Doenças respiratórias infecciosas e inflamatórias são comuns nesta época do ano, é importante estar atento aos sintomas, não se automedicar e procurar um serviço de saúde
O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, referência nacional no tratamento de doenças infecciosas, faz um alerta para o aumento de gripes, resfriados e alergias durante o outono.
A baixa umidade do ar somada às diversas alterações de temperatura durante o dia e aglomerações de pessoas em ambientes fechados facilitam o contágio por vírus, aumentam o número de casos de inflamações das vias respiratórias e alergias, agravos comuns nesta época do ano.
Segundo o infectologista Ralcyon Teixeira, do Instituto Emílio Ribas, é muito comum as pessoas confundirem gripes com resfriados, mas apesar de ambas apresentarem sintomas semelhantes são provocados por vírus distintos e devem receber o diagnóstico e tratamentos adequados.
“O resfriado tem sintomas mais leves, como corisa e leves dores no corpo. O vírus do resfriado permanece no organismo por no máximo três dias. Já a gripe exige mais atenção, pois ela aparece de maneira mais agressiva e prolongada, manifestando-se por febre, fortes dores no corpo, tosse seca e falta de ar. Neste caso, o ideal é procurar ajuda médica”, esclarece Ralcyon.
As doenças respiratórias mais frequentes no outono, como a asma brônquica e as alergias também devem ser observadas e distinguidas de maneira correta. A asma brônquica, popularmente conhecida como bronquite, doença pulmonar que provoca chiados e dificuldades para respirar, é incidente no outono e em temperaturas frias, bem como em exposição à poluição, fumaça e pólen. Esse problema pode se tornar extremamente grave caso não seja acompanhado e tratado desde os primeiros sintomas.
Já as alergias mais comuns nesta época do ano são as rinites e as sinusites, inflamações das vias respiratórias provocada pelas variações climáticas bruscas e o contato com o pó e poluentes. “As pessoas que sofrem tanto pela bronquite como pela rinite devem estar atentas ao retirar roupas guardadas há muito tempo no armário, pois elas podem reter pó e odores nocivos para as alergias”, orienta o doutor Ralcyon.
O infectologista salienta, ainda, a importância de beber bastante água e se ater aos sintomas. “É muito importante observar os primeiros sintomas e procurar auxílio profissional imediato para evitar que um simples resfriado possa se tornar uma pneumonia ou algo mais grave”, diz Ralcyon lembrando que a automedicação deve ser evitada.
Entenda os vírus
Os quatro principais vírus que circulam no outono são: influenza, sincicial, rinovírus e adenovírus. O pneumologista Fábio Muchão, do AME Heliópolis, explica que a influenza pode ser contraída por pessoas de todas as idades, mas é potencialmente mais perigosa em crianças, idosos e doentes crônicos.
“Os sintomas mais comuns são dor de garganta, musculares e de cabeça, tosse, febre entre outros”, explica Muchão.
Outro vírus que oferece risco maior para o público infantil é o sincicial, principal causador das bronquiolites, que provoca as crises de chiado em bebês. Já o rinovírus é responsável pelos resfriados comuns nessa época. O adenovírus possui sintomas semelhantes aos problemas gripais, porém, com quadro respiratório mais amplo, além de sintomas gastrointestinais, febre prolongada entre outros. Procurar ajuda médica é sempre recomendado diante de qualquer sintoma prolongado.
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