, em Taboão da Serra, frascos plásticos de soro e de vidro, que contêm materiais para exame de contraste, são coletados e vendidos para uma empresa especializada em reciclagem. A verba é revertida em melhorias para o hospital e novos programas voltados ao meio-ambiente. Os frascos de vidro são repassados para os voluntários da unidade que utilizam em trabalhos manuais e artesanato com a comunidade e pacientes da psiquiatria. Ao todo, já foi captada 1,8 tonelada de materiais.


A economia de alimentos foi um dos temas do Hospital Estadual de Vila Alpina, na zona leste, no projeto “Cardápio Sustentável”. Foi realizada em outubro uma medição do que é desperdiçado e o resultado foi de surpreendentes 20% a 25%. A campanha já começou e a meta é baixar o desperdício a 10%, no máximo. Caso atinjam o objetivo, os funcionários terão direito de um a dois dias de cardápio especial. Atualmente são oferecidos 400 almoços, 80 jantares e 170 ceias.


A preocupação do Hospital Geral de Pedreira, na zona sul, também é o desperdício, mas o da água. Para isso, o hospital implantou um sistema de reuso de água. O objetivo é usar água não potável nas descargas sanitárias, lavagem de pátios e outras atividades. Foi construído prédio anexo com 2.500 m² de área, com tubulação das caixas d’água independentes para a implantação do projeto.


É fundamental inserir as ações de sustentabilidade nas instituições públicas de saúde, locais de alta concentração de pessoas, movimentação de grande quantidade de materiais e consumo elevado de água. Por isso incentivamos que nossas unidades utilizem os recursos naturais de forma racional, adotem políticas para banir o uso de substâncias nocivas ao meio ambiente e estimulem a destinação de materiais para reciclagem”, afirma Ricardo Tardelli, coordenador estadual de Saúde.


Secretaria de Estado da Saúde


Assessoria de Imprensa

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