terça-feira, 24 de setembro de 2013
Instituto Butantan ganha mais moderno prédio de coleções zoológicas da América Latina
Com modernas ferramentas de prevenção de incêndios, novo prédio abrigará acervo de herpetologia da instituição; edificação antiga pegou fogo em 2010
O Instituto Butantan, unidade da Secretaria de Estado da Saúde, na capital paulista, ganha nesta terça-feira, 24 de setembro, o mais moderno e seguro prédio de coleções zoológicas da América Latina. O novo local irá abrigar um acervo com espécies de répteis, anfíbios, aracnídeos e insetos. O antigo edifício que abrigava as coleções pegou fogo em 2010.
Com dois andares, o novo prédio do Butantan conta uma área total de 1.600m². A parte que abrigará as coleções foi dividida em sete salas. Cinco com 50m², das quais quatro para a coleção de herpetologia e uma para a coleção de artrópodes, e duas de 20m², das quais uma para a coleção de insetos e uma para a coleção de banco de tecidos.
Há melhor distribuição e organização dos espaços, separando escritórios, laboratórios e demais alas administrativas da área onde as coleções serão acomodadas.
Um dos grandes diferenciais do prédio, que recebeu investimentos de R$ 5,5 milhões da Secretaria de Estado da Saúde para obras e compra de equipamentos, é o moderno sistema de segurança para prevenção de incêndios.
O local conta com um sistema de eliminação de incêndios através do gás FM 2.000, que absorve o calor e reduz o fogo a uma temperatura ao ponto que ela não consegue se sustentar. O gás suspende o fogo em até 10 segundos, além de ser ambientalmente aceito e não prejudicial ao ser humano e ao acervo, não deixando resíduos e resinas nos materiais.
O novo prédio também conta com um sistema de escoamento de álcool e demais líquidos, levando-os em questão de minutos para uma caixa subterrânea, externa ao prédio. Além disso, conta com hidrantes de espumas, extintores portáteis e luminárias blindadas, a fim de evitar explosões por faíscas.
“O projeto procurou atender as demandas dos curadores, criando um espaço exclusivo para abrigar as coleções. O novo prédio, extremamente moderno e com alto nível de segurança, oferece as condições ideais de trabalho aos pesquisadores da instituição”, afirma o diretor do Instituto Butantan, Jorge Kalil.
“O Butantan está ganhando um prédio à altura da sua importância como um dos maiores centros de pesquisa biológica e biomédica do mundo”, afirma o secretário de Estado da Saúde, David Uip.
Tecnologia de ponta em genética
Outra novidade do prédio é a instalação de um laboratório que permitirá que os cientistas façam análises genéticas das coleções. A partir de modernos aparelhos de biologia molecular e sequenciamento genético, os profissionais do Butantan poderão fazer a extração do DNA dos animais antes de guarda-los nos bancos de tecidos e, posteriormente, depositá-los nas coleções. Este processo é um avanço nas pesquisas zoológicas, pois reúne em um mesmo local todas as etapas de um rastreamento perfeito de um animal de coleção.
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Homens que implantam prótese peniana fazem sucesso com suas parceiras
82% das mulheres entrevistadas em estudo inédito do ‘Hospital do Homem’ se disseram satisfeitas; índice foi inclusive maior que o dos homens que passaram pelo procedimento
Levantamento inédito realizado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo gerenciada em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), na capital paulista, apontou que 82% das parceiras dos homens com implante peniano estão satisfeitas sexualmente com o resultado das próteses. A satisfação masculina com a prótese alcançou 75% de aprovação.
A pesquisa foi realizada ao longo de dois anos e quatro meses, com depoimentos de 99 pacientes tratados no hospital estadual e que se submeteram ao procedimento, como opção de tratamento, devido disfunção erétil por causas orgânicas. Os implantes são realizados gratuitamente para os pacientes.
Esta é a primeira pesquisa nacional de satisfação com o implante de prótese do tipo semirrígida. A análise dos dados também verificou que os níveis de infecção para este tipo de procedimento foram bem abaixo do que é previsto na literatura médica, cerca de 3%, sendo que se espera entre 5 a 7%. O Centro de Referência em Saúde do Homem é uma unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo gerenciada pela SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).
Além do alto índice de aprovação feminina, 66% dos homens afirmaram estarem satisfeitos com o tamanho do pênis com a prótese. Os urologistas explicam que o percentual é positivo e que está dentro da expectativa para este tipo de implante.
“A pesquisa trouxe dados formidáveis do trabalho altamente especializado oferecido pelo nosso centro. Os resultados são satisfatórios não só para o homem e sua parceira, como também para toda equipe empenhada em oferecer o que há de mais atual no campo do tratamento da disfunção erétil”, afirma o coordenador do ambulatório de disfunção erétil, o urologista Alcides Mosconi.
Questionadas sobre a satisfação sexual antes da cirurgia, 56,25% das mulheres responderam estar insatisfeitas. A pesquisa também avaliou se recomendariam o tratamento para outros pacientes. Do total de entrevistados, 92% dos homens responderam que sim e 87,5% das mulheres também endossaram a recomendação.
Neste grupo de pacientes com implante peniano, foram entrevistados homens com idade mínima de 45 anos e máxima de 83 anos. Muitos tinham doenças associadas como cardiopatias e diabetes, além de pacientes que sofreram a retirada da próstata em razão do câncer.
O implante peniano é uma opção de tratamento para homens que sofrem de disfunção erétil grave. É uma forma definitiva, que substitui o mecanismo natural de ereção por uma prótese artificial que promove ereção.
O implante faz com que o homem volte a manter relações sexuais com ejaculação e orgasmos normais.
No Centro de Referência em Saúde do Homem, é utilizado implante de prótese do tipo semirrígida, que permite colocá-la em qualquer posição enquanto mantém uma ereção suficiente para a relação sexual. O implante peniano é uma opção para os casos graves, pois elimina os gastos com medicamentos orais, ou injetáveis, além de oferecer uma ereção duradoura, sendo uma solução a longo prazo. A cirurgia de implante peniano é irreversível, pois destrói os tecidos cavernosos do membro.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Sapato inadequado aumenta risco de queda em idosos
Calçado também é responsável por mais de 50% dos casos de ulcerações nos pés do Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas, afirma especialista
O Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, maior complexo hospitalar da América Latina, ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, alerta para o perigo do uso de calçados inadequados por idosos.
O uso de chinelos, andar descalço ou com meias contribuem diretamente para as quedas em pessoas com idade mais avançada. “O idoso, naturalmente, tem pés com deformidades. Isso o leva a usar calçados mais confortáveis, elevando a chance de cair”, diz o ortopedista Marcos Hideyo Sakaki, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC.
Além do desgaste natural, pacientes que sofrem de doença de sensibilidade dos pés, por causa da diabetes, podem desenvolver úlceras nos pés, dependendo do tipo de sapato. “No Instituto de Ortopedia, mais de 50% das ulcerações nestes pacientes poderiam ser evitadas se usassem o calçado adequado preventivamente”, alerta Sakaki.
Segundo o especialista, calçados com salto maior que dois centímetros e com solados que não aderem ao solo – lisos –, não são recomendados. O uso de saltos aumenta duas vezes o risco de queda em relação ao tênis. Andar descalço ou com meias eleva em 11 vezes esta probabilidade.
Para prevenir ulcerações nos pés e quedas, o ideal é que o solado seja antiderrapante e rígido, de preferência com sola de borracha espessa. É preciso que tenha amarração ou velcro, caso o idoso não consiga amarrar cadarço. O salto deve ter recortes na sola (chanfrado) e a base deve ser larga. Quanto mais estreito o sapato, menor a estabilidade dos pés.
Internações
Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que, em média, três idosos são internados por hora em hospitais públicos do Estado de São Paulo vítima de quedas.
Em 2012 houve 27.817 internações de pessoas com 60 anos ou mais em serviços hospitalares do SUS (Sistema Único de Saúde), causadas por queda. Do total, 60% das internações foram de mulheres com mais de 60 anos.
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Mogi das Cruzes terá 80 leitos para tratar dependentes químicos
Secretaria entregou os primeiros 20 nesta terça-feira em hospital estadual do Alto Tietê, voltados para mulheres e grávidas; número de vagas dobrou no Estado desde 2011
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo entregou nesta terça-feira, dia 17 de setembro, 20 leitos de um total de 80 destinados exclusivamente ao tratamento de dependentes químicos no Centro Especializado em Reabilitação Arnaldo Pezzuti Cavalcanti, no município de Mogi das Cruzes.
A previsão é que, no primeiro bimestre de 2014, sejam iniciadas as obras para a implantação mais 60 leitos especializados na unidade, que se tornará referência no tratamento de dependentes de drogas para os onze municípios que compõem a região do Alto Tietê. O investimento previsto é de R$ 23 milhões.
Voltado ao tratamento de mulheres e grávidas com dependência, os 20 primeiros leitos do Arnaldo Pezzuti serão custeados integralmente pelo governo estadual, por meio de repasse anual de R$ 2,5 milhões.
Além do atendimento clínico, as pacientes internadas também receberão acompanhamento com uma equipe multiprofissional, formada por psicólogos, assistentes sociais, ginecologistas, odontologistas, entre outros.
As internações para desintoxicação e tratamento no hospital serão realizadas mediante encaminhamento feito pelos municípios. O período de internação varia conforme o caso e é determinado pela equipe médica do paciente.
Desde 2011 a Secretaria entregou 562 novos leitos de enfermaria para atender aos dependentes de drogas nos casos em que há indicação clínica de internação, totalizando 1.044 vagas custeadas pelo tesouro estadual. Até o próximo ano o número de leitos deverá ultrapassar os 1,3 mil em todo o Estado.
Além dos leitos para tratamento de dependentes químicos, o hospital Arnaldo Pezzuti passará a contar com uma área um pronto-atendimento geral, aberto 24 horas à população e de referência para casos de baixa e média complexidades. Quando estiver operando em sua capacidade máxima, a unidade poderá realizar até 18 mil atendimentos por ano.
“O enfrentamento da dependência química é uma prioridade para o governo de São Paulo, que vem investindo fortemente na ampliação da rede de assistência aos usuários de crack no Estado”, diz o secretário de Estado da Saúde, David Uip.
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Simpósio marca 30 anos de combate à Aids no Estado de SP
Evento acontecerá entre os dias 29, 30 e 31 de outubro; inscrições já estão abertas
Para marcar os 30 anos do Programa Estadual DST/Aids de São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde promoverá um simpósio que discutirá a evolução do combate e do tratamento da Aids no Estado.
O evento acontecerá entre os dias 29, 30 e 31 de outubro, no Centro de Convenções Rebouças, na zona oeste da capital. Contará com as participações de palestrantes nacionais e internacionais e discussões de assuntos a exemplo crack e HIV, vulnerabilidade e saúde integral de travestis e transexuais, envelhecimento e necessidades especiais de pessoas com HIV/Aids, entre outros.
As inscrições para o simpósio, que deverá reunir 600 pessoas e será voltado, em especial, para profissionais da área da saúde, já estão abertas e seguem até o dia 21 de outubro.
Haverá, ainda, uma mostra audiovisual interativa sobre combate à Aids, com imagens a serem encaminhadas por instituições não-governamentais e interlocutores municipais e regionais do setor que participaram de ações nesses 30 anos. Inscrições para o evento e informações sobre envio de imagens estão no site http://www.saude.sp.gov.br/centro-de-referencia-e-treinamento-dstaids-sp/
“Promoveremos um grande encontro com especialistas renomados, para discutir as ações do passado e do presente e, assim, lançar novas perspectivas de saúde pública no setor”, afirma a coordenadora do CRT DST/Aids, Maria Clara Gianna.
O Programa Estadual de Combate à Aids serviu como modelo para o programa nacional e virou exemplo para a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Evento “30 anos do Programa Estadual de AIDS de São Paulo”
Data: 29, 30 e 31 de outubro
Local: Centro de Convenções Rebouças – Avenida Rebouças, 600 – Jardim Paulista
Inscrições e informações: até o dia 21 de outubro, no site http://www.saude.sp.gov.br/centro-de-referencia-e-treinamento-dstaids-sp/
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Imprudência é causa de 9 a cada 10 acidentes com moto em SP
Culpa divide-se igualmente entre os motoristas e os condutores de outros veículos, mostra levantamento coordenado pelo Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas
Pesquisa coordenada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, maior complexo hospitalar da América Latina, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, apontou que 88% dos acidentes envolvendo motos na capital paulista acontecem por imprudência.
Em 49% dos casos a culpa é do motociclista e, em 51%, pelo condutor de outro veículo. “A culpa divide-se igualmente entre motociclistas e motoristas”, diz a responsável pelo estudo, Júlia Greve, médica do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC.
Durante três meses, num regime de 24 horas, feitos em dias alternados, foram coletados dados das vítimas em unidades hospitalares da zona oeste da cidade de São Paulo e no local do acidente.
Em 71% dos acidentes os condutores de moto excederam o limite de velocidade. A maior parte dos acidentes, 94%, aconteceram com pista seca; 67% durante o dia.
Segundo Júlia Greve, o comportamento do motociclista e do motorista é o principal fator dos acidentes. “Há um despreparo dos condutores para direção veicular em ambiente congestionado das grandes cidades”, diz.
A coleta hospitalar foi feita com motociclistas atendidos no Pronto-Socorro Municipal Bandeirantes (Dr. Caetano Virgílio Neto), no Pronto Socorro da Lapa, no Hospital Universitário (HU) da USP, e no Hospital das Clínicas. No local , foram coletados dados de todos os acidentes ocorridos na Zona Oeste notificados pela equipe de plantão.
O projeto contou com a participação de vários departamentos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e de órgãos públicos e privados, como Companhia de Engenharia de Tráfico (CET), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, além do apoio da Abraciclo (Associação Brasileira de Ciclomotores).
“Este estudo teve como principal objetivo avaliar os fatores associados com os acidentes de trânsito com motocicletas em relação: à vítima, à via, ao veículo, e à inter-relação das causas”, diz a coordenadora da pesquisa Júlia Greve.
Principais dados da pesquisa:
1. Identificação da vítima
• Gênero: 92% eram homens
• Idade média : 29,7
• Escolaridade: 58% ensino médio completo ou incompleto; 20% superior completo
• 62% tem renda de 1 a 3 salários mínimos.
• 73% usam a motocicleta para transporte e 23% para o trabalho
• 55% sofreram acidentes anteriores e 18% internações anteriores pelo acidente
2. Diagnóstico e Desfecho
• 44% tiveram lesões consideradas graves.
• 17% tiveram fraturas de membros inferiores e 12% tiveram fraturas de membros superiores, 9% tiveram politraumatismos e 5% tiveram trauma crânio- encefálico
• 67% das vítimas sem habilitação tiveram lesões graves e 43% das com habilitação foram graves.
• 28% (93 vítimas) dos casos foram internados, sete pacientes morreram (2%) e 56% tiveram alta.
3. Habilitação e treinamento
• 23% das vítimas não tinham habilitação para dirigir motocicleta e 33 % a tinham há menos de quatro anos
• 75% das vítimas sem habilitação tinham menos que 32 anos
• 67% das vítimas aprenderam a pilotar sozinho.
• 45% tinham motocicleta há menos de dois anos
• 31% dos condutores tinham curso de direção defensiva
4. Equipamentos de segurança
• 90,2% das vítimas usavam capacete
• Apenas 17,8 % usavam capacete, bota e jaqueta.
• 31% dos motofretistas e 14% dos motociclistas estavam usando capacete, bota e jaqueta.
5. Motofretista x Motociclista
• 23% das vítimas eram motofretistas.
• Os motofretistas dirigem em (média) oito horas por dia e os motociclistas duas horas.
6. Uso de álcool e drogas
• 21,3% dos acidentados tiveram dosagem positiva para álcool/ droga em, pelo menos, uma amostra biológica.
• 7,1% (22 vítimas) tinham usado álcool e 14,2 (44%), outras drogas.
• Depois do álcool, a cocaína foi a droga mais encontrada.
• 3,6 % com alcoolemia positiva (com valores até três vezes acima de 0,6g/l).
Pesquisa coordenada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, maior complexo hospitalar da América Latina, ligado à Secretaria de Estado da Saúde, apontou que 88% dos acidentes envolvendo motos na capital paulista acontecem por imprudência.
Em 49% dos casos a culpa é do motociclista e, em 51%, pelo condutor de outro veículo. “A culpa divide-se igualmente entre motociclistas e motoristas”, diz a responsável pelo estudo, Júlia Greve, médica do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC.
Durante três meses, num regime de 24 horas, feitos em dias alternados, foram coletados dados das vítimas em unidades hospitalares da zona oeste da cidade de São Paulo e no local do acidente.
Em 71% dos acidentes os condutores de moto excederam o limite de velocidade. A maior parte dos acidentes, 94%, aconteceram com pista seca; 67% durante o dia.
Segundo Júlia Greve, o comportamento do motociclista e do motorista é o principal fator dos acidentes. “Há um despreparo dos condutores para direção veicular em ambiente congestionado das grandes cidades”, diz.
A coleta hospitalar foi feita com motociclistas atendidos no Pronto-Socorro Municipal Bandeirantes (Dr. Caetano Virgílio Neto), no Pronto Socorro da Lapa, no Hospital Universitário (HU) da USP, e no Hospital das Clínicas. No local , foram coletados dados de todos os acidentes ocorridos na Zona Oeste notificados pela equipe de plantão.
O projeto contou com a participação de vários departamentos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e de órgãos públicos e privados, como Companhia de Engenharia de Tráfico (CET), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, além do apoio da Abraciclo (Associação Brasileira de Ciclomotores).
“Este estudo teve como principal objetivo avaliar os fatores associados com os acidentes de trânsito com motocicletas em relação: à vítima, à via, ao veículo, e à inter-relação das causas”, diz a coordenadora da pesquisa Júlia Greve.
Principais dados da pesquisa:
1. Identificação da vítima
• Gênero: 92% eram homens
• Idade média : 29,7
• Escolaridade: 58% ensino médio completo ou incompleto; 20% superior completo
• 62% tem renda de 1 a 3 salários mínimos.
• 73% usam a motocicleta para transporte e 23% para o trabalho
• 55% sofreram acidentes anteriores e 18% internações anteriores pelo acidente
2. Diagnóstico e Desfecho
• 44% tiveram lesões consideradas graves.
• 17% tiveram fraturas de membros inferiores e 12% tiveram fraturas de membros superiores, 9% tiveram politraumatismos e 5% tiveram trauma crânio- encefálico
• 67% das vítimas sem habilitação tiveram lesões graves e 43% das com habilitação foram graves.
• 28% (93 vítimas) dos casos foram internados, sete pacientes morreram (2%) e 56% tiveram alta.
3. Habilitação e treinamento
• 23% das vítimas não tinham habilitação para dirigir motocicleta e 33 % a tinham há menos de quatro anos
• 75% das vítimas sem habilitação tinham menos que 32 anos
• 67% das vítimas aprenderam a pilotar sozinho.
• 45% tinham motocicleta há menos de dois anos
• 31% dos condutores tinham curso de direção defensiva
4. Equipamentos de segurança
• 90,2% das vítimas usavam capacete
• Apenas 17,8 % usavam capacete, bota e jaqueta.
• 31% dos motofretistas e 14% dos motociclistas estavam usando capacete, bota e jaqueta.
5. Motofretista x Motociclista
• 23% das vítimas eram motofretistas.
• Os motofretistas dirigem em (média) oito horas por dia e os motociclistas duas horas.
6. Uso de álcool e drogas
• 21,3% dos acidentados tiveram dosagem positiva para álcool/ droga em, pelo menos, uma amostra biológica.
• 7,1% (22 vítimas) tinham usado álcool e 14,2 (44%), outras drogas.
• Depois do álcool, a cocaína foi a droga mais encontrada.
• 3,6 % com alcoolemia positiva (com valores até três vezes acima de 0,6g/l).
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terça-feira, 10 de setembro de 2013
Cachorrada 'invade' hospital e faz alegria de crianças com câncer
Terapia com animais no hospital estadual Darcy Vargas incentiva recuperação mais rápida e garante diversão para adultos e crianças
A rotina do hospital estadual Darcy Vargas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde especializada em assistência pediátrica, na zona sul da capital, muda todas as quartas-feiras. É quando cães das raças Basset, Shih Tzu, Golden Retriever e os tradicionais vira-latas percorrem saltitantes pelos corredores, fazendo a alegria das crianças internadas, parte delas em tratamentos contra o câncer, e dos familiares delas.
Paraná, Namour, Fred, Jolly, Chica, Daphnie, Raul e Lolla são do projeto Patas Therapeutas e fazem parte da Terapia Assistida por Animais. Das 14h às 16h, brincam com as crianças, proporcionando momentos de descontração e felicidade e, com isso, ajudando os pacientes a enfrentar o período de internação com mais disposição.
As atividades são elaboradas para promover a melhora da saúde física, social, emocional e funcionamento cognitivo (pensamento e habilidades intelectuais) dos pacientes. Mensalmente o hospital infantil realiza cerca de 250 internações.
Os cães percorrem os setores de oncologia, nefrologia, hematologia e a clínica geral, acompanhados de voluntários. Mesmo não existindo contraindicação para a terapia, exceto para casos de pacientes em isolamento, os cães passam um rigoroso protocolo de treinamento de comportamento e de saúde animal. São selecionados cães afetivos, que gostem de outras pessoas e de animais, com adestramento básico, higiene, vermífugos e vacinação em dia.
“A internação gera um grau de privação afetiva e estresse. Com a entrada dos cães, fazemos um contraponto porque o animal serve de apoio emocional para quem está em recuperação”, diz a coordenadora da Comissão de Humanização do Darcy Vargas, Tereza Cristina Gonçalves Sarmento Barros.
A rotina do hospital estadual Darcy Vargas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde especializada em assistência pediátrica, na zona sul da capital, muda todas as quartas-feiras. É quando cães das raças Basset, Shih Tzu, Golden Retriever e os tradicionais vira-latas percorrem saltitantes pelos corredores, fazendo a alegria das crianças internadas, parte delas em tratamentos contra o câncer, e dos familiares delas.
Paraná, Namour, Fred, Jolly, Chica, Daphnie, Raul e Lolla são do projeto Patas Therapeutas e fazem parte da Terapia Assistida por Animais. Das 14h às 16h, brincam com as crianças, proporcionando momentos de descontração e felicidade e, com isso, ajudando os pacientes a enfrentar o período de internação com mais disposição.
As atividades são elaboradas para promover a melhora da saúde física, social, emocional e funcionamento cognitivo (pensamento e habilidades intelectuais) dos pacientes. Mensalmente o hospital infantil realiza cerca de 250 internações.
Os cães percorrem os setores de oncologia, nefrologia, hematologia e a clínica geral, acompanhados de voluntários. Mesmo não existindo contraindicação para a terapia, exceto para casos de pacientes em isolamento, os cães passam um rigoroso protocolo de treinamento de comportamento e de saúde animal. São selecionados cães afetivos, que gostem de outras pessoas e de animais, com adestramento básico, higiene, vermífugos e vacinação em dia.
“A internação gera um grau de privação afetiva e estresse. Com a entrada dos cães, fazemos um contraponto porque o animal serve de apoio emocional para quem está em recuperação”, diz a coordenadora da Comissão de Humanização do Darcy Vargas, Tereza Cristina Gonçalves Sarmento Barros.
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Quedas internam 3 idosos por hora em SP
Mulheres são as maiores vítimas, aponta levantamento da Secretaria de Estado da Saúde
Levantamento realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo aponta que, em média, três idosos são internados por hora em hospitais públicos do Estado de São Paulo vítima de quedas.
Em 2012 houve 27.817 internações de pessoas com 60 anos ou mais em serviços hospitalares do SUS (Sistema Único de Saúde), causadas por queda.
Do total, 60% das internações foram de mulheres com mais de 60 anos.
As regiões que lideram os números absolutos de internações por este tipo de acidente são a Grande São Paulo, com 12.151, e a região de Campinas, que registrou 2.011 casos no ano passado.
“Um dos maiores motivos de quedas em idosos é a falta de equilíbrio e a perda de massa muscular, que ocorrem naturalmente com o avanço da idade”, explica Anderson Della Torre, geriatra e coordenador médico do Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia (IPGG), unidade da Secretaria na zona leste da capital paulista.
Segundo o médico, o número é maior em mulheres pois as idosas tendem a ser mais ativas e possuem menos massa muscular do que os homens.
O uso de medicamentos e o comportamento dos idosos também podem ser apontados como causadores de quedas. Idosos mais ativos, que tendem a realizar atividades, principalmente dentro de casa, possuem maior risco.
Dicas para evitar quedas dentro e fora de casa:
- Realizar atividades para reforço muscular e equilíbrio.
- Quando sofrer alguma queda procurar um médico imediatamente para investigar qual o motivo.
- Utilizar calçados fechados e que possam ser presos ao redor dos calcanhares.
- Em casa, retirar possíveis obstáculos como mesas de centro.
- Colocar os objetos mais utilizados no dia a dia em prateleiras baixas ou em locais de fácil alcance.
- Tomar cuidados para não utilizar tapetes em casa, principalmente no banheiro.
- Em caso de idosos que já tenham muita falta de equilíbrio, é recomendável que sejam instaladas adaptações como corrimãos, elevação dos vasos sanitários e barras de apoio.
Números de internações por quedas de idosos em 2012 por região:
Grande São Paulo – 12.151
Araçatuba – 779
Araraquara – 627
Baixada Santista – 725
Barretos – 505
Bauru – 1.313
Campinas – 2.011
Franca – 447
Marília – 1.355
Piracicaba – 917
Presidente Prudente – 653
Registro – 136
Ribeirão Preto – 1.008
São João da Boa Vista – 915
São José do Rio Preto – 1.615
Sorocaba – 1.319
Taubaté – 1.341
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
Emílio Ribas diagnostica todo dia 4 novos casos de doenças transmitidas pelo sexo
Sífilis representa 40% do total de casos; parte dos pacientes atendidos já está infectado pelo vírus do HIV
Levantamento realizado pelo Instituto de Infectologia Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e referência nacional no tratamento de doenças infecciosas, revela que a cada dia, em média, 3,6 novos casos de doenças sexualmente transmissíveis são diagnosticados no hospital.
Os homens são as principais vítimas, respondendo por 82% das infecções detectadas. O mapeamento refere-se aos atendimentos realizados em 2012. No total, 1.330 casos de DSTs foram registrados. A sífilis congênita é responsável por 40% das ocorrências, seguida pela hepatite B, com 19%, e a candidíase, que representa 11% dos diagnósticos. As demais doenças registradas foram HPV (que causa câncer de colo de útero), clamídia, cancro mole e gonorreia.
Para o infectologista Ralcyon Teixeira, não usar preservativo durante o sexo é o principal motivo para o número elevado de casos. “A prevenção é a forma mais eficiente de não se contrair uma DST. É preciso utilizar camisinha inclusive durante o sexo oral, pois esta é uma das principais formas de infecção se for feita de forma desprotegida.
O estudo aponta que a maioria dos pacientes tem idade entre 30 e 40 anos. O elevado número de novos casos por dia preocupa os médicos, pois de acordo com os dados, parte desses pacientes é infectada pelo vírus do HIV e já faz acompanhamento no Instituto.
“Isso alerta para a falta de cuidados dessa população. Além das DSTs mais comuns, eles podem estar transmitindo HIV para os parceiros”, comenta Teixeira.
Segundo o infectologista, Jean Gorinchteyn, também do Emílio Ribas, nos últimos anos que a população perdeu o medo de se contaminar por doenças sexualmente transmissíveis. “As pessoas acham que pelo fato dessas doenças terem medicamentos não há problema. Elas ignoram ou não sabem que o tratamento não é simples e que as patologias podem evoluir para complicações e levar até mesmo a morte”, afirma.
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