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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

'Casa móvel' mostra cuidados para evitar acidentes domésticos

Projeto tem como objetivo reduzir o número de acidentes dentro de casa e a gravidade dos casos

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo lança nesta quinta-feira, 14 de fevereiro, a casa móvel da “Casa + Segura”. O projeto, parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB), tem como objetivo reduzir o número de acidentes domésticos.

A pasta investiu R$ 400 mil para a implantação da carreta e na confecção de materiais de orientação. A carreta vai ficar instalada no Parque do Ibirapuera em São Paulo e a população poderá interagir com ambientes que simulam os perigos encontrados em uma residência.

“Esse tipo de ocorrência vitima especialmente os extremos da idade: crianças e idosos. Muitos cuidados básicos podem evitar problemas importantes. Por exemplo, um tropeção em um tapete mal posicionado, cabos de panelas voltados para fora no fogão, escadas mal iluminadas, brinquedos espalhados.”, alerta Florentino Cardoso, presidente da AMB.

Na Casa + Segura, os instrutores irão acompanhar os visitantes, informando sobre dicas de prevenção e no bem-estar. Duas carretas foram unidas com área total de 38 m² e sete cômodos foram transformados para mostrar como pequenos descuidos podem provocar graves acidentes.

O projeto ficará instalado até 28 de fevereiro na Arena de Eventos (Portão 10 do Parque do Ibirapuera), das 8h às 18h. A entrada é gratuita. As pessoas que visitarem o local receberão uma cartilha com informações sobre segurança e prevenção.

Uma pesquisa realizada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde aponta que os acidentes são a principal causa externa de morte entre crianças de 1 a 14 anos, representando quase 40% dos óbitos.

Quedas, queimaduras e intoxicações acidentais também são os maiores responsáveis pelas internações entre jovens entre 10 e 14 anos, com 38% dos atendimentos.

"É difícil imaginar que, apesar de todos os avanços alcançados pela medicina e pela saúde pública nos últimos anos, muitas pessoas ainda morram por causas completamente evitáveis. Por isso a iniciativa da Casa + Segura é tão importante. Pequenos cuidados e medidas simples resolveriam grande parte deste problema", afirma José Manoel de Camargo Teixeira, secretário de Estado da Saúde em exercício.

Você sabia?
- Você sabia que as queimaduras, que ocorrem principalmente em acidentes envolvendo produtos de limpeza (álcool, cloro) e utensílios domésticos (panelas), atingem, em 44% das ocorrências, a cabeça, e suas principais vítimas são adultos na faixa entre 20 e 30 anos?

- Você sabia que no Brasil, somente em 2007, foram internadas, vítimas de lesões decorrentes de acidentes domésticos, 55.499 crianças com idade entre zero e nove anos?

- Você sabia que os medicamentos são responsáveis por aproximadamente 43% dos casos de lesões na pele ou urticária, atingindo principalmente adultos entre 21 e 40 anos? Siga as instruções de seu médico ao usar qualquer medicamento e leia a bula.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Hospital estadual 'pega no pé' para transplantado tomar remédio direito em casa

Aulas particulares, material didático e telefonemas para a residência do paciente ajudam na adesão ao tratamento após a alta hospitalar

O Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, unidade especializada da Secretaria de Estado da Saúde na capital paulista, elaborou programa de alta individualizada para auxiliar os pacientes que passaram por transplantes de órgãos a cumprirem um dos maiores desafios após a alta hospitalar: a adesão ao tratamento com remédios.

Para garantir que o corpo não rejeite o novo órgão são necessárias doses diárias de medicamentos, os chamados imunossupressores, que podem chegar a 30 unidades diferentes, entre pílulas, comprimidos e soluções. Os pacientes devem respeitar rigorosamente a dosagem e os horários prescritos pelo médico.

O processo de alta hospitalar individual é realizado por farmacêuticos do hospital, acompanhados por especialistas clínicos, que utilizam material didático e personalizado para orientar – e convencer - o usuário e seus acompanhantes a seguir o tratamento em casa.

Durante cerca de quarenta minutos, eles participam de uma “aula particular”, em que recebem informações detalhadas sobre cada medicamento prescrito, suas doses e horários corretos, a forma ideal de manipulá-los e os locais e condições de armazenamento. Também conhecem as indicações, os riscos de interações medicamentosas e os possíveis efeitos colaterais destes remédios para que possam ficar atentos a qualquer mudança física.

Ainda com o objetivo de fortalecer a adesão aos medicamentos, além de aumentar a sensação de acolhimento e segurança nos usuários, os farmacêuticos responsáveis pela alta hospitalar fazem contatos telefônicos com seus pacientes após 5, 15 e 30 dias de sua volta para casa.

Estima-se que 20% a 30% dos pacientes não utilizem os medicamentos da maneira correta, trocando doses e horários ou desistindo do tratamento. Esta atitude pode agravar o quadro clínico, favorecer o aparecimento de novas doenças e aumentar a necessidade de reinternação.

“Quando falamos de pacientes transplantados, no entanto, um erro de medicação chega a custar uma vida. É fundamental oferecer educação a este grupo de usuários, além de coragem e apoio para que eles lutem por sua saúde. É nosso papel persuadi-los a manter o tratamento pelo resto de suas vidas”, ressalta o gerente de farmácia Gabor Amon.

Segurança

O Hospital de Transplantes também implantou o sistema “Dose Unitária” na farmácia com o objetivo de evitar erros de medicação envolvendo os pacientes internados. Uma equipe especializada fica responsável pelo preparo de medicamentos e identifica cada uma destas doses únicas com etiquetas personalizadas, referentes aos usuários que vão receber os remédios. Este controle assegura que o paciente receba exatamente o que foi prescrito pelo médico.